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(GERAL)
Estímulo ao comércio entre Brasil e Itália
Os laços históricos ítalo-brasileiros são muito fortes. Vivem aqui 25 milhões de oriundis, descendentes de imigrantes cuja contribuição foi decisiva para o desenvolvimento de nossa economia e cultura. Dos quase cinco milhões de estrangeiros que entraram no Brasil entre 1870 e 1949, mais de 50% vieram para o Estado de São Paulo. Os italianos formavam o grupo mais numeroso, com aproximadamente 950 mil pessoas. Entre 1890 e 1919, chegaram a compor um quarto da população paulista.
Os reflexos desse processo histórico são muito visíveis na atualidade. São Paulo é a terceira maior cidade italiana fora da Itália, com seis milhões de habitantes vindos da Bota e seus descendentes. No Estado, são cerca de 14 milhões. A presença dessa gente corajosa e capaz pulsa com muito vigor na indústria, na agricultura, na culinária, nos esportes, no sotaque, no cotidiano e até no samba dos paulistas. Mooca, Brás, Bela Vista, a pizza nossa de cada domingo, o Palmeiras, o Juventus, as grandes empresas genuinamente brasileiras construídas pelos operários e empreendedores italianos e sua forte presença nas cidades e fazendas do Interior.
É natural e pertinente que todos esses laços possam subsidiar a ampliação do intercâmbio econômico, de maneira que Brasil e Itália sejam capazes de somar forças e agregar mutuamente diferenciais competitivos no cenário da economia internacional. Com este intuito, Fiesp e Confindustria (Confederação da Indústria Italiana) realizam evento em São Paulo hoje e amanhã, dia 30. Trata-se do Fórum Empresarial Brasil Itália, incluindo rodada de negócios com a presença de 170 empresários do país europeu, liderados pelo presidente daquela entidade e da Ferrari, Luca di Montezemolo. As principais áreas contempladas são a construção civil, têxtil e vestuário, alimentação, máquinas e equipamentos, arquitetura e design.
A expectativa é que também sejam firmadas parcerias entre empresas. Segundo o Ministério das Atividades Produtivas da Itália, os setores com maior potencial para a constituição de joint ventures são agroindústria, madeira e móveis, mármores e granitos, têxteis, couros, turismo, mecanização agrícola e proteção ambiental. Pequenas e médias empresas estão no centro dos negócios, já que o governo italiano dedica especial atenção a este nicho. O Brasil já absorve parte de seu know how na implementação de clusters, os Arranjos Produtivos Locais (APLs). A Fiesp tem dedicado especial atenção a esses projetos, já criados ou em fase de implantação em cidades como Ibitinga, Mirassol, Vargem Grande do Sul, Tatuí, Tambaú e Itu.
A Itália inclui-se entre os dez maiores parceiros comerciais do Brasil. Nas nossas vendas prevalecem produtos básicos, como soja, café em grão, couros e peles, minérios, concentrado de ferro e carne bovina, mas itens com tecnologia e maior valor agregado, como aviões e automóveis, já começam a fazer parte da pauta de exportações. Na balança comercial, temos superávit desde 2002. No ano passado, exportamos US$ 3,22 bilhões e importamos US$ 2,28 bilhões. Ou seja, o comércio bilateral somou US$ 5,5 bilhões. As boas relações entre os dois países também se refletem na presença de grandes multinacionais, cuja participação é forte em nosso mercado. Em 2004, o ingresso de US$ 429,2 milhões em investimentos da Itália posicionou-a no décimo lugar dentre os maiores investidores estrangeiros.
O Fórum de Negócios insere-se no empenho da Fiesp, por meio de seu Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex), de promover as relações comerciais. No âmbito desta meta, em outubro último, em Roma, assinei memorando de entendimento com a entidade representativa da indústria italiana, durante missão oficial brasileira. O objetivo era o de estreitar os laços de amizade e promover iniciativas concretas para o benefício recíproco das empresas. A Confindustria, de sua parte, elegeu o Brasil como seu foco principal em 2006, visando a intensificar as relações comerciais bilaterais e estimular joint ventures entre pequenas e médias empresas.
A inserção competitiva no mundo globalizado é uma das estratégias imprescindíveis para que o Brasil vença o desafio do desenvolvimento. O País tinha participação de 0,86% no comércio internacional em 1999, subindo para 1,11%, índice ainda muito aquém de suas potencialidades e do tamanho de sua economia. Assim, é necessário empreender esforços sistemáticos no sentido de aumentar sua participação no mercado externo, ampliando as fronteiras das exportações, consolidando a interação com os partners tradicionais e potencializando as relações econômicas que a afinidade cultural e a fraternidade já vaticinaram como vencedoras. É exatamente este o caso do intercâmbio com a Itália!
