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Notícias
30
abr
2006
(GERAL)
Carretéis de madeira inspiram exposição no Rio de Janeiro
Uma vez galgados os degraus até o primeiro andar do Museu de Arte Moderna (MAM), abra os pulmões, respire fundo. Mesmo tendo sido cortadas há quase um ano, as chapas de compensado que constituem as peças na instalação de Eduardo Frota exalam cheiro de madeira, como se o local incorporasse os odores de uma marcenaria. Sensações liliputianas misturam-se em meio a carretéis ora gigantes, com 2,70 metros de altura, ora miniaturas de 70 centímetros.
Artista que trabalha há oito anos com a recriação da madeira compensada, Frota apresenta sua primeira exposição de grande porte no Rio de Janeiro. Proposta inédita na carreira do artista – mais conhecido pelos cones gigantes em madeira criados para a Bienal de São Paulo em 2002 –, a mostra “Intervenção em trânsito I” é a primeira itinerância de uma instalação dele. Eduardo Frota quebra no MAM uma regra à qual era fiel desde 1998: a de montar suas “Intervenções extensivas” sempre ligadas ao espaço onde eram expostas.
A que veio para o Rio, originalmente a intervenção de número 10, foi gestada ao longo de quase um ano e inspirada nos carretéis de cabos de aço no Porto de Vitória, no Espírito Santo – mas também com referências à obra dos pintores Iberê Camargo e Ione Saldanha, ambos com séries dedicadas ao objeto. Depois de cinco meses no Museu Vale do Rio Doce em Vila Velha (Espírito Santo), com público de 23 mil pessoas, ela chega ao Rio como a resolução de um enigma. “Minha dúvida era se o conceito da intervenção poderia se transmutar para outro espaço expositivo, este com enorme peso histórico. A arquitetura do MAM é sofisticada, uma das mais importantes do país. Topei correr esse risco. Morri de medo, mas estou muito feliz”, conta Frota, emocionado local onde diz ter formado seu olhar artístico. A mudança no conceito da exposição teve como advogado do diabo o crítico de arte Paulo Henkenhoff, que pôs à prova as convicções de Frota. E as conclusões liberaram o artista para uma nova fase. “Nunca passei tanto tempo fora do ateliê como agora, viajando sem parar, mas já criei cinco estudos para novas obras desde o início do ano”, diz.
Durante a montagem no MAM, Eduardo Frota encarou a ponte aérea Rio—São Paulo quase diariamente porque preparava em São Paulo a instalação de uma obra sua no Sesc Santana. É uma estrutura tubular, a exemplo de algumas de suas “Intervenções extensivas”, como a que expôs no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo. Mas, exceto o diálogo com a arquitetura do lugar, Frota diz que a obra pouco tem a ver com a do MAM. “É um projeto mais antigo, que já estava programado há dois anos. E será permanente, então há a preocupação de não obstruir passagem de cadeiras de roda e outros desafios do cotidiano. A exposição do MAM é bem mais recente e me ajudou a definir novos caminhos. Sinto que posso ousar mais”, diz o artista, que também prepara uma exposição para o Centro Maria Antonia, em São Paulo. Trabalho é o registro cosmopolita do artista Eduardo Frota
Bianca Tinoco Rio de Janeiro
Fonte: Gazeta
Artista que trabalha há oito anos com a recriação da madeira compensada, Frota apresenta sua primeira exposição de grande porte no Rio de Janeiro. Proposta inédita na carreira do artista – mais conhecido pelos cones gigantes em madeira criados para a Bienal de São Paulo em 2002 –, a mostra “Intervenção em trânsito I” é a primeira itinerância de uma instalação dele. Eduardo Frota quebra no MAM uma regra à qual era fiel desde 1998: a de montar suas “Intervenções extensivas” sempre ligadas ao espaço onde eram expostas.
A que veio para o Rio, originalmente a intervenção de número 10, foi gestada ao longo de quase um ano e inspirada nos carretéis de cabos de aço no Porto de Vitória, no Espírito Santo – mas também com referências à obra dos pintores Iberê Camargo e Ione Saldanha, ambos com séries dedicadas ao objeto. Depois de cinco meses no Museu Vale do Rio Doce em Vila Velha (Espírito Santo), com público de 23 mil pessoas, ela chega ao Rio como a resolução de um enigma. “Minha dúvida era se o conceito da intervenção poderia se transmutar para outro espaço expositivo, este com enorme peso histórico. A arquitetura do MAM é sofisticada, uma das mais importantes do país. Topei correr esse risco. Morri de medo, mas estou muito feliz”, conta Frota, emocionado local onde diz ter formado seu olhar artístico. A mudança no conceito da exposição teve como advogado do diabo o crítico de arte Paulo Henkenhoff, que pôs à prova as convicções de Frota. E as conclusões liberaram o artista para uma nova fase. “Nunca passei tanto tempo fora do ateliê como agora, viajando sem parar, mas já criei cinco estudos para novas obras desde o início do ano”, diz.
Durante a montagem no MAM, Eduardo Frota encarou a ponte aérea Rio—São Paulo quase diariamente porque preparava em São Paulo a instalação de uma obra sua no Sesc Santana. É uma estrutura tubular, a exemplo de algumas de suas “Intervenções extensivas”, como a que expôs no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo. Mas, exceto o diálogo com a arquitetura do lugar, Frota diz que a obra pouco tem a ver com a do MAM. “É um projeto mais antigo, que já estava programado há dois anos. E será permanente, então há a preocupação de não obstruir passagem de cadeiras de roda e outros desafios do cotidiano. A exposição do MAM é bem mais recente e me ajudou a definir novos caminhos. Sinto que posso ousar mais”, diz o artista, que também prepara uma exposição para o Centro Maria Antonia, em São Paulo. Trabalho é o registro cosmopolita do artista Eduardo Frota
Bianca Tinoco Rio de Janeiro
Fonte: Gazeta
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