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(GERAL)
Floresta intacta e renda fixa
A Amazônia tem potencial para gerar US$ 1,5 bilhão por ano em vendas de crédito de carbono, se a floresta for mantida de pé. Foi o que afirmou o presidente da Caama/Aleam (Comissão de Assuntos Amazônicos, Meio Ambiente e Recursos Minerais e Hídricos da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas), deputado Eron Bezerra (PCdoB), durante o seminário Amazonas e Crédito de Carbono, realizado na segunda-feira, no Auditório da Faculdade de Enfermagem. .
Conforme apontou o presidente da comissão, para cada hectare queimado, a floresta emite 100t/ano de dióxido de carbono, enquanto um hectare em pé tem o potencial de seqüestrar 1 t/ano. .
“Estamos falando de preservação ambiental aliado à economia e desenvolvimento sustentável”, destacou Eron Bezerra, ressaltando que a problemática está sendo estudada para que o impacto ambiental seja diminuído no Estado. .
Potencial amazônico.
O pesquisador do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) Philip Fearnside, concordou com o deputado Eron Bezerra, informando que o valor líquido em potencial de desmatamento evitado é de US$ 3.350 milhões por hectare. .
Segundo o especialista do Inpa, o desmatamento feito na Amazônia em 2003 (um total de 2,38 milhões de hectares) foi de US$ 8 bilhões.“Quando se queima uma árvore, 70% de seu carbono continua lá. Um grande fazendeiro, em termos de impacto ambiental per capita, equivale a oito fazendeiros médios, 273 pequenos agricultores e mais de 4.200 pessoas por ano”, explicou o pesquisador, salientando que as plantações que nascem acabam absorvendo todo o carbono. .
Emissão de certificados.
Conforme Philip Fearnsid, de acordo com o Protocolo de Kyoto as agências reguladoras de proteção ambiental emitem certificados autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes. Depois, as indústrias mais poluentes em um país são selecionadas e cada uma estabelece metas para a redução destas emissões. .
As empresas recebem bônus negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Deste modo, o seqüestro florestal de carbono é um instrumento de flexibilização dos compromissos de redução destes países. .
De acordo com analista ambiental do núcleo de energia e mudanças climáticas do MMA (Ministério do Meio Ambiente), Adriano Santiago de Oliveira, a compra de créditos de carbono é uma alternativa sancionada pelo Protocolo de Kyoto aos países desenvolvidos para reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera em 5,2% sobre o que produziam em 1990, haja vista que os mesmos provocam o efeito estufa, responsável pelo aquecimento global, durante o período de 2008 a 2012. .
A proposta brasileira de MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo), de maio de 1997, propunha que o Brasil criasse um fundo de desenvolvimento para o segmento, o que ainda está em análise. .
América Latina pode atrair investimentos.
“Os países poluentes têm que auxiliar os países não-poluentes, pois o administrador de registro emite a quantidade de certificados descontando 2% para cobrir gastos administrativos e assim trazer o desenvolvimento sustentável para o país que está comercializando estes créditos”, explicou o analista ambiental. .
Para o professor da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), João Bosco Ladislau de Andrade, os países da América Latina, incluindo o Brasil, podem atrair até US$ 12 bilhões de investimento apenas nesta década com o MDL. .
O Aterro Sanitário Bandeirante, em parceria com a prefeitura da capital paulista, empresa Biogás Energia Ambiental e o Unibanco, venderam para o banco alemão KFM o equivalente a R$ 60 milhões em crédito de captação de gases para a geração de energia elétrica, apontou o professor, ressaltando “que nenhum município do Estado do Amazonas tem aterro sanitário, onde há a possibilidade de seqüestro de carbono, pois são lixões”, explicou o especialista. .
“O crédito de carbono não terá nenhuma contribuição ambiental se as cidades não tiverem locais adequados para colocar o lixo para gerenciamento do mesmo, como a reciclagem e o seqüestro dos gases. Deste modo, teremos apenas a solução econômica”, garantiu João Bosco Andrade.
Juçara Menezes
Conforme apontou o presidente da comissão, para cada hectare queimado, a floresta emite 100t/ano de dióxido de carbono, enquanto um hectare em pé tem o potencial de seqüestrar 1 t/ano. .
“Estamos falando de preservação ambiental aliado à economia e desenvolvimento sustentável”, destacou Eron Bezerra, ressaltando que a problemática está sendo estudada para que o impacto ambiental seja diminuído no Estado. .
Potencial amazônico.
O pesquisador do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) Philip Fearnside, concordou com o deputado Eron Bezerra, informando que o valor líquido em potencial de desmatamento evitado é de US$ 3.350 milhões por hectare. .
Segundo o especialista do Inpa, o desmatamento feito na Amazônia em 2003 (um total de 2,38 milhões de hectares) foi de US$ 8 bilhões.“Quando se queima uma árvore, 70% de seu carbono continua lá. Um grande fazendeiro, em termos de impacto ambiental per capita, equivale a oito fazendeiros médios, 273 pequenos agricultores e mais de 4.200 pessoas por ano”, explicou o pesquisador, salientando que as plantações que nascem acabam absorvendo todo o carbono. .
Emissão de certificados.
Conforme Philip Fearnsid, de acordo com o Protocolo de Kyoto as agências reguladoras de proteção ambiental emitem certificados autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes. Depois, as indústrias mais poluentes em um país são selecionadas e cada uma estabelece metas para a redução destas emissões. .
As empresas recebem bônus negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Deste modo, o seqüestro florestal de carbono é um instrumento de flexibilização dos compromissos de redução destes países. .
De acordo com analista ambiental do núcleo de energia e mudanças climáticas do MMA (Ministério do Meio Ambiente), Adriano Santiago de Oliveira, a compra de créditos de carbono é uma alternativa sancionada pelo Protocolo de Kyoto aos países desenvolvidos para reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera em 5,2% sobre o que produziam em 1990, haja vista que os mesmos provocam o efeito estufa, responsável pelo aquecimento global, durante o período de 2008 a 2012. .
A proposta brasileira de MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo), de maio de 1997, propunha que o Brasil criasse um fundo de desenvolvimento para o segmento, o que ainda está em análise. .
América Latina pode atrair investimentos.
“Os países poluentes têm que auxiliar os países não-poluentes, pois o administrador de registro emite a quantidade de certificados descontando 2% para cobrir gastos administrativos e assim trazer o desenvolvimento sustentável para o país que está comercializando estes créditos”, explicou o analista ambiental. .
Para o professor da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), João Bosco Ladislau de Andrade, os países da América Latina, incluindo o Brasil, podem atrair até US$ 12 bilhões de investimento apenas nesta década com o MDL. .
O Aterro Sanitário Bandeirante, em parceria com a prefeitura da capital paulista, empresa Biogás Energia Ambiental e o Unibanco, venderam para o banco alemão KFM o equivalente a R$ 60 milhões em crédito de captação de gases para a geração de energia elétrica, apontou o professor, ressaltando “que nenhum município do Estado do Amazonas tem aterro sanitário, onde há a possibilidade de seqüestro de carbono, pois são lixões”, explicou o especialista. .
“O crédito de carbono não terá nenhuma contribuição ambiental se as cidades não tiverem locais adequados para colocar o lixo para gerenciamento do mesmo, como a reciclagem e o seqüestro dos gases. Deste modo, teremos apenas a solução econômica”, garantiu João Bosco Andrade.
Juçara Menezes
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