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Confira quais são as principais mudanças exigidas pelo novo padrão e como se adequar a elas dentro do prazo estipulado pelo FSC.
Diretamente dependentes do manejo florestal, as indústrias madeireiras precisam estar cada vez mais atentas às mudanças nas normas que regulam essa prática.
Mais do que uma exigência ambiental, essas regras apontam critérios importantes para a escolha de fornecedores, a rastreabilidade da matéria-prima e o posicionamento das marcas frente a um mercado que valoriza a sustentabilidade.
Certificação FSC – o que muda?
Em um cenário onde consumidores, varejistas e parceiros comerciais exigem transparência e responsabilidade socioambiental, compreender essas mudanças é essencial para manter a competitividade e a reputação no setor.
Nesse aspecto, é essencial estar por dentro do novo padrão de manejo florestal FSC, publicado em setembro de 2024, que estabelece regras mais claras, modernas e alinhadas à realidade socioambiental do país para o cultivo de espécies como pinus e eucalipto.
O novo padrão aborda temas como conservação ambiental, uso do solo, relações com comunidades locais, respeito aos direitos trabalhistas, rastreabilidade da produção, entre outros.
Em vigor desde o dia 15 de março de 2025 e com um período de transição de 12 meses (até 14 de março de 2026), as empresas certificadas podem optar por se adequar às novas diretrizes ou perder seus certificados.
Principais novidades
Entre as principais atualizações no padrão de manejo florestal FSC, estão a unificação das normas nacionais em um único documento, a melhoria dos critérios de conservação ambiental, o reforço na proteção dos direitos de comunidades locais e trabalhadores, e a exigência de indicadores mais objetivos e mensuráveis.
Para a indústria madeireira, isso significa a necessidade de maior rigor na escolha de fornecedores, investimentos em rastreabilidade da matéria-prima, além de adequações operacionais e documentais para manter ou conquistar a certificação FSC.
No entanto, apesar do desafio inicial de adaptação, essas mudanças também fortalecem a imagem das empresas no mercado, especialmente diante de um consumidor cada vez mais atento à sustentabilidade e à origem dos produtos florestais.
Além disso, ao promover maior clareza nas regras e padronizar critérios em todo o território nacional, o novo modelo facilita o entendimento técnico, reduz ambiguidades em auditorias e torna o processo de certificação mais transparente.
Vantagens de se adequar ao novo padrão FSC
A maior vantagem para as empresas que decidirem se alinhar ao novo padrão é que elas irão ganhar maior credibilidade no mercado interno e externo, ampliando suas oportunidades de negócio, especialmente com compradores que exigem madeira de origem legal e sustentável.
A certificação também pode ser um diferencial competitivo, abrindo portas para exportações, parcerias com grandes redes de varejo e projetos de maior valor agregado, onde o compromisso ambiental é um critério decisivo.
Esse alinhamento à sustentabilidade ganha ainda mais relevância diante da nova Lei Antidesmatamento da União Europeia (EUDR), que estabelece regras rigorosas para a entrada de produtos florestais no mercado europeu.
A certificação FSC, especialmente sob o novo padrão em vigor, atende diretamente a esses requisitos ao exigir a rastreabilidade da matéria-prima, a proibição do desmatamento e a conformidade socioambiental em toda a cadeia produtiva.
Assim, as empresas certificadas estarão mais bem preparadas para atender às exigências internacionais e manter sua competitividade em mercados que exigem comprovações claras da origem responsável da madeira.
Como se adequar ao novo padrão?
Nesse cenário, as empresas que estão dispostas a passar pela transição e se adequar ao novo padrão, precisam começar fazendo um diagnóstico interno de suas práticas de manejo, rastreabilidade e conformidade legal.
Nesse ponto, é fundamental revisar os processos operacionais à luz das novas exigências, capacitar as equipes envolvidas e buscar o apoio de consultorias ou certificadoras credenciadas.
Além disso, manter um diálogo constante com fornecedores e parceiros garante que toda a cadeia produtiva esteja alinhada com os princípios das novas regras.
Assim, com planejamento e comprometimento, a adaptação pode ser uma oportunidade de fortalecer a gestão florestal e conquistar novos mercados com responsabilidade e credibilidade.
Fonte: Por ForMóbile Digital
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