Voltar
Notícias
(GERAL)
América do Sul: o eldorado da indústria de papel
A América do Sul, sobretudo o Brasil e o Uruguai, atraem os gigantes mundiais do papel porque as árvores crescem mais rápido nesses países que em outros lugares do planeta, explicou em entrevista à AFP Nils Grafström, presidente do grupo-sueco-finlandês Stora Enso para a América Latina.
A instalação no rio Uruguai, na fronteira entre Argentina e Uruguai, de duas usinas de celulose pela finlandesa Botnia e pela espanhola Ence foi motivo recentemente de uma polêmica sobre a contaminação do meio ambiente.
Para Grafström, "essas pessoas (os moradores da cidade argentina de Gualeguaychu) que se opõem com força à chegada dessas indústrias baseiam suas opiniões em informações errôneas". "É absolutamente falso que essas empresas pretendiam utilizar uma tecnolgia proibida na Europa", afirmou o sueco.
A Stora Enso inaugurou em meados de 2005 na Bahia uma enorme fábrica de celulose (900.000 toneladas por ano) batizada Veracel, construída em parceria com a Aracruz, uma empresa local. O grupo comprou 30.000 hectares no centro-norte do Uruguai com o objetivo de chegar rapidamente aos 100.000 hectares e de construir daqui a seis anos uma fábrica de celulose. O investimento deve ser de 1,2 a 1,3 bilhão de dólares para uma produção estimada em 120.000 toneladas por ano.
"Nossas usinas, quer estejam no Uruguai, no Brasil, na Suécia ou na China, são submetidas às mesmas exigências e utilizam a melhor tecnologia existente", afirma Grafström. O problema da poluição, presente na Finlândia e na Suécia nos anos 80, foi resolvido sob a pressão dos ecologistas e dos governos, e a polêmica atual na Argentina, na opinião dele, parece ultrapassada.
"É óbvio que uma usina, que fabrique celulose, papel ou carros, vai ter um impacto no meio ambiente, mas o importante é que esse impacto seja controlado", sustenta. O setor afirma eliminar hoje 98% dos produtos químicos gerados pela fabricação de celulose, e que os 2% restantes são resíduos orgânicos absorvidos pelo meio ambiente.
A não contaminação é um argumento de venda, destaca Grafström, explicando: "nossos clientes - entre os quais o editor americano de jornais Times Inc ou o produtor de embalagens Tetrapak - não compram nossos produtos se não respeitarmos esse critério".
Segundo ele, os grupos finlandeses e suecos aplicam normas superiores às exigidas pelas autoridades locais. Para Grafström, a tendência do setor é fechar as usinas mais custosas do hemisfério norte, principalmente nos Estados Unidos e no Canadá, e abrir outras no hemisfério sul "sobretudo devido ao baixo custo da produção da madeira, inferior de 50%".
"É necessário dez vezes menos tempo no Uruguai e no Brasil que na Suécia ou na Finlândia (7 a 8 anos contra 60 a 70 anos) para fazer crescer um pinheiro ou um eucalipto, por motivos ligados ao clima e à terra", explica o industrial. Além disso, "como as árvores crescem muito rápido, são necessários menos terrenos e podemos estar mais perto da usina, o que reduz ainda mais os custos".
O Brasil e o Uruguai são preferidos a outros países da região como o Chile, onde "a maioria das terras já estão sendo aproveitadas" e a Argentina, onde as incertezas jurídicas e políticas são maiores. Os outros países promissores são a Indonésia e a África do Sul. Já na China "não há muitas terras sem produtividade e é mais complicado comprar", concluiu.
Fonte: NoOlhar
A instalação no rio Uruguai, na fronteira entre Argentina e Uruguai, de duas usinas de celulose pela finlandesa Botnia e pela espanhola Ence foi motivo recentemente de uma polêmica sobre a contaminação do meio ambiente.
Para Grafström, "essas pessoas (os moradores da cidade argentina de Gualeguaychu) que se opõem com força à chegada dessas indústrias baseiam suas opiniões em informações errôneas". "É absolutamente falso que essas empresas pretendiam utilizar uma tecnolgia proibida na Europa", afirmou o sueco.
