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Além disso, semente auxilia nas funções cerebrais e no controle glicêmico.
Símbolo da região Sul do Brasil, a Araucaria angustifolia, popularmente conhecida como pinheiro-do-Paraná, é uma árvore imponente que pode chegar a 20 metros de altura e guarda um verdadeiro tesouro em suas pinhas: o pinhão.
A semente, consumida há séculos pelos povos indígenas, mantém seu espaço garantido na culinária brasileira, especialmente em pratos típicos do Sul e Sudeste do país.
Além do sabor marcante e da versatilidade na cozinha, o pinhão se destaca pelo valor nutricional. Rico em fibras, ele contém vitaminas e minerais como cobre, zinco, manganês, ferro, magnésio, cálcio, fósforo, enxofre, sódio e potássio.
Dentre os benefícios da presença desses compostos, está o bom funcionamento do intestino, controle da pressão arterial e redução do colesterol ruim (LDL). Ele também inclui ácidos graxos, como o ômega 6 e ômega 9, que reforçam a proteção ao coração e à saúde no geral.
“Por conta do seu alto valor calórico, é um ótimo aliado para trabalhadores braçais, atletas, crianças e adolescentes em fase de crescimento”, explica o biólogo Douglas Ribeiro.
Seu consumo também está associado à melhora da função cerebral, ao combate ao envelhecimento precoce e até ao controle glicêmico, graças às fibras que modulam a absorção de glicose.
“Há comprovações científicas sobre as propriedades medicinais do pinhão, onde diversos estudos realizados por universidades e instituições de pesquisa brasileiras e internacionais investigaram os compostos bioativos do pinhão e seus efeitos fisiológicos”, relata ele.
Outros benefícios da espécie
De acordo com o especialista, os benefícios do pinhão não param na semente. Diversas partes da araucária possuem propriedades medicinais. Dentre elas:
• Casca da semente: rica em flavonoides, taninos e compostos fenólicos. Possui ação antioxidante, anti-inflamatória e antidiabética;
• Folhas: contêm óleos essenciais, terpenos e resinas, que atuam como expectorante, antisséptico e analgésico;
• Resina: usado como cicatrizante, sendo aplicado em feridas e infecções de pele. Possui propriedades antifúngicas e bactericidas;
• Casca do tronco: conhecida como antioxidante potente.
Como consumir
A melhor forma de consumir o pinhão para aproveitar seus benefícios nutricionais e medicinais é cozido, de preferência com casca, em água, sem sal ou aditivos. Esse método preserva seus nutrientes, reduz antinutrientes e melhora a digestibilidade da semente.
Outras formas de consumo da semente incluem na forma de farinha, assada ou ainda, na brasa. “É importante evitar o consumo do pinhão cru, por conta da sua digestão, assim como evitar de cozinhar por muitas horas, pela perda de vitaminas”, orienta.
O botânico ressalta que existem contraindicações no uso medicinal do pinhão como:
• Pessoas com sobrepeso, obesidade ou diabetes: que devem consumir a semente com moderação por causa do alto teor calórico;
• O consumo do pinhão cru pode causar má digestão, gases, cólicas abdominais, náuseas e constipação;
• Pessoas com histórico de alergia a sementes oleaginosas devem ter cautela no consumo;
• Pessoas com problemas renais devem evitar o consumo exagerado, pois o pinhão é rico em potássio.
Por Giovanna Adelle, Terra da Gente
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2025/09/08/tipico-do-sul-pinhao-reune-beneficios-para-coracao-intestino-e-imunidade.ghtml
Fonte: https://g1.globo.com
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