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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Estudo mostra que impunidade é regra nos desmatamentos em Mato Grosso
Nos últimos anos, quem desmatou ilegalmente não foi punido em Mato Grosso. É o que revela estudo “Sistema de Licenciamento Ambiental em Propriedades Rurais do Estado do Mato Grosso (SLAPR): análise de lições na sua implementação”, realizado pelo Instituto Socioambiental (ISA) apresentado, em Cuiabá (MT),durante o Fórum de Meio Ambiente. O problema, segundo o instituto, está na dificuldade de concretizar o que foi anunciado como a grande inovação do SLAPR: a integração dos sistemas de informações e das ações dos vários órgãos envolvidos nas atividades de monitoramento, licenciamento e fiscalização.
O estudo enfatiza que em Mato Grosso não existem políticas públicas que incentivem a manutenção da floresta restante em pé. A fiscalização é ineficaz e tardia. Ela ocorre vários meses depois dos desmates porque as informações chegam com um ano de atraso. Por outro lado, as operações em campo não resultam na interdição do uso das áreas desmatadas, nem na cobrança efetiva de multas, cuja uma ínfima parte é paga e cujo trâmite é extremamente demorado – quase 60% levam mais do que quatro anos entre a emissão e a inscrição na dívida ativa do Estado.
“O infrator sabe que há chance de não ser detectado, e em sendo detectado há chance de não ser autuado e mesmo que seja autuado o valor pode ser cancelado, reduzido e pago anos depois, após várias safras colhidas, e lucros realizados”, aponta um trecho do estudo. O resultado é uma sensação generalizada de impunidade.
De acordo com os pesquisadores do ISA, o SLAPR não é transparente, carece de mecanismos de controle social que permitam o compartilhamento de estratégias, do monitoramento e da avaliação de ações e resultados entre organizações governamentais e não-governamentais. Para além dos instrumentos de controle, também não existem mecanismos de políticas fiscal, agrícola e agrária que pudessem contribuir para o cumprimento da legislação e para a entrada das propriedades no sistema.
O objetivo do trabalho, contratado pelo Ministério de Meio Ambiente (MMA), foi diagnosticar porque, apesar de ter o instrumento mais sofisticado de monitoramento e controle sobre a derrubada de florestas em propriedades rurais do País, Mato Grosso continua a bater recordes de desmatamento, como entre 2003 e 2004, quando foi responsável por 48% dos 26 mil quilômetros quadrados de vegetação destruídos em toda a Amazônia.
Ainda não publicada, mas já apresentada ao governo federal e à ministra Marina Silva, a pesquisa teve seus resultados anunciado na presença de ambientalistas, técnicos, prefeitos, acadêmicos, produtores rurais e madeireiros durante o I Fórum de Meio Ambiente. O SLAPR foi implantado em 2000 e era, até o final de 2004, capaz de monitorar por imagens de satélite os desmatamentos em quase seis mil imóveis rurais, numa área de aproximadamente 15 milhões de hectares (mais de 17% do território do MT
Fonte:Redação 24HorasNews
O estudo enfatiza que em Mato Grosso não existem políticas públicas que incentivem a manutenção da floresta restante em pé. A fiscalização é ineficaz e tardia. Ela ocorre vários meses depois dos desmates porque as informações chegam com um ano de atraso. Por outro lado, as operações em campo não resultam na interdição do uso das áreas desmatadas, nem na cobrança efetiva de multas, cuja uma ínfima parte é paga e cujo trâmite é extremamente demorado – quase 60% levam mais do que quatro anos entre a emissão e a inscrição na dívida ativa do Estado.
“O infrator sabe que há chance de não ser detectado, e em sendo detectado há chance de não ser autuado e mesmo que seja autuado o valor pode ser cancelado, reduzido e pago anos depois, após várias safras colhidas, e lucros realizados”, aponta um trecho do estudo. O resultado é uma sensação generalizada de impunidade.
De acordo com os pesquisadores do ISA, o SLAPR não é transparente, carece de mecanismos de controle social que permitam o compartilhamento de estratégias, do monitoramento e da avaliação de ações e resultados entre organizações governamentais e não-governamentais. Para além dos instrumentos de controle, também não existem mecanismos de políticas fiscal, agrícola e agrária que pudessem contribuir para o cumprimento da legislação e para a entrada das propriedades no sistema.
O objetivo do trabalho, contratado pelo Ministério de Meio Ambiente (MMA), foi diagnosticar porque, apesar de ter o instrumento mais sofisticado de monitoramento e controle sobre a derrubada de florestas em propriedades rurais do País, Mato Grosso continua a bater recordes de desmatamento, como entre 2003 e 2004, quando foi responsável por 48% dos 26 mil quilômetros quadrados de vegetação destruídos em toda a Amazônia.
Ainda não publicada, mas já apresentada ao governo federal e à ministra Marina Silva, a pesquisa teve seus resultados anunciado na presença de ambientalistas, técnicos, prefeitos, acadêmicos, produtores rurais e madeireiros durante o I Fórum de Meio Ambiente. O SLAPR foi implantado em 2000 e era, até o final de 2004, capaz de monitorar por imagens de satélite os desmatamentos em quase seis mil imóveis rurais, numa área de aproximadamente 15 milhões de hectares (mais de 17% do território do MT
Fonte:Redação 24HorasNews
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