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A restauração e silvicultura de nativas têm grande potencial econômico ligado principalmente aos objetivos de combate aos efeitos de mudanças climáticas. Essas atividades são estratégicas para o Brasil e o mundo.
Além dos plantios para fins comerciais, no Brasil, árvores também são cultivadas com o objetivo de restaurar áreas degradadas, recuperar ecossistemas e recompor a vegetação nativa.
Esses plantios utilizam, em grande parte, espécies brasileiras adaptadas a cada bioma, respeitando as características locais e promovendo a biodiversidade. A restauração desempenha um papel crucial no combate às mudanças climáticas por meio do sequestro de carbono, além de contribuir para a proteção do solo, a conservação da água e a manutenção de diversos serviços ecossistêmicos. Essa iniciativa está alinhada com compromissos de âmbito global, como o Marco de Biodiversidade de Kunming-Montreal e as metas climáticas internacionais, reforçando o papel estratégico do setor no enfrentamento dos desafios ambientais globais.
Com o cultivo de espécies nativas, as áreas, antes degradadas, podem voltar a abrigar vida, recuperar seus ciclos naturais e proporcionar benefícios para a população local como emprego e renda — da coleta de sementes e produção de mudas ao plantio e monitoramento, cada vez mais postos de trabalho são gerados nesse segmento. As árvores cultivadas com esse propósito ajudam a recompor ecossistemas, melhorar a qualidade do ar, nascentes e solos, além de sequestrar carbono da atmosfera — um serviço ambiental essencial em tempos de emergência climática.
A restauração e silvicultura de nativas têm grande potencial econômico ligado principalmente aos objetivos de combate aos efeitos de mudanças climáticas.
Recentemente, a Ibá passou a representar também essa nascente indústria no País. São empresas que, juntas, estão movimentando bilhões de reais com a produção de sementes e mudas, preparo de solo, aquisição de terras, manejo e controle de pragas. O surgimento dessas iniciativas reforça a vocação que o Brasil temem ser uma potência global em soluções baseadas na natureza (NbS) e no crescente mercado mundial de carbono.
A restauração ecológica é estratégica para o Brasil e representa um modelo inovador capaz de gerar resultados positivos para a economia, a sociedade e o meio ambiente.
PROJETO MUÇUNUNGA– Restauração de florestas nativas no sul da Bahia
O Projeto Muçununga já deu início ao plantio de 2milhões de mudas de mais de 70 espécies nativas que irão restaurar 1.200 hectares de Mata Atlântica no sul da Bahia. Com um investimento de R$ 55milhões, igualmente dividido entre a Biomas e a Carbon2 Nature Brasil, o projeto irá recuperar áreas da Veracel Celulose distribuídas por oito municípios.
Estudos detalhados sobre solo, topografia e biodiversidade orientaram as técnicas e métodos de restauração, bem como a capacidade de mecanização das atividades. Também definiram a escolha das mais de 70 espécies nativas que integrarão o plantio, selecionadas com base em critérios de biodiversidade e resiliência ecológica. Quatro viveiros já contratados fornecerão as mudas ao longo dos próximos dois anos de implementação.
A alta diversidade de nativas é um dos diferenciais da iniciativa. Araçá, guapuruvu, jacarandá-da--bahia e jatobá integram o plantio. Globalmente, apenas 1% dos projetos de restauração de nativas voltados à geração de carbono utilizam mais de 10espécies (MSCI Carbon Markets) — o Muçununga trabalhará com mais de 70.
Plantio de 2 milhões de mudas de mais de70 espécies nativas
Com o objetivo de também gerar transformação social, 15 comunidades do entorno foram engajadas para reuniões e oficinas de construção de benefícios sociais que poderão incluir capacitação, geração de renda e infraestrutura. Além disso, estão previstos 80 empregos diretos ao longo da implementação da iniciativa, entre atividades administrativas, gestão e operação florestal Como florestas removem grandes volumes de CO 2 da atmosfera, a restauração será financiada por meio da geração de créditos de carbono. A estimativa é emitir cerca de 500 mil créditos de carbono ao longo de 40 anos. Cada crédito representa uma tonelada de CO 2 removida.
Por promover ganhos em biodiversidade e impacto social, o projeto gera créditos de carbono premium, de alta integridade e maior valor de merado. Parceria inédita e já em execução firmada coma International Finance Corporation (IFC), braço de investimentos privados do Banco Mundial, busca aprimorar processos e indicadores, assegurando a alta qualidade do crédito de carbono gerado.
O Projeto Muçununga é o primeiro da Biomas— empresa criada por Itaú, Marfrig, Rabobank,Santander, Suzano e Vale. Em julho de 2025, ganhou reforço com a chegada da Carbon2Nature Brasil, joint venture da Neoenergia e da Carbon2Nature, oque reafirma sua qualidade técnica e integridade.
SETOR FLORESTAL BRASILEIRO PELO CLIMA –IBÁ
Fonte: Ibá
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