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Notícias

24
set
2025
(REFLORESTAMENTO)
Projeto em Niterói, no RJ, usa abelhas sem ferrão para reflorestar áreas e preservar biodiversidade

Abelhas nativas sem ferrão ajudam a restaurar 22 hectares de floresta em Niterói, mostrando como a natureza pode ser aliada poderosa na recuperação ecológica urbana.

No Morro do Boa Vista, em São Lourenço, a natureza começa a se regenerar com ajuda de aliados improváveis: abelhas nativas sem ferrão. A iniciativa, promovida pela Prefeitura de Niterói por meio da Companhia de Limpeza de Niterói (CLIN), utiliza essas polinizadoras como peça-chave para acelerar o reflorestamento da área, que já soma 22 hectares em recuperação.

Esses insetos atuam no meliponário instalado no viveiro de mudas, onde o trabalho de restauração avança com o plantio de mais de 700 mudas de espécies da Mata Atlântica. Produzidas a partir de resíduos de poda urbana, essas plantas ganham vida nova ao receberem o suporte natural das abelhas, que garantem a polinização necessária para o crescimento saudável da vegetação.

Biodiversidade urbana ganha reforço em Niterói com projeto que une abelhas, viveiro de mudas e energia renovável. Foto: Luciana Carneiro/ Prefeitura de Niterói

Além de beneficiar o ambiente, o projeto também tem impacto direto na educação ambiental. A presença das abelhas atrai visitantes e estudantes, despertando o interesse sobre questões ecológicas e a importância da biodiversidade.

Polinização como força vital do reflorestamento

No viveiro da CLIN, onde são cultivadas mais de 170 mil mudas por ano, o papel das abelhas vai além do esperado. As flores das espécies plantadas, como pau-brasil, ipês, figueira-da-pedra e frutíferas como pitanga e jabuticaba, dependem da polinização para se desenvolver plenamente. É aí que entram as abelhas sem ferrão.

Elas voam de flor em flor, coletando pólen e, naturalmente, realizando a polinização cruzada entre as espécies. Esse processo é essencial para a continuidade do ciclo de vida das plantas, contribuindo para a regeneração natural da área reflorestada.

Além disso, essas abelhas também colaboram com a produção de mel, cera, própolis e pólen, o que demonstra o potencial econômico e ecológico dessa prática.

Sustentabilidade integrada à infraestrutura urbana

O projeto ambiental vai além das árvores. A Prefeitura de Niterói está implantando uma usina solar fotovoltaica no Morro do Boa Vista, com mais de dois mil módulos capazes de gerar 1,5 MW de energia limpa. Também foi criado um sistema para reaproveitamento da água da chuva, ampliando o alcance sustentável da ação.

“Essa iniciativa reúne reflorestamento, proteção de encostas, prevenção de erosões e geração de energia limpa. É um exemplo de como Niterói vem avançando na preservação ambiental com soluções inovadoras e sustentáveis”, afirma o presidente da CLIN, Acilio Borges.

Atualmente, mais da metade do território da cidade está preservada por decretos ambientais. Investir na recuperação desses espaços se tornou prioridade, especialmente diante das mudanças climáticas e da necessidade de garantir qualidade de vida para a população.

A aposta em soluções naturais, como as abelhas nativas, fortalece esse compromisso. Com baixo custo e alto impacto ecológico, elas têm se mostrado grandes aliadas na reconstrução do equilíbrio ambiental.

Referência da notícia

Prefeitura de Niterói usa abelhas sem ferrão para impulsionar reflorestamento na cidade. 14 de setembro, 2025. Prefeitura de Niterói.

https://www.tempo.com/noticias/actualidade/projeto-em-niteroi-no-rj-usa-abelhas-sem-ferrao-para-reflorestar-areas-e-preservar-biodiversidade.html

Talita Cristina

Fonte: https://www.tempo.com/noticias

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