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(GERAL)
Brasil precisa investir em logística para alavancar exportações
Vendas externas deixam de render US$ 25 bilhões ao ano por causa do processo de transporte de cargas.
Para a presidente da agência de risco Standard & Poor´s, Regina Nunes, é preciso estruturar as operações de transporte.
O Brasil pode ficar para trás caso permita a deterioração da infra-estrutura de logística e transporte. Para a presidente da agência de risco Standard & Poor´s e do Comitê de Competitividade da Câmara Americana de Comércio (Amcham), Regina Nunes, um país que quer ganhar mercados e alavancar a economia precisa investir em logística para aumentar a competitividade no mercado mundial.
Um levantamento da Aliança Pró-Modernização Logística do Comércio Exterior (Procomex) apontou que o processo de exportação de cargas no Brasil, entre a saída da fábrica e a chegada ao destino final, dura em média 39 dias, enquanto nos Estados Unidos o tempo médio é de 12 dias. Com esse entrave, a estimativa é de que as exportações brasileiras deixem de render US$ 25 bilhões por ano.
Segundo Regina Nunes, desde 1998 o governo promoveu o aumento de 50% na exportação de produtos como soja, celulose e aço, sem realizar os correspondentes investimentos em infra-estrutura. "Hoje, estamos exportando muito mais usando estruturas que já eram insuficientes no cenário anterior", criticou.
De acordo com a executiva, é preciso estruturar as operações de transporte, beneficiando a estrutura já existente que envolve rodovias, ferrovias, portos e no acesso a esses serviços com a redução da burocracia.
"O Brasil tem problemas estruturais que acabam onerando o produtor e fazendo com que ele seja menos competitivo. No momento em que o Brasil conseguir um projeto de longo prazo, multimodal para o sistema de transporte, o benefício será maior tanto para o grande como para o pequeno produtor que conseguirá desovar o seu produto com um custo menor", afirmou.
TRANSPORTE INADEQUADO GERA PERDAS - A executiva acrescentou ainda que, inúmeras vezes, um exportador perde a venda de um produto porque não consegue transportar. "Ele tem o produto, o produto tem preço e tem comprador, mas ele não desova porque não consegue transportar. Esse é um custo que é quase impossível de ser medido", comentou.
A presidente da agência de risco Standard & Poor´s disse que há uma penalização da competitividade do produto brasileiro através do preço. Ela citou que no Brasil, empresas como Companhia Vale do Rio Doce, Aracruz e a VCP, que são 100% brasileiras, não tem o lucro de parte dos seus produtos por causa de problemas de logística.
"Isso não quer dizer que não virou um bom negócio. Por exemplo, para CVRD ter ferrovias é favorável. Mas não é um negócio que foi feito para melhorar o preço, foi feito porque sem isso eles não conseguiriam vender", explicou.
Regina comentou que essas empresas seriam muito mais competitivas se houvessem estruturas adequadas. Segundo ela, é preciso melhorar a logística dos portos, aeroportos, ferrovias, rodovias e hidrovias. "Todos esses juntos é o que podem fazer do brasileiro um bom exportador em termos de custo do produto e mais do que isso fornecer para o mercado interno, um produto a preço justo", lembrou.
PROJETO LOGÍSTICO VIÁVEL - Regina Nunes defendeu a adoção de um projeto logístico economicamente viável, que seja executado a partir do esforço dos setores público, privado e da sociedade civil e que possibilite ao Brasil melhorar sua posição no comércio exterior em um futuro próximo.
"É assim que os países desenvolvidos fizeram. Através do capital das pessoas, do governo e as boas empresas operando e se rentabilizando e gerando empregos. É um ciclo", destacou. De acordo com ela, o Brasil já melhorou bastante nos últimos anos. Porém, ressaltou que é preciso mais investimentos em recursos humanos e em estruturas que pudessem facilitar o transporte, a saída e a entrada de produtos.
"O problema é que os gargalos de burocracia, greves que prejudicam todo o Brasil, por exemplo, faz com que o importador deixe de comprar os nossos produtos. Em razão disso, pagamos um preço extremamente alto", finalizou.
