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(GERAL)
Extração ilegal de madeira facilitada por falta de fiscais
A extração ilegal de madeiras em Rondônia é um problema que preocupa ativistas ambientais, autoridades policiais e órgãos ligados a fiscalização. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas (Inpe) mostram que nos últimos três anos a devastação aumentou em 20%. Integrantes da organização não governamental Greenpeace denunciam esquema que envolve a falsificação de um documento, como forma de legalizar a madeira extraída no Estado para ser exportada. A Autorização de Transporte de Produtos Florestais funciona como uma identidade da madeira, contendo dados do tipo: quantidade de madeira que está sendo transportada, espécie e o local de onde ela foi retirada. Este documento é expedido pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente (Ibama).

Entre os meses de maio e novembro, mais de 60 ATPFs falsificadas foram identificadas pelo Ibama em Ariquemes. Empresas do ramo de serrarias são as maiores fraudadoras do sistema, o que é facilitado pela quantidade reduzida de fiscais que o Ibama possui na região. “O Escritório do Ibama em Ariquemes não possui nenhum fiscal credenciado, a maior parte do nosso efetivo é composto por analistas ambientais. Isso dificulta e muito nosso trabalho”, conta o gerente regional do Ibama Evandro Luís Hagemann.

A denúncia do Greenpeace atinge os delegados de Polícia Civil de Ariquemes. Sérgio Krammer é um dos principais envolvidos no esquema – ele foi filmado negociando a venda de ATPFs falsificadas. Krammer disse que já contou com a ajuda de agentes da policia civil para a liberação de um carregamento, mediante suborno de 3 mil reais.

O Delegado Regional de Policia Civil, Antônio Sobral Neto, determinou que fosse realizado levantamento de todos os crimes ambientais ocorridos em Ariquemes, em 2005, com o objetivo de identificar qual foi o delegado que atendeu Krammer.

O suposto crime de corrupção é alvo de uma sindicância. Krammer não foi encontrado na cidade para prestar esclarecimentos.

O Ministério Público e a Polícia Federal também estão investigando o caso. Além de multa, a pena prevista para este tipo de crime varia entre 6 meses e 1 ano.

“Mesmo em condições precárias vamos continuar trabalhando e quando alguma irregularidade for detectada vamos tomar todas as medidas cabíveis, com o objetivo de inibir a destruição da floresta”, enfatiza Hagemann. De acordo com informações contidas na denúncia, ativistas do Greenpeace entregarão ao Ministério Público um dossiê contendo o nome das principais empresas fraudadoras e a relação dos intermediários dos documentos falsificados.

Fonte: Diário da Amazônia

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Neuvoo Jooble