A Stora Enso inaugurou em meados de 2005 na Bahia uma enorme fábrica de celulose (900.000 toneladas por ano) batizada Veracel, construída em parceria com a Aracruz, uma empresa local. O grupo comprou 30.000 hectares no centro-norte do Uruguai com o objetivo de chegar rapidamente aos 100.000 hectares e de construir daqui a seis anos uma fábrica de celulose. O investimento deve ser de 1,2 a 1,3 bilhão de dólares para uma produção estimada em 120.000 toneladas por ano.
"Nossas usinas, quer estejam no Uruguai, no Brasil, na Suécia ou na China, são submetidas às mesmas exigências e utilizam a melhor tecnologia existente", afirma Grafström. O problema da poluição, presente na Finlândia e na Suécia nos anos 80, foi resolvido sob a pressão dos ecologistas e dos governos, e a polêmica atual na Argentina, na opinião dele, parece ultrapassada.
"É óbvio que uma usina, que fabrique celulose, papel ou carros, vai ter um impacto no meio ambiente, mas o importante é que esse impacto seja controlado", sustenta. O setor afirma eliminar hoje 98% dos produtos químicos gerados pela fabricação de celulose, e que os 2% restantes são resíduos orgânicos absorvidos pelo meio ambiente.
A não contaminação é um argumento de venda, destaca Grafström, explicando: "nossos clientes - entre os quais o editor americano de jornais Times Inc ou o produtor de embalagens Tetrapak - não compram nossos produtos se não respeitarmos esse critério".
Segundo ele, os grupos finlandeses e suecos aplicam normas superiores às exigidas pelas autoridades locais. Para Grafström, a tendência do setor é fechar as usinas mais custosas do hemisfério norte, principalmente nos Estados Unidos e no Canadá, e abrir outras no hemisfério sul "sobretudo devido ao baixo custo da produção da madeira, inferior de 50%".
"É necessário dez vezes menos tempo no Uruguai e no Brasil que na Suécia ou na Finlândia (7 a 8 anos contra 60 a 70 anos) para fazer crescer um pinheiro ou um eucalipto, por motivos ligados ao clima e à terra", explica o industrial. Além disso, "como as árvores crescem muito rápido, são necessários menos terrenos e podemos estar mais perto da usina, o que reduz ainda mais os custos".
O Brasil e o Uruguai são preferidos a outros países da região como o Chile, onde "a maioria das terras já estão sendo aproveitadas" e a Argentina, onde as incertezas jurídicas e políticas são maiores. Os outros países promissores são a Indonésia e a África do Sul. Já na China "não há muitas terras sem produtividade e é mais complicado comprar", concluiu.
Fonte: NoOlhar
Fonte:
Notícias em destaque
A China plantou tantas árvores que alterou o ciclo da água em parte do país
O programa de reflorestação massiva da China conseguiu travar a degradação ambiental, mas novos estudos mostram que...
(GERAL)
Imazon é um dos vencedores do “Campeões da Terra” 2025
É a primeira vez que um instituto de pesquisa brasileiro ganha o prêmio do PNUMA
Considerada a mais alta honraria ambiental da...
(EVENTOS)
Impressão UV direta em madeira para produção de armários, peças de marcenaria e móveis.
A DPI Laboratory, com sede na Flórida , lançou sua plataforma de impressoras Catalyst, que oferece impressão UV direta em...
(GERAL)
Decisão de renovação da autorização do creosoto como produto para tratamento de madeira no Reino Unido até 2033
Notificação G/TBT/N/GBR/109, relativa à decisão de renovação da autorização do creosoto...
(INTERNACIONAL)
Suzano eleva projeções de custo da produção de celulose para 2027
A Suzano atualizou suas estimativas de longo prazo para os desembolsos operacionais do negócio de celulose, elevando uma...
(MERCADO)
SFB e UNODC lançam o Lignum brasilis, aplicativo inovador de identificação de madeira baseado em IA
Ferramenta desenvolvida por SFB, UNODC e Unesp marca um avanço no enfrentamento à exploração madeireira ilegal,...
(GERAL)














