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O uso da "madeira" como material de construção está emergindo como uma solução viável para a descarbonização da **indústria da construção civil**. Isso ocorre em um cenário onde as indústrias de "concreto" e "aço", conhecidas por sua intensa emissão de carbono, lutam para reduzir suas pegadas de carbono. Estudos apontam que a utilização da madeira, em substituição parcial ou total ao concreto e aço, poderia reduzir em até 65% as emissões em construções tradicionais.
Nos "Estados Unidos", a Microsoft já adota essa abordagem, ao construir data centers modernos utilizando "madeira laminada cruzada (CLT)", minimizando suas emissões em comparação aos métodos tradicionais. Na Europa, a Suécia lança o maior projeto de uso de madeira engenheirada no mundo, a ‘Stockholm Wood City’, e o "Reino Unido" planeja dobrar sua produção de estruturas de madeira, com as expectativas de que esse material contribua significativamente para seus objetivos de construção habitacional.
A madeira traz não apenas benefícios climáticos, mas também se conecta à "agenda de restauração florestal", proporcionando vantagens em série. A restauração florestal, além de recuperar áreas degradadas, pode valorizar a terra e oferecer créditos de carbono e biodiversidade. Ela pode ainda evoluir para sistemas "agroflorestais", gerando produtos com alto valor agregado, como frutas e óleos, aumentando as chances de diversificação econômica.
Financeiramente, o potencial é promissor. Um fundo de investimentos dedicado à agrofloresta calculou um retorno acima de 15% ao ano em dólar, derivado da restauração de ecossistemas degradados. Este rendimento pode ser ainda mais elevado com a colaboração do setor privado e público, que deve criar um" arcabouço jurídico" e fiscal adequado, estimulando pesquisas sobre técnicas produtivas.
Garantir a oferta sustentável de madeira exige um planejamento ousado e imediato, conectando oferta e procura de maneira eficaz. Iniciativas importantes já estão em andamento, como a "Reunião Global de Construção em Madeira", programada para acontecer em São Paulo. Este evento reúne especialistas do mundo todo para desenvolver recomendações globais e delinear um caminho para o uso da madeira em construções, com resultados a serem apresentados na "COP-30 em Belém".
Além das ações locais, o evento em São Paulo tem como um de seus objetivos integrar a "indústria da madeira" e a "arquitetura brasileira" com especialistas de renome internacional, potencializando a aplicação do material em larga escala. Este tipo de evento é crucial para estabelecer diretrizes e fomentar o setor, possibilitando que a madeira ganhe mais espaço efetivo no mercado da construção civil.
A transição prioritária e eficiente para materiais de construção que emitam menos carbono, como a madeira, será essencial para atingir metas de redução de emissões globais até 2050, período onde se projeta que a quantidade de edifícios pode dobrar. Assim, é vital que "políticas públicas" e incentivos de mercado andem juntos, garantindo que a "construção civil" se mova para um futuro mais sustentável e equilibrado.
Fonte: Como a madeira e a restauração florestal podem contribuir para descarbonizar a construção civil
Fonte: https://bioeconomia.eng.br
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