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Notícias

26
ago
2025
(SILVICULTURA)
Produtividade florestal: quando ciência, planejamento e execução caminham juntos

A silvicultura brasileira alcançou reconhecimento internacional graças a avanços científicos, melhoramento genético, pesquisas aplicadas e inovações de manejo que elevaram o potencial produtivo de nossas florestas plantadas.

No entanto, esse potencial só se concretiza plenamente quando as operações de campo — como plantio, controle de pragas, adubação, replantio, manejo de mato-competição, dentre outras — são executadas com qualidade e no momento adequado.

Não raras vezes, observa-se que diferenças expressivas de produtividade entre áreas semelhantes não se explicam pelo material genético, nem pelo solo ou pelo clima, mas pela forma como o trabalho foi realizado.

Um plantio mal conduzido, uma adubação mal dosada, um controle de formigas feito fora de tempo ou a utilização de mudas de baixa qualidade comprometem anos de investimento e reduzem drasticamente os resultados esperados.

A produtividade, portanto, não é apenas uma função da tecnologia disponível, mas sim da competência e da dedicação de quem a coloca em prática.

A ciência abre caminhos e aponta possibilidades; a execução correta no campo é o que transforma esse conhecimento em resultados concretos.

É nesse elo que a silvicultura encontra seus maiores desafios e suas maiores oportunidades.

Nesse contexto, o planejamento adequado das operações é indispensável.

Cada atividade precisa ser cuidadosamente programada, com cronogramas bem definidos e suporte logístico eficiente.

Há de se contar com o efetivo apoio das áreas responsáveis pelo fornecimento de insumos em qualidade, quantidade e no tempo certo.

Sem esse respaldo, mesmo equipes treinadas e comprometidas acabam limitadas em sua capacidade de gerar resultados.

Mais do que isso, a silvicultura exige também uma integração permanente entre os elos da cadeia de produção, sustentada por informação clara e transparente do encaminhamento dos trabalhos e principalmente de eventuais limitações existentes.

Essa sinergia entre pesquisa, suprimento, planejamento e execução operacional é o que assegura a transformação do conhecimento científico em produtividade sustentável.

Logo, mais do que máquinas, insumos e clones de alto desempenho, a floresta precisa de profissionais capacitados, atentos e comprometidos com resultados.

A qualidade operacional é fruto de treinamento, responsabilidade, compromisso e cooperação entre todos os envolvidos.

A silvicultura brasileira aumentou a produtividade em quase 100% nos últimos 50 anos, mas falhas operacionais, perfeitamente administráveis, podem impactar negativamente em mais de 30% os resultados alcançados com investimentos em longos anos de pesquisa e experimentação!

Reconhecer essa possibilidade e adotar as medidas preventivas adequadas é essencial para assegurar que o Brasil continue sendo referência mundial em produtividade florestal.

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Nelson Barboza Leite – Agrônomo – Silvicultor – nbleite@uol.com.br

Publicado em Uncategorized | Com a tag comunidade de silvicultura, engenharia florestal, floresta, florestal, incentivo fiscal, setor florestal, silvicultor, silvicultura | Deixe um comentário

Fonte: Comunidade de Silvicultura

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