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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Entidade contesta dados do Greenpeace: madeira ilegal
As informações divulgadas pela coordenadoria do projeto Cidades Amigas da Amazônia, do Greenpeace, sobre a quantidade de madeira ilegal produzida na Amazônia, foram contestadas ontem pela presidência da União das Entidades Florestais do Pará - Uniflor, entidade que congrega oito sindicatos de base florestal do Pará. A disparidade, de acordo com a Uniflor, começa com a diferença entre o volume de matéria-prima consumido pela indústria e o total liberado pelo Ibama.
Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia - Imazon, em 2004 o setor madeireiro na Amazônia consumiu 24,460 milhões de metros cúbicos (m3) de madeira em tora, quatro milhões a menos que em 1998. Os dados do Ibama apontam a autorização de 12,7 milhões de m3, sendo 9,3 milhões de projetos de manejo e 3,3 milhões de autorizações de desmatamento, respectivamente nos anos de 2001 e 2004. Este total corresponde a 52% da madeira explorada em 2004, diz a entidade madeireira.
Isso significa que, comparando os dados de consumo do Imazon com o volume autorizado pelo Ibama, observa-se que o volume ilegal está bem abaixo dos 90% informados pela ONG. “Ainda assim, é um volume muito alto, que deve ser combatido, mas para isso, é necessário que os órgãos públicos funcionem adequadamente”, avalia Wagner Kronbauer, presidente da Uniflor.
Outro ponto questionado pela Uniflor é a ausência de fontes que comprovam a afirmativa feita pela ONG de que 90% da matéria-prima é ilegal. “Parece mais uma tentativa de desmoralizar a atuação do Ibama na Amazônia, exaltando as deficiências da máquina pública para vender seus programas e projetos no Brasil e angariar mais recursos no exterior”, dispara Fernando Ribeiro, secretário-executivo da entidade. Segundo a Uniflor, o Greenpeace deveria lançar também o programa “Governo Amigo da Amazônia” e, “já que muitos dos seus ex-integrantes hoje ocupam diretorias no Ministério do Meio Ambiente e no Ibama, exigir ações efetivas para garantir o manejo sustentável das florestas”.
A Uniflor ressalta ainda que até o ano passado, as ONGs incentivavam a certificação florestal como sendo a salvação da Amazônia ou, pelo menos, a garantia da produção madeireira sustentável. “Atualmente, 90% das operações certificadas na Amazônia encontram-se paralisadas em função da burocracia do Ibama, sendo que uma empresa (Gethal Amazonas) já fechou as portas e as demais estão demitindo funcionários. Apesar disso, não se escuta um ato de protesto ou reclamação por parte das entidades ambientalistas sobre essa situação. Para que as cidades amigas da Amazônia comprem madeira legal é preciso que haja produção legal e, para isso, é preciso que os projetos de manejo sejam aprovados e que o Ibama funcione”, finaliza Fernando Ribeiro.
Fonte: AE
Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia - Imazon, em 2004 o setor madeireiro na Amazônia consumiu 24,460 milhões de metros cúbicos (m3) de madeira em tora, quatro milhões a menos que em 1998. Os dados do Ibama apontam a autorização de 12,7 milhões de m3, sendo 9,3 milhões de projetos de manejo e 3,3 milhões de autorizações de desmatamento, respectivamente nos anos de 2001 e 2004. Este total corresponde a 52% da madeira explorada em 2004, diz a entidade madeireira.
Isso significa que, comparando os dados de consumo do Imazon com o volume autorizado pelo Ibama, observa-se que o volume ilegal está bem abaixo dos 90% informados pela ONG. “Ainda assim, é um volume muito alto, que deve ser combatido, mas para isso, é necessário que os órgãos públicos funcionem adequadamente”, avalia Wagner Kronbauer, presidente da Uniflor.
Outro ponto questionado pela Uniflor é a ausência de fontes que comprovam a afirmativa feita pela ONG de que 90% da matéria-prima é ilegal. “Parece mais uma tentativa de desmoralizar a atuação do Ibama na Amazônia, exaltando as deficiências da máquina pública para vender seus programas e projetos no Brasil e angariar mais recursos no exterior”, dispara Fernando Ribeiro, secretário-executivo da entidade. Segundo a Uniflor, o Greenpeace deveria lançar também o programa “Governo Amigo da Amazônia” e, “já que muitos dos seus ex-integrantes hoje ocupam diretorias no Ministério do Meio Ambiente e no Ibama, exigir ações efetivas para garantir o manejo sustentável das florestas”.
A Uniflor ressalta ainda que até o ano passado, as ONGs incentivavam a certificação florestal como sendo a salvação da Amazônia ou, pelo menos, a garantia da produção madeireira sustentável. “Atualmente, 90% das operações certificadas na Amazônia encontram-se paralisadas em função da burocracia do Ibama, sendo que uma empresa (Gethal Amazonas) já fechou as portas e as demais estão demitindo funcionários. Apesar disso, não se escuta um ato de protesto ou reclamação por parte das entidades ambientalistas sobre essa situação. Para que as cidades amigas da Amazônia comprem madeira legal é preciso que haja produção legal e, para isso, é preciso que os projetos de manejo sejam aprovados e que o Ibama funcione”, finaliza Fernando Ribeiro.
Fonte: AE
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