Por NetMarinha-Helen Bernardes
Para a presidente da agência de risco Standard & Poor´s, Regina Nunes, é preciso estruturar as operações de transporte.
O Brasil pode ficar para trás caso permita a deterioração da infra-estrutura de logística e transporte. Para a presidente da agência de risco Standard & Poor´s e do Comitê de Competitividade da Câmara Americana de Comércio (Amcham), Regina Nunes, um país que quer ganhar mercados e alavancar a economia precisa investir em logística para aumentar a competitividade no mercado mundial.
Um levantamento da Aliança Pró-Modernização Logística do Comércio Exterior (Procomex) apontou que o processo de exportação de cargas no Brasil, entre a saída da fábrica e a chegada ao destino final, dura em média 39 dias, enquanto nos Estados Unidos o tempo médio é de 12 dias. Com esse entrave, a estimativa é de que as exportações brasileiras deixem de render US$ 25 bilhões por ano.
Segundo Regina Nunes, desde 1998 o governo promoveu o aumento de 50% na exportação de produtos como soja, celulose e aço, sem realizar os correspondentes investimentos em infra-estrutura. "Hoje, estamos exportando muito mais usando estruturas que já eram insuficientes no cenário anterior", criticou.
De acordo com a executiva, é preciso estruturar as operações de transporte, beneficiando a estrutura já existente que envolve rodovias, ferrovias, portos e no acesso a esses serviços com a redução da burocracia.
"O Brasil tem problemas estruturais que acabam onerando o produtor e fazendo com que ele seja menos competitivo. No momento em que o Brasil conseguir um projeto de longo prazo, multimodal para o sistema de transporte, o benefício será maior tanto para o grande como para o pequeno produtor que conseguirá desovar o seu produto com um custo menor", afirmou.
TRANSPORTE INADEQUADO GERA PERDAS - A executiva acrescentou ainda que, inúmeras vezes, um exportador perde a venda de um produto porque não consegue transportar. "Ele tem o produto, o produto tem preço e tem comprador, mas ele não desova porque não consegue transportar. Esse é um custo que é quase impossível de ser medido", comentou.
A presidente da agência de risco Standard & Poor´s disse que há uma penalização da competitividade do produto brasileiro através do preço. Ela citou que no Brasil, empresas como Companhia Vale do Rio Doce, Aracruz e a VCP, que são 100% brasileiras, não tem o lucro de parte dos seus produtos por causa de problemas de logística.
"Isso não quer dizer que não virou um bom negócio. Por exemplo, para CVRD ter ferrovias é favorável. Mas não é um negócio que foi feito para melhorar o preço, foi feito porque sem isso eles não conseguiriam vender", explicou.
Regina comentou que essas empresas seriam muito mais competitivas se houvessem estruturas adequadas. Segundo ela, é preciso melhorar a logística dos portos, aeroportos, ferrovias, rodovias e hidrovias. "Todos esses juntos é o que podem fazer do brasileiro um bom exportador em termos de custo do produto e mais do que isso fornecer para o mercado interno, um produto a preço justo", lembrou.
PROJETO LOGÍSTICO VIÁVEL - Regina Nunes defendeu a adoção de um projeto logístico economicamente viável, que seja executado a partir do esforço dos setores público, privado e da sociedade civil e que possibilite ao Brasil melhorar sua posição no comércio exterior em um futuro próximo.
"É assim que os países desenvolvidos fizeram. Através do capital das pessoas, do governo e as boas empresas operando e se rentabilizando e gerando empregos. É um ciclo", destacou. De acordo com ela, o Brasil já melhorou bastante nos últimos anos. Porém, ressaltou que é preciso mais investimentos em recursos humanos e em estruturas que pudessem facilitar o transporte, a saída e a entrada de produtos.
"O problema é que os gargalos de burocracia, greves que prejudicam todo o Brasil, por exemplo, faz com que o importador deixe de comprar os nossos produtos. Em razão disso, pagamos um preço extremamente alto", finalizou.
Por NetMarinha-Helen Bernardes
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