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O projeto de conservação genética coordenado pela Ibá é um marco para o setor de árvores cultivadas.
A iniciativa concentra-se na implementação de uma base de germoplasma destinada à preservação dos genótipos de Eucalyptus e Corymbia introduzidos no Brasil nas últimas décadas. Com foco na diversidade genética, o projeto irá assegurar uma base robusta e segura para os programas de melhoramento genético por pelo menos os próximos 30 anos, garantindo maior resiliência das florestas plantadas frente a desafios como estresse hídrico, pragas, doenças emergentes e mudanças climáticas.
Diferente de iniciativas centradas exclusivamente na seleção de indivíduos mais produtivos, o projeto de conservação genética coloca a diversidade genética no centro da estratégia. Essa variabilidade é uma ferramenta essencial para os programas de melhoramento, pois permite o desenvolvimento de clones mais resilientes e adaptadas à ampla gama de condições ambientais do Brasil, desde regiões com estresse hídrico até áreas suscetíveis a pragas e doenças emergentes. Ao preservar esse patrimônio genético, o setor evita perdas irreversíveis resultantes de ciclos seletivos passados e amplia sua capacidade de resposta frente aos desafios do clima futuro.
Com a participação de dez grandes empresas do setor e o suporte técnico de instituições de excelência como a SIF (Sociedade de Investigações Florestais) e o IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), o projeto representa uma colaboração inédita no setor florestal brasileiro. Materiais genéticos introduzidos nas décadas de 70, 80 e 90, e que estavam sob risco de desaparecimento, agora passam a contar com estruturas adequadas para sua conservação e uso.
Esses recursos serão incorporados aos programas de melhoramento das empresas e instituições, com acesso prioritário a sementes, pólen, propágulos, extratos vegetais e amostras de DNA.
Além de garantir produtividade e segurança genética no longo prazo, a iniciativa contribui diretamente para a mitigação das mudanças climáticas.
Florestas geneticamente mais diversas e adaptadas são mais eficientes na captura de carbono, mais resistentes a eventos extremos e mais estáveis do ponto de vista ecológico. Dessa forma, o projeto se alinha às estratégias globais de enfrentamento da crise climática e posiciona o setor florestal como parte ativa da solução, promovendo paisagens produtivas sustentáveis e resilientes. O projeto é um grande exemplo de cooperação entre empresas, academia e associações para gerar soluções duradouras, fortalecendo a sustentabilidade da produção florestal e o protagonismo do setor na agenda ambiental.
O setor florestal brasileiro pelo Clima Ibá
Fonte: Ibá
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