As altas taxas de hipoteca, o fraco fluxo de compradores e os constantes desafios do lado da oferta continuaram a prejudicar a confiança das construtoras em agosto, com os níveis de confiança se mantendo estáveis e baixos.

A confiança das construtoras no mercado de casas unifamiliares recém-construídas foi de 32 em agosto, um ponto abaixo de julho, de acordo com o Índice do Mercado Imobiliário (HMI) da Associação Nacional de Construtoras de Casas (NAHB)/Wells Fargo, divulgado em 18 de agosto. O sentimento das construtoras está em território negativo há 16 meses consecutivos e tem se mantido em uma leitura relativamente baixa, entre 32 e 34, desde maio.

“A acessibilidade continua sendo o principal desafio para o mercado imobiliário, e os compradores estão esperando que as taxas de hipoteca caiam para seguir em frente”, disse o presidente da NAHB, Buddy Hughes, construtor e incorporador de Lexington, Carolina do Norte. “As construtoras também estão lidando com obstáculos do lado da oferta, incluindo frustrações constantes com as políticas regulatórias relacionadas ao desenvolvimento de terrenos e à construção de casas.”

“A acessibilidade à moradia é fundamental para as perspectivas de crescimento econômico e inflação”, disse o economista-chefe da NAHB, Robert Dietz. “Dado o mercado imobiliário em desaceleração e outros dados econômicos recentes, o comitê de política monetária do Fed deve voltar a reduzir a taxa básica de juros, o que reduzirá os custos de financiamento para a construção de moradias e, indiretamente, ajudará as taxas de juros das hipotecas.”

Em mais um sinal de um mercado imobiliário fraco, a última pesquisa do HMI também revelou que 37% das construtoras relataram cortes nos preços em agosto, ante 38% em julho. Essa porcentagem se manteve em 37% ou 38% nos últimos três meses. Enquanto isso, a redução média de preços foi de 5% em agosto, a mesma que em todos os meses desde novembro passado. O uso de incentivos de vendas foi de 66% em agosto, acima dos 62% em julho, e o maior percentual no período pós-COVID.

Derivado de uma pesquisa mensal que a NAHB realiza há mais de 40 anos, o NAHB/Wells Fargo HMI avalia as percepções das construtoras sobre as vendas atuais de casas unifamiliares e as expectativas de vendas para os próximos seis meses como "boas", "regulares" ou "ruins". A pesquisa também pede às construtoras que classifiquem o tráfego de potenciais compradores como "alto a muito alto", "médio" ou "baixo a muito baixo". As pontuações para cada componente são então usadas para calcular um índice ajustado sazonalmente, onde qualquer número acima de 50 indica que mais construtoras consideram as condições boas do que ruins.

O índice HMI, que mede as condições atuais de vendas, caiu um ponto em agosto, para 35, enquanto o componente que mede as expectativas de vendas para os próximos seis meses se manteve estável em 43. O indicador que mapeia o tráfego de potenciais compradores registrou um ganho de dois pontos, para 22, mas permanece em um nível muito baixo.

Observando as médias móveis trimestrais para as pontuações regionais do HMI, o Nordeste caiu um ponto, para 44, o Centro-Oeste ganhou um ponto, para 42, o Sul caiu um ponto, para 29, e o Oeste caiu um ponto, para 24.

As tabelas do HMI podem ser encontradas em nahb.org/hmi. Mais informações sobre estatísticas de habitação também estão disponíveis em Housing Economics PLUS.

Por Dakota Smith

https://www.woodworkingnetwork.com/news/woodworking-industry-news/builder-confidence-plateaus-low-level-reports-home-builder

Fonte: Woodworking.net