Saiba como compor ambientes seguindo essa tendência de forma harmônica e equilibrada.

Entre as transformações mais marcantes no universo do mobiliário e da arquitetura de interiores nos últimos anos, o MDF em tons escuros vem se consolidando como uma escolha de destaque.

Seja em projetos residenciais ou comerciais, esse acabamento tem conquistado espaço por traduzir uma estética sofisticada, intimista e profundamente acolhedora, qualidades cada vez mais valorizadas por quem busca ambientes com identidade e personalidade.

Aplicações dos padrões de MDF escuro

Com inspiração em estilos como o contemporâneo, o japandi, o escandinavo, o boho e até o minimalismo, o MDF escuro se tornou símbolo de profundidade cromática, elegância clássica e texturas naturais.

Mais do que uma tendência, trata-se de um movimento estético que reflete o desejo por espaços mais envolventes e equilibrados, e que dialoga diretamente com os desafios criativos enfrentados por arquitetos, marceneiros e designers na criação de ambientes únicos.

“A madeira costuma trazer o aspecto mais acolhedor para os ambientes e vejo que a demanda por MDF escuro traduz isso. Historicamente ele reflete em uma linguagem mais clássica ou de elegância para os ambientes, tendências essas que estão em alta, fazendo com que a sua procura, consequentemente, também aumente”, comenta a arquiteta Jessica Lucas.

“Além disso, houve um movimento de contraponto aos espaços excessivamente claros e minimalistas que estavam em destaque nos últimos anos, resgatando a vontade de criar atmosferas mais sensoriais.”

Ainda segundo ela, os tons mais procurados atualmente incluem o noce italiano, o carvalho negro, o ebano, o chumbo acetinado, o grafite fosco e variações de madeiras com veios acentuados em marrom profundo. “Eu, por exemplo, gosto muito de projetos com madeira ebanizada, seja no piso ou na marcenaria. O louro freijó também é um tom que agrada muito os clientes”, pontua Jessica.

Combinando o MDF escuro em diferentes ambientes

Na composição de ambientes, a arquiteta acredita que o MDF escuro combina com todos os estilos, fazendo com que as variações dependam da escolha dos outros elementos que fazem parte do projeto.

“Para evitar um ambiente carregado, se essa não for a intenção, é importante equilibrar com superfícies claras, como pedras, tecidos ou paredes neutras e usar elementos naturais como o linho, a palha e até mesmo plantas”, orienta a arquiteta. “Também aconselho apostar em um bom aproveitamento da iluminação natural”.

“Outra dica é equilibrar o MDF escuro com pedras claras como o quartzo branco, marmorizados leves, travertino, ou mesmo tecidos claros, metais em dourado fosco, bronze envelhecido ou preto fosco”, indica Jessica.

“Já se a ideia é criar contraste, o ideal é investir em elementos naturais, como madeira clara, palhinha, couro claro ou cerâmicas artesanais. Sem esquecer que uma boa escolha de cores nas paredes faz toda a diferença.”

Jessica também explica que a forma como o MDF escuro é adicionado em cada projeto varia muito conforme o gosto de cada cliente, visto que muitos gostam dos tons escuros com personalidade mais forte, sofisticada e marcada, enquanto outros ainda preferem tons mais claros, suaves e delicados, combinados com tons pastéis.

Dessa forma, antes de definir o melhor caminho a se seguir, é preciso estar atento ao estilo, às referências e ao que cada cliente realmente espera.

“O MDF escuro não é apenas uma escolha estética — ele também comunica um estilo de vida. Em muitos projetos, ele representa o desejo por um lar mais intimista, refinado e com personalidade”, observa. “Por esse motivo, seu uso requer um olhar técnico e sensível para que não pese ou escureça demais os ambientes”, continua a arquiteta.

“Lembre-se que, na maioria das vezes, os clientes que buscam por um ambiente escuro, esperam algo intimista e aconchegante e, quando esse for o objetivo, o MDF escuro é, sem dúvidas, a melhor aposta”, finaliza Jessica.

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Fonte: ForMóbile Digital