Paulo Skaf Presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)
Jornal A cidade, de Ribeirão Preto
Os reflexos desse processo histórico são muito visíveis na atualidade. São Paulo é a terceira maior cidade italiana fora da Itália, com seis milhões de habitantes vindos da Bota e seus descendentes. No Estado, são cerca de 14 milhões. A presença dessa gente corajosa e capaz pulsa com muito vigor na indústria, na agricultura, na culinária, nos esportes, no sotaque, no cotidiano e até no samba dos paulistas. Mooca, Brás, Bela Vista, a pizza nossa de cada domingo, o Palmeiras, o Juventus, as grandes empresas genuinamente brasileiras construídas pelos operários e empreendedores italianos e sua forte presença nas cidades e fazendas do Interior.
É natural e pertinente que todos esses laços possam subsidiar a ampliação do intercâmbio econômico, de maneira que Brasil e Itália sejam capazes de somar forças e agregar mutuamente diferenciais competitivos no cenário da economia internacional. Com este intuito, Fiesp e Confindustria (Confederação da Indústria Italiana) realizam evento em São Paulo hoje e amanhã, dia 30. Trata-se do Fórum Empresarial Brasil Itália, incluindo rodada de negócios com a presença de 170 empresários do país europeu, liderados pelo presidente daquela entidade e da Ferrari, Luca di Montezemolo. As principais áreas contempladas são a construção civil, têxtil e vestuário, alimentação, máquinas e equipamentos, arquitetura e design.
A expectativa é que também sejam firmadas parcerias entre empresas. Segundo o Ministério das Atividades Produtivas da Itália, os setores com maior potencial para a constituição de joint ventures são agroindústria, madeira e móveis, mármores e granitos, têxteis, couros, turismo, mecanização agrícola e proteção ambiental. Pequenas e médias empresas estão no centro dos negócios, já que o governo italiano dedica especial atenção a este nicho. O Brasil já absorve parte de seu know how na implementação de clusters, os Arranjos Produtivos Locais (APLs). A Fiesp tem dedicado especial atenção a esses projetos, já criados ou em fase de implantação em cidades como Ibitinga, Mirassol, Vargem Grande do Sul, Tatuí, Tambaú e Itu.
A Itália inclui-se entre os dez maiores parceiros comerciais do Brasil. Nas nossas vendas prevalecem produtos básicos, como soja, café em grão, couros e peles, minérios, concentrado de ferro e carne bovina, mas itens com tecnologia e maior valor agregado, como aviões e automóveis, já começam a fazer parte da pauta de exportações. Na balança comercial, temos superávit desde 2002. No ano passado, exportamos US$ 3,22 bilhões e importamos US$ 2,28 bilhões. Ou seja, o comércio bilateral somou US$ 5,5 bilhões. As boas relações entre os dois países também se refletem na presença de grandes multinacionais, cuja participação é forte em nosso mercado. Em 2004, o ingresso de US$ 429,2 milhões em investimentos da Itália posicionou-a no décimo lugar dentre os maiores investidores estrangeiros.
O Fórum de Negócios insere-se no empenho da Fiesp, por meio de seu Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex), de promover as relações comerciais. No âmbito desta meta, em outubro último, em Roma, assinei memorando de entendimento com a entidade representativa da indústria italiana, durante missão oficial brasileira. O objetivo era o de estreitar os laços de amizade e promover iniciativas concretas para o benefício recíproco das empresas. A Confindustria, de sua parte, elegeu o Brasil como seu foco principal em 2006, visando a intensificar as relações comerciais bilaterais e estimular joint ventures entre pequenas e médias empresas.
A inserção competitiva no mundo globalizado é uma das estratégias imprescindíveis para que o Brasil vença o desafio do desenvolvimento. O País tinha participação de 0,86% no comércio internacional em 1999, subindo para 1,11%, índice ainda muito aquém de suas potencialidades e do tamanho de sua economia. Assim, é necessário empreender esforços sistemáticos no sentido de aumentar sua participação no mercado externo, ampliando as fronteiras das exportações, consolidando a interação com os partners tradicionais e potencializando as relações econômicas que a afinidade cultural e a fraternidade já vaticinaram como vencedoras. É exatamente este o caso do intercâmbio com a Itália!
Paulo Skaf Presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)
Jornal A cidade, de Ribeirão Preto
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