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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Máquinas brasileiras ultrapassam fronteiras
Empresas brasileiras que começaram em pequenas oficinas, com ferramentas manuais, hoje se vestem com a mais alta tecnologia e desfilam para o mundo. Enfrentam diversas dificuldades para mostrarem uma outra face do Brasil, onde o trabalhador é capaz de vencer os limites de um País em desenvolvimento. Os indicadores econômicos mostram que a indústria brasileira de máquinas se fortaleceu, é grande geradora de empregos e está inserida no seleto grupo de empresas exportadoras de tecnologia.
Uma amostra da expansão deste setor é o crescimento de 25,6% no faturamento nominal, nos primeiros nove meses deste ano, em relação a 2004. Esta informação foi divulgada nesta semana pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Uma pesquisa desenvolvida pela entidade mostra que o setor atingiu R$ 42,052 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, resultado 25,6% superior ao verificado nos primeiros nove meses de 2004, quando alcançou R$ 33,481 bilhões.
A importância da participação do segmento no comércio exterior se revela em números: nos últimos 12 meses encerrados em setembro, a indústria de máquinas e equipamentos acumulou faturamento nominal de R$ 55,780 bilhões, 30,5% a mais do que o período anterior. Na mesma base de comparação, as exportações tiveram incremento de 32,8% para US$ 8,341 bilhões e as importações aumentaram 24,5% para US$ 8,143 bilhões.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), coletados entre janeiro e setembro deste ano, mostram que os Estados Unidos permaneceram como principal destino das exportações brasileiras, com 27,4% de participação. Em segundo lugar vem a Argentina (10,9%), depois México (6,9%), Alemanha (6,2%), Reino Unido (5,5%), Chile (3,6%), China (3%) e Venezuela (3%), entre outros.
Para ultrapassar fronteiras e dar conta destes mercados promissores o setor de máquinas precisa cada vez mais da mão humana. Por isso, abriu vagas para 8.997 trabalhadores em apenas um ano, encerrado em setembro com 213.967 empregados.
Os fabricantes
Apesar do crescimento total a situação individual dos fabricantes não é fácil, pois é preciso enfrentar grandes desafios para se manter competitivo no mercado. Neste sentido, o empresário Fernando Fezer, diretor da Fezer Indústrias Mecânicas, comenta que os negócios internacionais estão estáveis, porém, afetados pelo câmbio desfavorável. No mercado interno a situação é delicada, o empresário diz que os segmentos investidores não estão com capital suficiente para aplicar em tecnologia.
A Fezer emprega 220 pessoas e para driblar as dificuldades do mercado participa de feiras internacionais em busca de inovações e clientes. As principais feiras que a empresa participa são na Alemanha, na Itália e nos Estados Unidos. A empresa produz máquinas para a produção de lâminas e compensados de madeira e distribui seus produtos em 46 países situados na América Latina, Europa, África e no Oriente.
Para se manter competitiva, no exterior, a Fezer vence diversos desafios, bem como as barreiras culturais de aceitação do produto brasileiro no hemisfério Norte. Na Europa, as barreiras institucionais também são complicadoras considerando que em algumas regiões os bancos só financiam as máquinas fabricadas na Europa. Outra dificuldade é a logística, pois a liberação alfandegária nem sempre coincide com os prazos de entrega.
Atualmente uma das principais dificuldades é a carga tributária, que tem reduzido a competitividade do produto brasileiro. O empresário afirma que em 2004 a empresa conseguiu um incremento de 20% no faturamento, mas neste ano deve se manter estável.
Outra empresa que aposta alto no mercado externo é a Omil, fabricante de máquinas para trabalhar madeira. O executivo da empresa, Gerd Brehmer conta que a empresa participa das principais feiras internacionais do segmento e exporta para o Peru, Equador, Bolívia, México, Estados Unidos e África. Brehmer diz que a participação no mercado externo é importante para suprir as dificuldades no mercado interno.
Por Alexandra Duarte
Uma amostra da expansão deste setor é o crescimento de 25,6% no faturamento nominal, nos primeiros nove meses deste ano, em relação a 2004. Esta informação foi divulgada nesta semana pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Uma pesquisa desenvolvida pela entidade mostra que o setor atingiu R$ 42,052 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, resultado 25,6% superior ao verificado nos primeiros nove meses de 2004, quando alcançou R$ 33,481 bilhões.
A importância da participação do segmento no comércio exterior se revela em números: nos últimos 12 meses encerrados em setembro, a indústria de máquinas e equipamentos acumulou faturamento nominal de R$ 55,780 bilhões, 30,5% a mais do que o período anterior. Na mesma base de comparação, as exportações tiveram incremento de 32,8% para US$ 8,341 bilhões e as importações aumentaram 24,5% para US$ 8,143 bilhões.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), coletados entre janeiro e setembro deste ano, mostram que os Estados Unidos permaneceram como principal destino das exportações brasileiras, com 27,4% de participação. Em segundo lugar vem a Argentina (10,9%), depois México (6,9%), Alemanha (6,2%), Reino Unido (5,5%), Chile (3,6%), China (3%) e Venezuela (3%), entre outros.
Para ultrapassar fronteiras e dar conta destes mercados promissores o setor de máquinas precisa cada vez mais da mão humana. Por isso, abriu vagas para 8.997 trabalhadores em apenas um ano, encerrado em setembro com 213.967 empregados.
Os fabricantes
Apesar do crescimento total a situação individual dos fabricantes não é fácil, pois é preciso enfrentar grandes desafios para se manter competitivo no mercado. Neste sentido, o empresário Fernando Fezer, diretor da Fezer Indústrias Mecânicas, comenta que os negócios internacionais estão estáveis, porém, afetados pelo câmbio desfavorável. No mercado interno a situação é delicada, o empresário diz que os segmentos investidores não estão com capital suficiente para aplicar em tecnologia.
A Fezer emprega 220 pessoas e para driblar as dificuldades do mercado participa de feiras internacionais em busca de inovações e clientes. As principais feiras que a empresa participa são na Alemanha, na Itália e nos Estados Unidos. A empresa produz máquinas para a produção de lâminas e compensados de madeira e distribui seus produtos em 46 países situados na América Latina, Europa, África e no Oriente.
Para se manter competitiva, no exterior, a Fezer vence diversos desafios, bem como as barreiras culturais de aceitação do produto brasileiro no hemisfério Norte. Na Europa, as barreiras institucionais também são complicadoras considerando que em algumas regiões os bancos só financiam as máquinas fabricadas na Europa. Outra dificuldade é a logística, pois a liberação alfandegária nem sempre coincide com os prazos de entrega.
Atualmente uma das principais dificuldades é a carga tributária, que tem reduzido a competitividade do produto brasileiro. O empresário afirma que em 2004 a empresa conseguiu um incremento de 20% no faturamento, mas neste ano deve se manter estável.
Outra empresa que aposta alto no mercado externo é a Omil, fabricante de máquinas para trabalhar madeira. O executivo da empresa, Gerd Brehmer conta que a empresa participa das principais feiras internacionais do segmento e exporta para o Peru, Equador, Bolívia, México, Estados Unidos e África. Brehmer diz que a participação no mercado externo é importante para suprir as dificuldades no mercado interno.
Por Alexandra Duarte
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