Um evento buscando soluções para o problema do precário transporte de madeiras em veículos improvisados e irregulares - conhecidos como bufetes - reuniu mais de cinqüenta transportadores madeireiros, em Tailândia. A reunião foi convocada pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE) que promete apertar a fiscalização desse tipo de transporte na rodovia PA-150, em Tailândia, Jacundá e Goianésia.

A iniciativa da PRE tem como alvo os caminhões que atuam no transporte de madeira, na PA-150, sem qualquer equipamento de segurança. Considerados clandestinos e irregulares, esses veículos, muitos com carrocerias improvisadas, põem em risco a segurança de pedestres e veículos.

O transportador Edmilson José Leite, 47 anos, proprietário de um bufete, credita a depreciação de seu caminhão à precariedade das estradas vicinais e ao tipo de atividade pesada. Mas crê na possibilidade de melhoria “a partir do momento em que nós reunirmos esforços para resolver nossos problemas e garantir nossa segurança e dos outros condutores”.

A vereadora do município de Tailândia Rosângela Souza considera que “o Estado está dando uma oportunidade para as pessoas se regularizarem e procurarem o caminho da legalidade, dando um mínimo de segurança às pessoas que trafegam na rodovia PA-150”. A vereadora disse que enviará ao prefeito municipal as reivindicações dos bufeteiros.

A organização em associação ou cooperativas seria uma saída para que os profissionais dessa atividade possam obter recursos para a melhoria dos seus veículos. O assessor da prefeitura de Tailândia Ademar de Farias diz que, “só assim, eles poderão, de modo organizado e devidamente estruturado, reivindicar melhorias para as suas atividades”.

O comandante da Polícia Rodoviária Estadual, coronel Osmar Costa Júnior, informou que a idéia de ouvir os transportadores madeireiros significa “a vontade de querer resolver o problema, pois é muito comum se atribuir às polícias a culpa dos problemas sociais.

Após a reunião, todas as sugestões foram colhidas pela Polícia Rodoviária Estadual, que as encaminhará às autoridades.

Fonte: O Liberal

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