O Brasil já é um país com uma matriz energética centrada em fontes renováveis — 49,1% do total gerado, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Trata-se de uma matriz muito mais verde se comparada à global, composta, em média, 14,7% por fontes renováveis.

Nesse cenário, o setor brasileiro de árvores cultivadas se destaca, considerando que 90% da energia que consome é proveniente de fontes renováveis.

Além disso, é um setor que gera boa parte da sua energia, com praticamente 100% de autoprodução renovável, originada de fontes como o licor preto e a biomassa florestal. A estratégia não apenas as segura a autossuficiência em grande parte das operações, como também contribui para redução da pressão na matriz energética nacional e a sua diversificação, já que a energia excedente produzida ou comprada por esse setor é direcionada para o abastecimento da rede elétrica nacional.90% da energia que o setor consome é proveniente de fontes renováveis.

ARAUCO BRASIL: Excelência operacional alinhada à Sustentabilidade promove redução de resíduos e autogeração de energia

Com amplo compromisso com a sustentabilidade, a Arauco, uma das maiores empresas do setor florestal e de produtos derivados da madeira no mundo, atua na gestão e valorização de resíduos industriais.

No Brasil, em 2024, a empresa reduziu em 36% a geração de resíduos em comparação com o ano anterior e, no segundo semestre, alcançou um índice de 99,7% de valorização, com apenas 0,3% dos resíduos enviados a aterros.

A principal ação realizada pela organização foi focada no reaproveitado interno dos subprodutos gerados no processo produtivo em biomassa para geração de energia renovável, atingindo 70% de sua matriz. Além do ganho ambiental, a iniciativa reduziu custo de energia e pegada de carbono. Os demais resíduos são destinados a soluções ambientalmente corretas, como coprocessamento em fornos cimenteiros ou compostagem, contribuindo para o enriquecimento do solo. Materiais recicláveis seguem para reciclagem tradicional, fechando o sistema em uma economia circular.

Combinando melhoria contínua, inovação tecnológica e engajamento de equipes multidisciplinares, a Arauco fortalece sua agenda de sustentabilidade com resultados concretos. A valorização de resíduos é um dos pilares dessa jornada, demonstrando como a eficiência operacional pode caminhar junto à proteção ambiental e à construção de um modelo de desenvolvimento mais responsável e duradouro.

Com sede no Chile e presença global, a empresa está no Brasil desde 2002, empregando mais de 4,5mil colaboradores diretos. Suas plantas industriais estão distribuídas entre a produção de painéis, em três fábricas localizadas nas cidades de Jaguariaíva (PR), Ponta Grossa (PR) e Montenegro (RS); painéis emolduras, na planta localizada em Piên (PR); resinas e químicos, na unidade de Araucária (PR) e, em 2027,prepara-se para inaugurar sua primeira fábrica de celulose brasileira em Inocência (MS), o Projeto Sucuriú, que representa um marco em sustentabilidade industrial e inovação tecnológica no setor.

Sua atuação é orientada por práticas ESG.

A Arauco possui certificação FSC® (Forest Stewardship Council®) em suas florestas, que reconhece o manejo ambientalmente responsável, socialmente justo e economicamente viável. Foi a primeira companhia florestal do mundo a receber a certificação Carbono Neutro, em 2020, emitida pela Delloite e auditada pela Price Waterhouse. Globalmente e no país, opera primando pela gestão responsável da água, a conservação da biodiversidade e a retirada de gás carbônico da atmosfera.

ELDORADO BRASIL inova com geração de energia limpa a partir de efluentes tratados

A Eldorado Brasil Celulose deu mais um passo rumo à sustentabilidade ao implementar um sistema inédito de geração de energia renovável em sua unidade de Três Lagoas (MS). Por meio de uma tecnologia desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (MG), a companhia passou a utilizar efluentes tratados para gerar eletricidade antes de devolvê-los ao rio Paraná.

O projeto utiliza BFTs – Bombas Funcionando como Turbinas – adaptadas para operar com efluentes, criando uma nova sigla no setor: BFTEs. A tecnologia aproveita a energia cinética dos resíduos líquidos industriais e transforma esse movimento em energia elétrica limpa. A potência instalada é de 184kW, com uma previsão de 8.400 horas anuais de operação, gerando cerca de 1.545,6 MWh por ano. Toda a energia é destinada aos prédios administrativos da empresa, reduzindo o consumo da rede pública.

Além do impacto ambiental positivo, as BFTEs são até 80% mais econômicas que turbinas convencionais e têm manutenção simplificada no Brasil. O modelo elimina a necessidade de represamento de água e é ideal para ambientes com vazão e nível constantes, como no caso de efluentes industriais.

Com capacidade para bombear até5 mil m³ por hora – o equivalente a 5 mil caixas d’água – o sistema reforça o compromisso da Eldorado com a inovação e a economia circular. A tecnologia é replicável e representa uma alternativa viável para outras indústrias que buscam soluções sustentáveis de baixo custo e impacto ambiental reduzido.

Fundada em 2010, a Eldorado Brasil é uma das maiores produtoras de celulose de eucalipto do mundo, com produção anual de 1,8 milhão de toneladas e exportações para mais de 40 países. ·

SUZANO já tem 88%da matriz energética de fontes renováveis

O setor desempenha um papel estratégico na mitigação das mudanças climáticas, seja por sua capacidade de remover e estocar CO 2 da atmosfera, seja pelo desenvolvimento de soluções renováveis que substituem insumos de origem fóssil.

Comprometida em ampliar sua contribuição para o enfrentamento da crise climática, a Suzano adota uma abordagem integrada que inclui, além do sequestro de carbono e da oferta de produtos sustentáveis, a redução das emissões de gases de efeito estufa em suas operações e ao longo de toda a cadeia de valor. Esse esforço se materializa na adoção de tecnologias mais limpas e eficientes, na promoção da circularidade e no fortalecimento de parcerias com fornecedores e clientes.

Elevar a exportação de energia renovável para o sistema elétrico brasileiro também é uma prioridade da Suzano. Atualmente, 88% da matriz energética da Suzano é composta por fontes renováveis. A mais recente fábrica construída pela companhia, localizada em Ribas do Rio Pardo, disponibiliza ao grid brasileiro um excedente de 180 MW médios – energia suficiente para abastecer uma cidade com 2,3 milhões de habitantes. A unidade também opera   de gaseificação de biomassa, resultando em uma redução de 97% nas emissões dos fornos de cal em comparação com fábricas que utilizam combustíveis fósseis.

Ciente de que a descarbonização da economia global exige decisões consistentes e contínuas, a Suzano passou, desde 2023, a incorporar critérios de sustentabilidade na avaliação de investimentos.

A aplicação do Preço Interno de Carbono (PIC) permite monetizar os impactos das emissões de gases de efeito estufa, enquanto a utilização da Curva de Custo Marginal de Abatimento (MACC, na sigla em inglês) viabiliza a priorização de iniciativas de descarbonização com maior custo-efetividade. Comisso, a Suzano assegura o alinhamento de suas metas climáticas aos padrões da Science Based Targetsinitiative (SBTi). ·

SETOR FLORESTAL BRASILEIRO PELO CLIMA –IBÁ

Fonte: Ibá