Voltar
Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Exportador pode perder R$ 11 bilhões
As empresas exportadoras poderão perder cerca de R$ 11,1 bilhões em receitas no ano que vem, caso os Estados levem adiante a ameaça feita ontem, de prorrogar de 30 dias para 12 meses o prazo para utilização de créditos de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) adquiridos com as vendas ao exterior. A medida, classificada de "aberração" pelo presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau, é uma resposta dos Estados ao governo federal. Ao criar um problema para o setor exportador, os governadores querem arrancar da União a garantia de que terão, em 2006, os recursos referentes à Lei Kandir.
Pela legislação, toda vez que uma empresa exporta ela ganha um crédito de ICMS correspondente ao tributo que veio embutido na matéria-prima e na embalagem utilizada para produzir os bens exportados. Esse crédito pode ser utilizado para pagar o ICMS quando um produto é vendido no mercado interno. Hoje, essa compensação ocorre em 30 dias. Se a proposta dos governadores for adiante, o exportador só recuperará o ICMS referente às exportações de 2006 em 2007.
O diretor-financeiro da empresa do setor têxtil Buddemeyer, Evandro Castro, afirmou: "Isso é uma paulada no capital de giro das empresas. É decisão completamente equivocada. Uma loucura, especialmente n um momento em que os exportadores estão sendo prejudicados pela sobrevalorização do câmbio". A empresa dele exporta cerca de 40% da produção.
Jorge Gerdau também foi duro. "É uma aberração. Isso vai transformar o processo de exportação em algo insustentável. Significa um atraso." Ele quer que os empresários se mobilizem contra a decisão. "Os governos estaduais e federal que se entendam. O empresário não pode pagar por esse desentendimento."
A medida foi discutida ontem na reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O coordenador do Confaz e secretário de Fazenda da Bahia, Albérico Mascarenhas, ressaltou que a decisão é uma "medida extrema" e só será revertida se houver compromisso efetivo do governo federal de incluir no orçamento de 2006 repasses da Lei Kandir. A Lei Kandir garantia que Estados e União dividiriam, por algum tempo, a perda de receita decorrente da desoneração do ICMS sobre produtos básicos e semi-elaborados. No entanto, essa divisão do bolo rende brigas todo ano. O governo federal entende que não deve mais nada aos Estados desde 2004.
Anteontem, o Ministério da Fazenda anunciou a um grupo de seis secretários que não terá os R$ 900 milhões que os Estados esperam receber ainda em 2005 pela Lei Kandir. Irritados, os secretários revidaram.
Em documento divulgado ontem, os Estados pedem R$ 10,73 bilhões de ressarcimento para o ano que vem. O secretário avisou que os governadores mobilizarão suas bancadas para incluir no projeto de lei orçamentária recursos para compensar as perdas da Lei Kandir. Ele ressaltou, entretanto, que é fundamental obter um compromisso do governo federal porque o presidente tem poder de vetar o orçamento, o que jogaria por terra o esforço pela inclusão do ressarcimento na lei orçamentária em 2006. Como a visão do governo federal é que desde 2004 não há nenhuma obrigação de compensar os Estados, esse risco é bastante concreto.
Fonte: Fabio Graner (colaborou: Isabel Sobral)
Pela legislação, toda vez que uma empresa exporta ela ganha um crédito de ICMS correspondente ao tributo que veio embutido na matéria-prima e na embalagem utilizada para produzir os bens exportados. Esse crédito pode ser utilizado para pagar o ICMS quando um produto é vendido no mercado interno. Hoje, essa compensação ocorre em 30 dias. Se a proposta dos governadores for adiante, o exportador só recuperará o ICMS referente às exportações de 2006 em 2007.
O diretor-financeiro da empresa do setor têxtil Buddemeyer, Evandro Castro, afirmou: "Isso é uma paulada no capital de giro das empresas. É decisão completamente equivocada. Uma loucura, especialmente n um momento em que os exportadores estão sendo prejudicados pela sobrevalorização do câmbio". A empresa dele exporta cerca de 40% da produção.
Jorge Gerdau também foi duro. "É uma aberração. Isso vai transformar o processo de exportação em algo insustentável. Significa um atraso." Ele quer que os empresários se mobilizem contra a decisão. "Os governos estaduais e federal que se entendam. O empresário não pode pagar por esse desentendimento."
A medida foi discutida ontem na reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O coordenador do Confaz e secretário de Fazenda da Bahia, Albérico Mascarenhas, ressaltou que a decisão é uma "medida extrema" e só será revertida se houver compromisso efetivo do governo federal de incluir no orçamento de 2006 repasses da Lei Kandir. A Lei Kandir garantia que Estados e União dividiriam, por algum tempo, a perda de receita decorrente da desoneração do ICMS sobre produtos básicos e semi-elaborados. No entanto, essa divisão do bolo rende brigas todo ano. O governo federal entende que não deve mais nada aos Estados desde 2004.
Anteontem, o Ministério da Fazenda anunciou a um grupo de seis secretários que não terá os R$ 900 milhões que os Estados esperam receber ainda em 2005 pela Lei Kandir. Irritados, os secretários revidaram.
Em documento divulgado ontem, os Estados pedem R$ 10,73 bilhões de ressarcimento para o ano que vem. O secretário avisou que os governadores mobilizarão suas bancadas para incluir no projeto de lei orçamentária recursos para compensar as perdas da Lei Kandir. Ele ressaltou, entretanto, que é fundamental obter um compromisso do governo federal porque o presidente tem poder de vetar o orçamento, o que jogaria por terra o esforço pela inclusão do ressarcimento na lei orçamentária em 2006. Como a visão do governo federal é que desde 2004 não há nenhuma obrigação de compensar os Estados, esse risco é bastante concreto.
Fonte: Fabio Graner (colaborou: Isabel Sobral)
Fonte:
Notícias em destaque

Exportações brasileiras de produtos madeireiros (exceto celulose e papel) diminuíram 12 por cento em valo
Em maio de 2025, as exportações brasileiras de produtos madeireiros (exceto celulose e papel) diminuíram 12% em valor em...
(MERCADO)

Suzano e SEST/SENAT impulsionam qualificação profissional e geração de empregos no setor florestal em Três Lagoas (MS)
Programa Escola de Motoristas já formou 57 motoristas, dos(as) quais 47,37% foram contratados pelas operações florestais da...
(GERAL)

As exportações de madeira da Malásia podem ganhar vantagem competitiva nos EUA?
As exportações de madeira da Malásia podem ganhar vantagem competitiva no mercado americano devido às tarifas mais...
(INTERNACIONAL)

Onde está localizada a maior árvore do mundo? Sua altura supera a do Cristo Redentor
Com um tamanho gigantesco, essas árvores podem ser consideradas verdadeiros arranha-céus verdes. Algumas delas têm o dobro da...
(GERAL)

O Brasil se tornou o maior fornecedor de aglomerados de madeira da China
De acordo com a Alfândega da China, as importações de aglomerados de madeira da Tailândia caíram 51% no primeiro...
(MADEIRA E PRODUTOS)

Governo de Ontário lança "Plano de Ação para Construção Avançada em Madeira"
O governo de Ontário lançou o Plano de Ação para Construção Avançada em Madeira para aumentar a...
(GERAL)