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É nesta época do ano que o número de focos aumenta
“O tempo seco característico do outono gera preocupação com o número de queimadas, com redução significativa das chuvas, o número de focos de incêndio dispara e Mato Grosso já lidera o ranking de queimadas do ano”. A afirmação é da meteorologista Amanda Souza, da Meteored, segundo a qual o “ar seco, diminuição da água disponível no solo e aumento da poluição” contribuem para o aumento no número de focos de incêndio.
“É importante lembrar que queimadas existem o ano todo e que precauções devem ser sempre tomadas, mas é nesta época do ano, que o número de focos aumenta. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), já são quase 6 mil queimadas registradas no Brasil e a tendência é que esse número aumente de forma exponencial com a chegada da estação mais seca do ano”, alerta.
Dentre os estados brasileiros, ela aponta que o “campeão” – com mais de 1200 focos de incêndio desde o início do ano até agora – é o estado de Mato Grosso. “Aliás, dificilmente um estado deve ultrapassá-lo no ranking com base nos anos anteriores.Por outro lado, o estado da Bahia que vem em segundo lugar”, aponta ela.
OUTONO SECO
De acordo com Amanda, a estação mais seca do ano mal começou e o volume de chuvas já diminuiu consideravelmente em boa parte do país: “Com a atuação de um bloqueio atmosférico que inibe o avanço de frentes frias até o Brasil Central e um Vórtice Ciclônico em Altos Níveis (VCAN) localizado no Nordeste, o sol é que tem brilhado forte em boa parte do país. Com a falta de chuva, os índices de água no solo diminuem cada vez mais, e esta combinação entre tempo seco e quente é combustível perfeito para um foco de incêndio”.
“O mesmo VCAN deve atuar e inibir a formação de instabilidades sobre o Brasil Central como por exemplo a Alta da Bolívia que fica mais afastada e não consegue provocar chuva no Centro-Oeste. Ainda sobre o Centro-Sul, é importante ressaltar a instalação de bloqueios atmosféricos que inibem o avanço de novas frentes frias. Durante esta época do ano, a corrente de jato fica concentrada entre Argentina e Uruguai, o que deve influenciar diretamente o tempo seco no Rio Grande do Sul”, acrescenta a meteorologista.
Fonte: Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
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