O setor brasileiro de árvores cultivadas para fins industriais e para restauração é uma potência socioeconômica e ambiental, um caso único de sinergia entre produtividade, conservação ambiental e inovação tecnológica. Inserida em uma lógica integradora e sistêmica, da árvore ao pós-uso, essa indústria desenvolveu um modelo de negócio baseado em uma multiplicidade de produtos renováveis e práticas sustentáveis que geram benefícios climáticos importantes.

As árvores são um dos mais antigos e eficientes mecanismos da natureza para manutenção da saúde do planeta. O setor é um dos maiores plantadores de árvores do mundo: são 1,8 milhão de árvores plantadas todos os dias. Ao longo do crescimento, elas removem e estocam o carbono presente na atmosfera, contribuindo com o enfrentamento da emergência climática.

Atualmente, as áreas de plantio no Brasil somam 10,5 milhões de hectares e, paralelamente, o setor ainda conserva outros 7,01 milhões de hectares de vegetação nativa — uma área superior ao território da Bélgica e da Suíça somados — provando que é possível produzir e conservar em escala industrial. Mais de 60% desses 17,5 milhões de hectares são certificadas por órgãos internacionais há mais de 20 anos, assegurando a rastreabilidade e origem responsável dos produtos do setor.

Trata-se de uma indústria sem relação com o desmatamento ilegal. Muito pelo contrário, nas últimas décadas vem expandindo o plantio sobre áreas previamente degradadas por outras atividades e culturas, como os pastos de baixa produtividade, transformando-as em áreas produtivas a partir de uma atividade sustentável e que dá origem a diversos produtos renováveis, gerando milhões de empregos no processo.

Exemplo da bioeconomia de larga escala e com uma sólida estratégia de descarbonização, o setor adota o manejo florestal em mosaico, modelo sustentável que intercala plantações de árvores com áreas nativas, conta com uma matriz energética predominante renovável, cuida da água, da terra e das pessoas, além da maior produtividade mundial.

Comprometido com o desenvolvimento sustentável, se posiciona como solução concreta frente à crise climática e à urgência de uma nova economia de baixo carbono— mais verde, justa e inteligente.

Com constante investimento em inovação, ciência e tecnologia, desenvolve soluções sustentáveis para substituição de produtos de origem fóssil, contribuindo com a redução de emissões de GEEs na cadeia produtiva global.

Como fornecedor de bioprodutos para mais de 2bilhões de planetários, o setor de árvores cultivadas para fins industriais desempenha um papel fundamental na economia brasileira, sendo um dos pilares da indústria nacional. Representa, assim, 1% do PIB brasileiro; 5% do valor adicionado pelo agro; e 4,8% da indústria de transformação. Em 2024, atingiu a marca recorde de US$ 15,7 bilhões em exportações, representando 4,7% do total exportado pelo País. A conexão com o futuro da bioeconomia segue firme, com investimentos previstos de mais de R$ 90 bilhões até 2029.

Este é um dos setores do uso da terra que mais conserva e restaura. São empresas que fazem uso inteligente dos recursos naturais e dotam manejo responsável que vem evoluído ao longo do tempo.

O setor florestal brasileiro pelo Clima Ibá

Fonte: Ibá