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Conheça os benefícios da prática japonesa, além de dicas para manter o bem-estar
Você já sentiu um alívio quase imediato ao caminhar entre as árvores? Ou percebeu como a respiração se aprofunda quando está em meio à natureza? Essa sensação de paz tem nome, história e ciência por trás: chama-se banho de floresta, ou shinrin-yoku, prática originada no Japão e cada vez mais valorizada ao redor do mundo.
Criada em 1982 pela Agência Florestal Japonesa, a técnica propõe uma imersão consciente em ambientes naturais. Ao contrário do que o nome pode sugerir, não envolve água - e sim, presença. Trata-se de estar na floresta com os cinco sentidos atentos, sentindo o chão sob os pés, o aroma das folhas, a luz filtrando entre os galhos e o canto dos pássaros.
No ritmo acelerado das cidades, nos desconectamos daquilo que é essencial. O banho de floresta é um convite para desacelerar, respirar e observar, sempre com calma e intenção. Nada de celular, podcasts ou conversas paralelas. Apenas você e o ambiente.
A prática propõe atividades simples, como caminhar lentamente, prestar atenção aos próprios passos, observar pequenas folhas, texturas, cores, cheiros e sons. Com isso, a mente se aquieta e o corpo começa a responder.
Benefícios comprovados
Estudos conduzidos pelo médico Yoshifumi Miyazaki, da Universidade de Chiba, demonstraram que o banho de floresta:
- Reduz em até 13% os níveis de cortisol, hormônio ligado ao estresse;
- Diminui a pressão arterial e os batimentos cardíacos;
- Melhora a atividade do sistema nervoso parassimpático, responsável pela sensação de calma;
- Fortalece o sistema imunológico, aumentando a produção de células que combatem infecções;
- Alivia sintomas de depressão, burnout e fadiga crônica.
Como praticar?
Você não precisa viajar até uma mata densa ou uma floresta intocada. Um parque arborizado, uma trilha leve ou até um jardim silencioso já são suficientes. O importante é se entregar à experiência. Veja algumas dicas:
- Escolha um lugar verde e tranquilo, onde você possa caminhar por pelo menos 30 minutos;
- Vá sozinho(a) ou combine com os amigos de manter o silêncio durante o trajeto;
- Deixe o celular no modo avião e esteja presente de verdade;
- Ative seus sentidos: ouça os sons ao redor, toque nas folhas, observe os tons de verde, inspire profundamente os aromas da natureza;
- Não tenha pressa. O objetivo não é chegar a um destino, mas vivenciar o caminho.
Na próxima vez que se sentir sobrecarregado, ansioso ou cansado, experimente: encontre um canto verde, feche os olhos, respire e caminhe. Às vezes, o que você precisa não está em uma solução complexa - mas em uma árvore balançando ao vento.
Bons Fluidos
Por: Isabella Bisordi
Fonte: https://www.terra.com.br
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