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Notícias
07
dez
2005
(GERAL)
Setor de embalagem se estabiliza em 2005
- Segundo a Sondagem Industrial da Fundação Getúlio Vargas divulgada pela Associação Brasileira de Embalagem - Abre, a produção física do setor de embalagens no terceiro trimestre de 2005, recuou 3,39% em relação ao mesmo período de 2004. Esse resultado demonstra que não teve sustentação a retomada iniciada no segundo trimestre, quando a produção cresceu 2,36%, depois de uma expansão modesta no primeiro trimestre, de 1,06%.
Segundo o economista da FGV Salomão Quadros, a queda no terceiro trimestre é conseqüência de reduções nos três meses: 5,85% em julho, 1,36% em agosto e 3,02% em setembro. De janeiro até setembro, a produção de embalagens apresentou declínio de 0,10%.
Das classes que compõem o índice de produção, o vidro, que registrou perdas em julho e agosto, reagiu em setembro, encerrando o trimestre com expansão de 1,04%. Já as embalagens de material plástico, que haviam acumulado um crescimento de 7,40% até junho, não mantiveram o ritmo, registrando aumento de apenas 0,62% no período.
A desaceleração ocorrida no terceiro trimestre afetou a produção industrial como um todo. A taxa de crescimento dos bens de consumo não duráveis, os principais usuários de embalagem, baixou de 7,9% no segundo trimestre deste ano, para 3,6% no terceiro. Entre os bens duráveis - clientes em menor escala -, a taxa recuou de 21,0% para 8,7%.
De qualquer maneira, mesmo que os movimentos de desaceleração tenham sido sentidos simultaneamente pela indústria de embalagem e por seus principais usuários, persiste uma considerável diferença entre as taxas de crescimento: enquanto a produção de embalagem caiu 3,39% no terceiro trimestre, a de bens não duráveis cresceu 3,6%. No ano até setembro, o descolamento também é visível: -0,10% e 5,6%, respectivamente.
“Uma explicação para a queda acentuada da produção de embalagens e, por tabela, para o desencontro das taxas mencionadas anteriormente, é a intenção revelada pelas empresas do setor de reduzir estoques que haviam se acumulado em suas unidades fabris, durante o primeiro trimestre deste ano, quando a demanda encolheu muito, além do previsto”, explica Quadros.
No início do primeiro trimestre de 2005, 28% das empresas de embalagem consultadas previam aumento de demanda, ao passo que 31% esperavam redução. O saldo das previsões de –3%, indicava expectativa de estabilidade da demanda. Ao final daquele trimestre, no entanto, o balanço foi negativo em 46%. A distância entre o resultado esperado e o efetivamente ocorrido mostra que a indústria foi surpreendida pela escassez de pedidos de seus clientes. A conseqüência foi a formação indesejada de estoques.
Agora no terceiro trimestre, deu-se a combinação inversa. A demanda surpreendeu positivamente, superando as expectativas que eram moderadamente favoráveis. A produção foi mantida em ritmo lento abrindo espaço para a redução dos estoques. No início de outubro, 7% das empresas ainda consideravam seus estoques excessivos, mas 2% os tinham por insuficientes. O saldo das avaliações, de –5%, é muito próximo do registrado em julho de 2004, de –4%, quando teve início a forte recuperação da produção que deu origem a taxas de crescimento superiores a 7%, ao longo do segundo semestre do ano passado.
Nesse sentido, a indústria está agora em condições de responder a novos impulsos de demanda elevando a produção. Estes estímulos já se fazem notar. No início de outubro, 42% das empresas de embalagem consultadas pela FGV esperavam acréscimo da demanda no último trimestre de 2005, contra 9% que aguardavam retrocesso.
O saldo das previsões, de 33% - apesar de inferior ao registrado pela pesquisa de outubro de 2004, que foi de 40% - traduz perspectivas favoráveis. Vale lembrar que, nos meses finais do ano passado, a indústria experimentava uma fase de retomada, o que costuma elevar, temporariamente, os percentuais de expectativa de aumento, tanto de demanda quanto de produção.
Se este cenário delineado pela Sondagem de fato se configurar, a produção de embalagens no quarto trimestre pode voltar a crescer. Todavia, o decréscimo registrado no terceiro trimestre trouxe o nível de produção para um patamar mais reduzido. Por este motivo, a taxa prevista para os últimos três meses do ano, em relação ao mesmo período de 2004, deverá ser inferior ao que se cogitava inicialmente.
