A MSC Mediterranean Shipping Company, líder global em transporte e logística, continua investindo em navios e serviços para ajudar os clientes a lidar com a interrupção da cadeia de suprimentos global, disse o CEO Soren Toft.

A MSC aumentou sua capacidade de frota oceânica em 22% desde 2019, além de adicionar 11 novos serviços de comércio de linha principal e expandir sua oferta ferroviária, em resposta a uma crise que impulsionou a logística para o topo da agenda da diretoria em muitas empresas internacionais.

“O que é mais importante para o nosso cliente é que ele não perca suas vendas, que ele tenha o produto na prateleira e menos ainda sobre qual deveria ser o custo do contêiner de um continente para outro”, disse Soren, falando em uma sessão de apresentação. no Financial Times digital Global Trade Secrets Summit em 11 de novembro.

“A logística está tendo mais destaque nos andares executivos de nossos clientes.” Origens da “crise” Soren rastreou a atual interrupção da cadeia de abastecimento até a queda da demanda no início da pandemia COVID-19 e a subseqüente recuperação repentina no comércio transpacífico.

Ele destacou que, no segundo semestre de 2020, a MSC viu aproximadamente a mesma demanda de clientes que a empresa normalmente receberia em um ano inteiro e destacou o aumento nas importações de bens de consumo dos EUA como um fator-chave que contribui para o atual mal-estar da cadeia de abastecimento .

Apresentando uma seleção de estatísticas de frota da MSC, Soren mostrou ao público de representantes seniores de organizações de negócios, finanças e políticas públicas como a "crise" do COVID criou uma enorme pressão sobre as transportadoras de contêineres e impactou suas operações.

Por exemplo, a MSC normalmente injeta um navio extra para cada serviço de ida e volta para acomodar não apenas o aumento na demanda pelo comércio de mercadorias, mas também a ineficiência do transporte de cargas entre portos congestionados.

Devido aos bloqueios, os navios MSC tendem a ficar mais tempo fora dos portos antes de conseguirem acessar um cais. Na verdade, o tempo médio de espera por uma escala no porto aumentou 59% nos primeiros nove meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2019, e a frota MSC perdeu mais 5.565 dias ancorada no mesmo período .

Infraestrutura dos EUA

Investir em infraestrutura portuária, inclusive por meio de automação de terminais, e melhorar as redes terrestres é fundamental para resolver as dificuldades da cadeia de abastecimento nos EUA, concluiu Soren, uma vez que as transportadoras não podem simplesmente continuar enviando mais navios para os mesmos portos. Isso é especialmente verdadeiro quando os caminhões não chegam com frequência para pegar as caixas no terminal. “LA-Long Beach está sobrecarregada com o volume atual”, disse ele.

“Precisamos ter mais coletas de contêineres nos terminais, precisamos ter mais gente fazendo o transporte rodoviário e precisamos ter mais trabalhadores nos armazéns. Isso irá resolver gradualmente o problema. ”

Soren acrescentou que, embora o aumento inicial de bens em 2020 tenha sido impulsionado pelo consumidor americano, e embora Long Beach seja um dos principais pontos de estrangulamento hoje, a "crise" da cadeia de abastecimento é um fenômeno verdadeiramente mundial, abrangendo não apenas os EUA, mas também Europa, Ásia e além. Com o comércio global previsto para crescer 5,9 por cento este ano e 4,9 por cento em 2022, o "aperto" deve continuar por um tempo ainda.

“Acreditamos que a demanda continuará no próximo ano, então provavelmente teremos que continuar a lidar com esses problemas da cadeia de abastecimento de alguma forma no futuro previsível”, disse ele. “Estamos no meio de uma crise sem precedentes na cadeia de suprimentos, não vista há muito tempo.”

Fonte: MSC