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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Mudanças climáticas podem ser uma das causas dos grandes incêndios florestais no Acre.
Regiões que antes não sofriam com a seca agora passam semanas e até meses sem chuva. Essa pode ser uma das explicações, segundo o Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para os incêndios que devastam áreas florestais no Acre há uma semana.
"Precisa haver uma ampliação de todo o trabalho que temos feito nos últimos anos em relação à prevenção de queimadas, pois fenômenos meteorológicos que antes não ocorriam estão começando a acontecer, modificando o panorama que normalmente temos para a região", observa o assessor especial da Diretoria de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Kleber Alves.
Para Alves, essa seca prolongada na região é um fenômeno meteorológico que já está sendo estudado. É preciso, explica, identificar as causas e verificar se faz parte de algum ciclo de longo curso ou se é um fenômeno esporádico, que não vai se repetir nos próximos anos.
Ele diz que assim como o estado de Roraima conviveu com o fenômeno do El Niño e La Niña, que altera a seca e as chuvas na região, "podemos estar experimentando a introdução de um novo fenômeno na região".
As equipes do Ibama estavam preparadas para o que tradicionalmente acontece no estado do Acre, pequenas queimadas, chamados roçados, que nunca evoluíam para incêndios florestais de grande proporção. "Só que essa situação climática intensa, negativa, fez com que essas pequenas queimadas evoluíssem para incêndios florestais de grandes proporções e de difícil combate", diz Alves.
De acordo com Kleber Alves, a falta de infra-estrutura para o acesso rápido à região do incêndio (reserva estrativista Chico Mendes, na região de Xapuri) tem sido a responsável pela demora no combate ao incêndio. "Nós não temos estradas. Ali, é local de estrativismo. Não têm muitos ramais de acesso aos locais onde estão os focos de incêndio que estão exigindo logística de transporte comunicação e de acampamento para o pessoal que está no combate e estruturas muito grande", explica ele.
O assessor especial do Ibama explica que, apesar do trabalho para conter o fogo, "a extinção mesmo só será possível com a vinda das chuvas e o aumento da umidade relativa do ar na região de floresta, que, na semana passada, chegou à inacreditável marca de apenas 20%".
Essa umidade relativa do ar, conforme ensina Kleber Alves, só é verificada na região do Planalto Central, onde se tem uma altitude elevada, muitos ventos e uma região de cerrado com intensa insolação do solo. "Na região de floresta, chegar a 20% de umidade relativa do ar é algo extremamente raro".
Fonte: Benedito Mendonça
"Precisa haver uma ampliação de todo o trabalho que temos feito nos últimos anos em relação à prevenção de queimadas, pois fenômenos meteorológicos que antes não ocorriam estão começando a acontecer, modificando o panorama que normalmente temos para a região", observa o assessor especial da Diretoria de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Kleber Alves.
Para Alves, essa seca prolongada na região é um fenômeno meteorológico que já está sendo estudado. É preciso, explica, identificar as causas e verificar se faz parte de algum ciclo de longo curso ou se é um fenômeno esporádico, que não vai se repetir nos próximos anos.
Ele diz que assim como o estado de Roraima conviveu com o fenômeno do El Niño e La Niña, que altera a seca e as chuvas na região, "podemos estar experimentando a introdução de um novo fenômeno na região".
As equipes do Ibama estavam preparadas para o que tradicionalmente acontece no estado do Acre, pequenas queimadas, chamados roçados, que nunca evoluíam para incêndios florestais de grande proporção. "Só que essa situação climática intensa, negativa, fez com que essas pequenas queimadas evoluíssem para incêndios florestais de grandes proporções e de difícil combate", diz Alves.
De acordo com Kleber Alves, a falta de infra-estrutura para o acesso rápido à região do incêndio (reserva estrativista Chico Mendes, na região de Xapuri) tem sido a responsável pela demora no combate ao incêndio. "Nós não temos estradas. Ali, é local de estrativismo. Não têm muitos ramais de acesso aos locais onde estão os focos de incêndio que estão exigindo logística de transporte comunicação e de acampamento para o pessoal que está no combate e estruturas muito grande", explica ele.
O assessor especial do Ibama explica que, apesar do trabalho para conter o fogo, "a extinção mesmo só será possível com a vinda das chuvas e o aumento da umidade relativa do ar na região de floresta, que, na semana passada, chegou à inacreditável marca de apenas 20%".
Essa umidade relativa do ar, conforme ensina Kleber Alves, só é verificada na região do Planalto Central, onde se tem uma altitude elevada, muitos ventos e uma região de cerrado com intensa insolação do solo. "Na região de floresta, chegar a 20% de umidade relativa do ar é algo extremamente raro".
Fonte: Benedito Mendonça
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