Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, os preços da madeira subiram 14%, para US$ 1.452, colocando-os logo abaixo do pico histórico de US$ 1.711 por mil metros quadrados registrado em maio passado, de acordo com um relatório do Market Insider e outras publicações.

Os futuros estão em alta desde o início da pandemia do COVID-19, e espera-se que essas oscilações de preços fiquem ainda mais loucas.

A guerra na Ucrânia "apenas agravou o mercado altista que temos em commodities", disse David Russell, vice-presidente de inteligência de mercado da corretora online TradeStation. "Com o mercado altista de commodities como petróleo e muitos metais que temos visto, isso só dá suporte extra para algo como madeira."

A pressão está sendo colocada nos governos ocidentais para impor sanções e proibições à indústria florestal da Rússia, o que pode causar mais interrupções nos preços. A Rússia é o maior exportador de madeira do mundo, e suas exportações de produtos florestais valeram mais de US$ 12 bilhões no ano passado.

Mesmo antes do início da guerra, os preços da madeira eram voláteis. Em janeiro, caíram 15%. Desde 1º de fevereiro, eles subiram 55%. Pouco antes de a Rússia lançar ataques à Ucrânia em 24 de fevereiro, um relatório do Wall Street Journal observou que os preços dos principais futuros de madeira eram tão altos que terminaram em limites diários em 25 dos 35 pregões deste ano.

A desescalada na guerra Rússia-Ucrânia também pode não oferecer muito alívio de preços, pois vários fatores vêm aplicando pressão ascendente. A escassez de moradias nos EUA e um foco contínuo na melhoria das casas estão mantendo a demanda alta. E as inundações no principal centro madeireiro da Colúmbia Britânica no ano passado mantiveram a distribuição emaranhada e as cadeias de suprimentos restritas.

Por Larry Adams

Fonte: Woodworkingnet