Refeitos os cálculos, o trimestre já não poderá ensejar expansão em relação ao trimestre final de 2004. Ao contrário, a previsão agora é de uma redução da ordem de 0,5%, projetada antes em 1,2%. Para o ano de 2005 como um todo, a expectativa da Abre é de quase estabilidade, com o volume de produção contraindo-se 0,20% em relação ao de 2004.
Fonte: Matéria Primma
Segundo o economista da FGV Salomão Quadros, a queda no terceiro trimestre é conseqüência de reduções nos três meses: 5,85% em julho, 1,36% em agosto e 3,02% em setembro. De janeiro até setembro, a produção de embalagens apresentou declínio de 0,10%.
Das classes que compõem o índice de produção, o vidro, que registrou perdas em julho e agosto, reagiu em setembro, encerrando o trimestre com expansão de 1,04%. Já as embalagens de material plástico, que haviam acumulado um crescimento de 7,40% até junho, não mantiveram o ritmo, registrando aumento de apenas 0,62% no período.
A desaceleração ocorrida no terceiro trimestre afetou a produção industrial como um todo. A taxa de crescimento dos bens de consumo não duráveis, os principais usuários de embalagem, baixou de 7,9% no segundo trimestre deste ano, para 3,6% no terceiro. Entre os bens duráveis - clientes em menor escala -, a taxa recuou de 21,0% para 8,7%.
De qualquer maneira, mesmo que os movimentos de desaceleração tenham sido sentidos simultaneamente pela indústria de embalagem e por seus principais usuários, persiste uma considerável diferença entre as taxas de crescimento: enquanto a produção de embalagem caiu 3,39% no terceiro trimestre, a de bens não duráveis cresceu 3,6%. No ano até setembro, o descolamento também é visível: -0,10% e 5,6%, respectivamente.
“Uma explicação para a queda acentuada da produção de embalagens e, por tabela, para o desencontro das taxas mencionadas anteriormente, é a intenção revelada pelas empresas do setor de reduzir estoques que haviam se acumulado em suas unidades fabris, durante o primeiro trimestre deste ano, quando a demanda encolheu muito, além do previsto”, explica Quadros.
No início do primeiro trimestre de 2005, 28% das empresas de embalagem consultadas previam aumento de demanda, ao passo que 31% esperavam redução. O saldo das previsões de –3%, indicava expectativa de estabilidade da demanda. Ao final daquele trimestre, no entanto, o balanço foi negativo em 46%. A distância entre o resultado esperado e o efetivamente ocorrido mostra que a indústria foi surpreendida pela escassez de pedidos de seus clientes. A conseqüência foi a formação indesejada de estoques.
Agora no terceiro trimestre, deu-se a combinação inversa. A demanda surpreendeu positivamente, superando as expectativas que eram moderadamente favoráveis. A produção foi mantida em ritmo lento abrindo espaço para a redução dos estoques. No início de outubro, 7% das empresas ainda consideravam seus estoques excessivos, mas 2% os tinham por insuficientes. O saldo das avaliações, de –5%, é muito próximo do registrado em julho de 2004, de –4%, quando teve início a forte recuperação da produção que deu origem a taxas de crescimento superiores a 7%, ao longo do segundo semestre do ano passado.
Nesse sentido, a indústria está agora em condições de responder a novos impulsos de demanda elevando a produção. Estes estímulos já se fazem notar. No início de outubro, 42% das empresas de embalagem consultadas pela FGV esperavam acréscimo da demanda no último trimestre de 2005, contra 9% que aguardavam retrocesso.
O saldo das previsões, de 33% - apesar de inferior ao registrado pela pesquisa de outubro de 2004, que foi de 40% - traduz perspectivas favoráveis. Vale lembrar que, nos meses finais do ano passado, a indústria experimentava uma fase de retomada, o que costuma elevar, temporariamente, os percentuais de expectativa de aumento, tanto de demanda quanto de produção.
Se este cenário delineado pela Sondagem de fato se configurar, a produção de embalagens no quarto trimestre pode voltar a crescer. Todavia, o decréscimo registrado no terceiro trimestre trouxe o nível de produção para um patamar mais reduzido. Por este motivo, a taxa prevista para os últimos três meses do ano, em relação ao mesmo período de 2004, deverá ser inferior ao que se cogitava inicialmente.
Refeitos os cálculos, o trimestre já não poderá ensejar expansão em relação ao trimestre final de 2004. Ao contrário, a previsão agora é de uma redução da ordem de 0,5%, projetada antes em 1,2%. Para o ano de 2005 como um todo, a expectativa da Abre é de quase estabilidade, com o volume de produção contraindo-se 0,20% em relação ao de 2004.
Fonte: Matéria Primma
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