Os especialistas estão prevendo uma escalada contínua de preços. Os altos preços da madeira estão de volta e as projeções são de que continuará a subir no próximo ano.

A Associação Nacional de Construtores de Casas dos Estados Unidos (NAHB) escreveu uma carta ao presidente Joe Biden em 6 de outubro, alertando o presidente sobre os preços voláteis da madeira serrada que a NAHB e seus membros experimentaram ao longo deste ano, e alertou sobre aumentos contínuos.

“Quando agravados por graves interrupções na cadeia de abastecimento, afetando todos os materiais e componentes de construção, o setor habitacional e a economia não podem deixar de ser afetados negativamente”, dizia a carta.

“Infelizmente, as tendências de previsão indicam que esses aumentos continuarão no futuro próximo, e as notícias de cortes nas usinas estão alimentando temores de outro aumento massivo de preços neste outono e na próxima primavera.”

Este prognóstico é refletido em relatórios publicados. A Markets Insider, por exemplo, relatou que “o preço da madeira - após uma queda constante desde seu maior recorde em maio - deverá continuar subindo até o início do próximo ano.”.

Em termos de madeira de lei, a PotlatchDeltic Corp. disse em um comunicado à imprensa que os preços da madeira estão subindo no quarto trimestre e as perspectivas de habitação são positivas para a demanda.

"Os preços da madeira serrada do sul aumentaram 10% com o clima úmido, restringindo o fornecimento de madeira e uma combinação mais alta de volume de madeira de lei", disse PotlatchDeltic.

A Bloomberg relata que os preços estão subindo em meio à oferta escassa e ao aumento da construção de casas.

O oeste do Canadá está vendo uma produção reduzida e o sul dos EUA está lutando contra a escassez de mão de obra.

Os EUA também devem dobrar as tarifas sobre uma madeira comum canadense no mês que vem, aumentando os custos, informou a Bloomberg. O aumento sinaliza que os compradores de casas enfrentarão preços elevados por mais tempo.

Em 26 de outubro, a Bloomberg informou que os contratos futuros de madeira estavam sendo negociados em torno de US $ 735,70 por 1.000 pés de tábua em Chicago, mais do que o dobro da média pré-pandêmica de cinco anos em torno de US $ 356.

De acordo com o Wood Resource Quarterly (WRQ), a maior demanda por toras de serrarias na Europa e na América do Norte elevou o Índice Global de Preços de Serrarias (GSPI) para o máximo em sete anos.

Os preços da madeira para serraria de fibra longa subiram em 21 das 22 regiões em todo o mundo no ano passado, conforme monitorado pelo WRQ. Os aumentos mais significativos ocorreram na Europa e na Colúmbia Britânica.

Por Larry Adams

Fonte: Woodworkingnet