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(GERAL)
Ministério do Meio Ambiente lança plano de monitoramento da mata atlântica
Com o objetivo de proteger os 8% da cobertura original que ainda restam, o Ministério do Meio Ambiente lançou hoje (30) o Plano de Monitoramento e Controle da Mata Atlântica, na 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8). A conferência reúne 3.600 representantes de 173 países.
"Estamos chegando tarde, sim. O Estado deveria ter começado esta ação no início do século 19, quando Percival Facquar [grande empresário da época] derrubou as florestas do sul do país para construir ferrovias", disse o presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Marcus Barros. "Mas nossa intenção é deixar bem claro aos destruidores que daqui ‘no passarán’ [em português, não passarão]".
O programa, segundo Barros, foi inspirado nas ações de comando e controle que conseguiram reduzir em 31% a taxa de desmatamento na Amazônia [entre agosto de 2004 e agosto de 2005, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais]. "Na mata atlântica há a vantagem de se contar com órgãos estaduais de meio ambiente mais bem estruturados. Fazer a fiscalização aqui será menos difícil que na Amazônia, porque as distâncias são menores e há maior facilidade de acesso", afirmou.
O plano prevê monitoramento em tempo real do desmatamento na mata atlântica, com imagens de satélite fornecidas pelo Inpe, como acontece na Amazônia desde 2004. Outras linhas de atuação são: constituir uma rede de vigilância, com apoio de agentes ambientais voluntários; compartilhar informações entre órgãos do governo federal e dos governos estaduais (sobre processos de licenciamento ambiental, aprovação de planos de manejo, gerenciamento de unidades de conservação, reservas legais das propriedades rurais e áreas de proteção permanente); e promover a comunicação, educação e capacitação (por meio de campanhas de conscientização, viabilizadas com apoio do setor privado).
A coordenadora-geral da Rede de ONGs da Mata Atlântica, Míriam Prochman, lembrou que parte do plano é fruto de um seminário realizado em Tamandaré (PE), com a presença do Ibama. "A maior fragilidade que vemos é o baixo poder dos agentes ambientais voluntários", avaliou a coordenadora da rede, que atualmente conta com cerca de 300 entidades participantes.
A mata atlântica é considerada pela Unesco (Organização das Naçõs Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) um patrimônio da humanidade. Está presente em todo o litoral brasileiro, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e seus principais rios (Paraná, Tietê, São Francisco, Doce, Paraíba do Sul, Paranapanema e Ribeira do Iguape) abastecem os cerca de 120 milhões de habitantes da região mais populosa do país.
Thaís Brianesi
GM
Agência Brasil
"Estamos chegando tarde, sim. O Estado deveria ter começado esta ação no início do século 19, quando Percival Facquar [grande empresário da época] derrubou as florestas do sul do país para construir ferrovias", disse o presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Marcus Barros. "Mas nossa intenção é deixar bem claro aos destruidores que daqui ‘no passarán’ [em português, não passarão]".
O programa, segundo Barros, foi inspirado nas ações de comando e controle que conseguiram reduzir em 31% a taxa de desmatamento na Amazônia [entre agosto de 2004 e agosto de 2005, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais]. "Na mata atlântica há a vantagem de se contar com órgãos estaduais de meio ambiente mais bem estruturados. Fazer a fiscalização aqui será menos difícil que na Amazônia, porque as distâncias são menores e há maior facilidade de acesso", afirmou.
O plano prevê monitoramento em tempo real do desmatamento na mata atlântica, com imagens de satélite fornecidas pelo Inpe, como acontece na Amazônia desde 2004. Outras linhas de atuação são: constituir uma rede de vigilância, com apoio de agentes ambientais voluntários; compartilhar informações entre órgãos do governo federal e dos governos estaduais (sobre processos de licenciamento ambiental, aprovação de planos de manejo, gerenciamento de unidades de conservação, reservas legais das propriedades rurais e áreas de proteção permanente); e promover a comunicação, educação e capacitação (por meio de campanhas de conscientização, viabilizadas com apoio do setor privado).
A coordenadora-geral da Rede de ONGs da Mata Atlântica, Míriam Prochman, lembrou que parte do plano é fruto de um seminário realizado em Tamandaré (PE), com a presença do Ibama. "A maior fragilidade que vemos é o baixo poder dos agentes ambientais voluntários", avaliou a coordenadora da rede, que atualmente conta com cerca de 300 entidades participantes.
A mata atlântica é considerada pela Unesco (Organização das Naçõs Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) um patrimônio da humanidade. Está presente em todo o litoral brasileiro, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e seus principais rios (Paraná, Tietê, São Francisco, Doce, Paraíba do Sul, Paranapanema e Ribeira do Iguape) abastecem os cerca de 120 milhões de habitantes da região mais populosa do país.
Thaís Brianesi
GM
Agência Brasil
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