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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Custo da logística representa 12,1% do PIB
Pesquisa inédita realizada pela Coppead/UFRJ derrubou a antiga tese de que o custo logístico do Brasil era de aproximados 17% do valor do PIB, tido entre os mais altos do mundo. O levantamento, divulgado ontem durante o XI Fórum Nacional de Logística, mostra que o custo no País é bem inferior ao estimado: 12,1%.
A projeção anterior fazia parte de uma relatório publicado pelo Banco Mundial em 1996, que levava em conta o consumo do diesel no Brasil como base para os custos logísticos. Na ocasião, não se tinha um cálculo exato de quanto representava este consumo. "Resolvemos fazer uma pesquisa mais ampla e detalhada. Hoje, podemos definir qual o custo administrativo, do transporte, da estocagem e do armazenamento dentro do Brasil", explica o coordenador da pesquisa, Maurício Pimenta Lima.
Na pesquisa da Coppead, o diesel continuou servindo como base de cálculo, mas, segundo Pimenta, o número apresenta mais exatidão. "Chegamos à conclusão de que o diesel representa 33,6% do transporte nacional de carga. Somados os gastos com combustível, aos desembolsos com pedágio e manutenção dos veículos, o Brasil gastou em 2004 R$ 104,3 bilhões somente com transporte de carga rodoviário", explica ele.
Já os gastos com ferrovia foram calculados pela receita das empresas operadoras, que foi de R$ 7,5 bilhões no ano passado. Foram adicionados ainda no cálculo o preço médio do frete nos transporte aquaviário (R$ 6,9 bilhões), dutoviário (R$ 2,1 bilhões) e aéreo (R$ 1,9 bilhão). Levando-se em conta todos os modais, o custo total dos transportes foi de R$ 122,5 bilhões, ou seja, 7% do PIB.
De acordo com Lima, o relatório do Banco Mundial se restringia a dizer que o custo com transporte era de 9% a 10%. Os especialistas do setor, então, fizeram por conta própria um segundo cálculo com base em estudos internacionais, que estima que os demais custos com logística chegam a 60% dos gastos com transporte. Com ajustes, chegou-se ao percentual de 17%.
Para não repetir o mesmo erro, a Coppead levantou os gastos com armazenamento, estocagem e administração no ano passado, que foram respectivamente de 0,6% (R$ 11,2 bilhões), 4% (R$ 70,7 bilhões) e 0,5% (R$ 8,2 bilhões) do PIB. "Vamos acabar com a repetição de um número que vinha sendo aplicado para o Brasil há anos, mas que não representava a realidade da logística do País", defende o professor da Coppead.
Para se ter uma idéia do posicionamento do Brasil no contexto mundial, nos EUA o custo logístico em 2004 foi de 8,2% do PIB local, dos quais 5% de transporte, 2,1% de estoque, 0,7% de armazenamento e 0,3% com a parte administrativa.
Um dado que chamou a atenção do grupo de estudo foi o do custo rodoviário de tonelada por quilômetro, que no Brasil é de US$ 70 e nos EUA de US$ 274. De acordo com Lima, a diferença se deve ao fato de o Brasil ter muitos trabalhadores autônomos, que praticam preços competitivos e a diferenças na legislação trabalhista, que nos EUA limita o número de horas trabalhadas por motorista. "Embora o Brasil tenha custo menor de pessoal, os ganhos com fretes são muito inferiores aos dos EUA, o que não permitem uma modernização maior da frota rodante", diz ele.
O custo do transporte aéreo também é menor no Brasil, de US$ 629 frente aos US$ 898 apurados nos EUA. Já no aquaviário e dutoviário, o Brasil sai perdendo com custo médio por tonelada de US$ 22 e US$ 18, respectivamente, acima dos US$ 9 praticados nos dois modais em território norte-americano.
Fonte: Gazeta Mercantil
A projeção anterior fazia parte de uma relatório publicado pelo Banco Mundial em 1996, que levava em conta o consumo do diesel no Brasil como base para os custos logísticos. Na ocasião, não se tinha um cálculo exato de quanto representava este consumo. "Resolvemos fazer uma pesquisa mais ampla e detalhada. Hoje, podemos definir qual o custo administrativo, do transporte, da estocagem e do armazenamento dentro do Brasil", explica o coordenador da pesquisa, Maurício Pimenta Lima.
Na pesquisa da Coppead, o diesel continuou servindo como base de cálculo, mas, segundo Pimenta, o número apresenta mais exatidão. "Chegamos à conclusão de que o diesel representa 33,6% do transporte nacional de carga. Somados os gastos com combustível, aos desembolsos com pedágio e manutenção dos veículos, o Brasil gastou em 2004 R$ 104,3 bilhões somente com transporte de carga rodoviário", explica ele.
Já os gastos com ferrovia foram calculados pela receita das empresas operadoras, que foi de R$ 7,5 bilhões no ano passado. Foram adicionados ainda no cálculo o preço médio do frete nos transporte aquaviário (R$ 6,9 bilhões), dutoviário (R$ 2,1 bilhões) e aéreo (R$ 1,9 bilhão). Levando-se em conta todos os modais, o custo total dos transportes foi de R$ 122,5 bilhões, ou seja, 7% do PIB.
De acordo com Lima, o relatório do Banco Mundial se restringia a dizer que o custo com transporte era de 9% a 10%. Os especialistas do setor, então, fizeram por conta própria um segundo cálculo com base em estudos internacionais, que estima que os demais custos com logística chegam a 60% dos gastos com transporte. Com ajustes, chegou-se ao percentual de 17%.
Para não repetir o mesmo erro, a Coppead levantou os gastos com armazenamento, estocagem e administração no ano passado, que foram respectivamente de 0,6% (R$ 11,2 bilhões), 4% (R$ 70,7 bilhões) e 0,5% (R$ 8,2 bilhões) do PIB. "Vamos acabar com a repetição de um número que vinha sendo aplicado para o Brasil há anos, mas que não representava a realidade da logística do País", defende o professor da Coppead.
Para se ter uma idéia do posicionamento do Brasil no contexto mundial, nos EUA o custo logístico em 2004 foi de 8,2% do PIB local, dos quais 5% de transporte, 2,1% de estoque, 0,7% de armazenamento e 0,3% com a parte administrativa.
Um dado que chamou a atenção do grupo de estudo foi o do custo rodoviário de tonelada por quilômetro, que no Brasil é de US$ 70 e nos EUA de US$ 274. De acordo com Lima, a diferença se deve ao fato de o Brasil ter muitos trabalhadores autônomos, que praticam preços competitivos e a diferenças na legislação trabalhista, que nos EUA limita o número de horas trabalhadas por motorista. "Embora o Brasil tenha custo menor de pessoal, os ganhos com fretes são muito inferiores aos dos EUA, o que não permitem uma modernização maior da frota rodante", diz ele.
O custo do transporte aéreo também é menor no Brasil, de US$ 629 frente aos US$ 898 apurados nos EUA. Já no aquaviário e dutoviário, o Brasil sai perdendo com custo médio por tonelada de US$ 22 e US$ 18, respectivamente, acima dos US$ 9 praticados nos dois modais em território norte-americano.
Fonte: Gazeta Mercantil
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