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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Cacique admite que ofereceu mogno a empresa canadense
Em depoimento à CPI da Biopirataria, o chefe do posto da Funai em Colider (MT), cacique Megaron Txucarramãe, admitiu que viajou ao Canadá para oferecer madeira a uma empresa daquele país, com autorização do Ministério do Meio Ambiente e do próprio Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Minutos antes, ele havia garantido que jamais saíra do País.
O cacique negou envolvimento na suposta doação pelo Ibama de 66 mil metros cúbicos de mogno situado em terras indígenas, cuja extração é ilegal, à ONG Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional. Segundo denúncias que chegaram à comissão, o material doado à ONG pelo Ibama foi vendido irregularmente a empresas japonesas e norte-americanas.
O depoimento não convenceu o deputado Hamilton Casara (PL-RO), que presidiu a audiência. Ele disse que vai pedir a convocação do assessor do cacique, conhecido como Chicão, e de um representante da ONG para depor na CPI.
Para Casara, é preciso fortalecer a presença dos órgãos públicos nas reservas indígenas para evitar a extração ilegal de madeira. "Precisamos fortalecer o braço do controle da fiscalização e monitoramento ambiental", afirmou o deputado.
Autorização do governo
No depoimento desta manhã, Megaron Txucarramãe relatou à CPI que os madeireiros abandonaram as reservas indígenas depois que o governo proibiu a extração de mogno. O cacique, então, teria ido ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ibama pedir orientação sobre o uso da madeira, quando teria recebido autorização para oferecer o produto a empresas interessadas, em troca de compensação financeira para as aldeias.
O depoente chegou a exibir uma carta do Ministério do Meio Ambiente para comprovar suas afirmações, mas o documento apresentado não contém a suposta autorização para negociação de mogno.
Próxima reunião
A CPI volta a se reunir nesta terça-feira (31), quando serão ouvidos o ex-coordenador de Proteção de Terras Indígenas da Funai, Antenor Bastos Filho; e o assessor do presidente do Ibama, Paulo Henrique Borges Júnior.
Reportagem - Ariadne Oliveira e Allan Pimentel Edição - Rejane Oliveira
O cacique negou envolvimento na suposta doação pelo Ibama de 66 mil metros cúbicos de mogno situado em terras indígenas, cuja extração é ilegal, à ONG Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional. Segundo denúncias que chegaram à comissão, o material doado à ONG pelo Ibama foi vendido irregularmente a empresas japonesas e norte-americanas.
O depoimento não convenceu o deputado Hamilton Casara (PL-RO), que presidiu a audiência. Ele disse que vai pedir a convocação do assessor do cacique, conhecido como Chicão, e de um representante da ONG para depor na CPI.
Para Casara, é preciso fortalecer a presença dos órgãos públicos nas reservas indígenas para evitar a extração ilegal de madeira. "Precisamos fortalecer o braço do controle da fiscalização e monitoramento ambiental", afirmou o deputado.
Autorização do governo
No depoimento desta manhã, Megaron Txucarramãe relatou à CPI que os madeireiros abandonaram as reservas indígenas depois que o governo proibiu a extração de mogno. O cacique, então, teria ido ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ibama pedir orientação sobre o uso da madeira, quando teria recebido autorização para oferecer o produto a empresas interessadas, em troca de compensação financeira para as aldeias.
O depoente chegou a exibir uma carta do Ministério do Meio Ambiente para comprovar suas afirmações, mas o documento apresentado não contém a suposta autorização para negociação de mogno.
Próxima reunião
A CPI volta a se reunir nesta terça-feira (31), quando serão ouvidos o ex-coordenador de Proteção de Terras Indígenas da Funai, Antenor Bastos Filho; e o assessor do presidente do Ibama, Paulo Henrique Borges Júnior.
Reportagem - Ariadne Oliveira e Allan Pimentel Edição - Rejane Oliveira
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