Nos últimos nove anos, a produção de madeira duplicou no Gabão. De acordo com os dados da direção geral do tesouro francês, passou de 1,9 milhões de m3 em 2012 para cerca de 3,7 milhões em 2021.

Esta produção é composta principalmente por toras que representam “2/3 da produção em comparação com 90% dez anos antes” , de acordo com a administração geral do tesouro francês em seus resumos econômicos de janeiro de 2022.

Com estes dados, o Gabão posiciona-se como o país com maior produção de madeira na zona CEMAC em 2021. “Notamos que nos últimos anos, o setor da madeira desenvolveu-se de forma mais clara no Gabão, nomeadamente em ligação com a zona económica especial de Nkok . Isso permitiu dobrar a produção gabonesa em 10 anos”, indica a direção geral do tesouro francês.

Globalmente, o espaço CEMAC regista em 2021, uma produção de madeira estimada pelo Banco dos Estados da África Central (BEAC) em 9,2 milhões de m3 em 2021, um aumento de 51,6% em relação a 2011. Ou seja, 3,7 milhões de m3 para o Gabão, 2,4 milhões de m3 para Camarões e 2,3 milhões de m3 em 2021.

Esses três países são os principais produtores de CEMAC. Apesar deste aumento na produção de madeira, o Ministro da Água e Florestas, Lee White afirma que “cortamos menos madeira do que cortamos em 2005 no Gabão. Hoje, ganhamos quatro vezes mais dinheiro, criamos três vezes mais empregos e estamos cortando 75% do que cortamos na época”.

De referir que a madeira produzida no Gabão é processada no local, desde a decisão de proibição de exportação de madeira em tora tomada em 2010 por Ali Bongo. E o Gabão planeja se tornar o campeão mundial em madeira processada até 2023.

Fonte: ITTO/Remade