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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Taxa de câmbio atrapalha indústria do papel
Os fabricantes de bens de capital voltados à indústria produtora de papel e celulose cortaram os investimentos em 2005, apesar da promessa das papeleiras em investir cerca de US$ 12,5 bilhões em aumento de produção. O pacote prevê que, entre 2003 e 2012, o conjunto da indústria coloque US$ 7,3 bilhões na expansão da produção de celulose e US$ 5,2 bilhões na fabricação de papel. A indústria papeleira diz que não há atraso, entretanto admite: há uma "sombra" chamada taxa de câmbio.
"Ninguém pode acreditar que o câmbio se mantenha no atual patamar. Portanto, os investimentos deverão sair", diz Boris Tabacof, presidente do conselho da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). Segundo Tabacof, os pedidos não tardarão a chegar à indústria de bens de capital. A expectativa é que entre 55% e 60% irriguem as indústrias responsáveis pela integração dos equipamentos que serão encomendados.
"Eles devem começar a chegar aos integradores a partir de 2006", afirma. Ainda não há, assegura Tabacof, qualquer freio, apesar de nenhuma indústria ter colocado nas contas feitas para observar a viabilidade econômica dos projetos um câmbio de R$ 2,46. O número médio que freqüentou a planilha dos diretores financeiros do setor foi R$ 2,85.
Mas se a "sombra", como diz Tabacof, ainda não foi suficiente para nenhuma indústria de papel e celulose anunciar formalmente postergação de investimento, o mesmo não ocorre com a base industrial, que espera com ansiedade o telefonema com a encomenda formal.
A Voith Paper, uma das principais integradoras de máquinas para a indústria de papel e celulose com fábrica no Brasil, reduziu as projeções de receita e de investimento no País. Nestor de Castro Neto, presidente da subsidiária brasileira, disse que as projeções de demanda para o exercício fiscal da empresa 2005/2006 serão de US$ 140 milhões, ante uma receita de US$ 230 milhões neste ano.
"As encomendas que temos se encaminham para a entrega. Até agosto, temos encomendas, mas depois...", diz Castro. A situação de incerteza já produziu uma iniciativa concreta. A Voith Paper cortou US$ 5 milhões em investimentos que seriam realizados ao longo deste ano. As áreas atingidas foram aquelas que receberiam recursos para a expansão. "Mantivemos apenas aquela que já havia começado e que não era possível paralisar", explica o executivo.
A expansão da fundição foi o único mantido. A área tem capacidade para produzir até 1,2 mil toneladas por mês. Uma parte importante da divisão atende hoje a coirmã, a Voith Siemens, fabricante de turbinas hidrelétricas. Trinta por cento da demanda hoje da fundição, que responde à Voith Paper, são trabalhos para a Voith Siemens.
A Metso Paper, outra integradora de máquinas para produção de papel e celulose com fábrica no Brasil, também postergou os investimentos para este ano. "Não há qualquer decisão de investimentos agora. O plano é deixar tudo pronto para quando começarem a surgir os pedidos", diz Luiz Fonseca, diretor-presidente da divisão papel. Segundo ele, a taxa de câmbio é o principal problema para indústria de papel e celulose.
Como Tabacof, Fonseca avalia que o nível atual não se sustentará pelos próximos seis meses. Antes disso, haverá alguma reversão. "A elevação dos juros internos, uma perspectiva sempre presente, não chega a ser um problema muito grande. Há operações do BNDES que contornam essa questão", diz.
Fonte: Agnaldo Brito (AE)
"Ninguém pode acreditar que o câmbio se mantenha no atual patamar. Portanto, os investimentos deverão sair", diz Boris Tabacof, presidente do conselho da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). Segundo Tabacof, os pedidos não tardarão a chegar à indústria de bens de capital. A expectativa é que entre 55% e 60% irriguem as indústrias responsáveis pela integração dos equipamentos que serão encomendados.
"Eles devem começar a chegar aos integradores a partir de 2006", afirma. Ainda não há, assegura Tabacof, qualquer freio, apesar de nenhuma indústria ter colocado nas contas feitas para observar a viabilidade econômica dos projetos um câmbio de R$ 2,46. O número médio que freqüentou a planilha dos diretores financeiros do setor foi R$ 2,85.
Mas se a "sombra", como diz Tabacof, ainda não foi suficiente para nenhuma indústria de papel e celulose anunciar formalmente postergação de investimento, o mesmo não ocorre com a base industrial, que espera com ansiedade o telefonema com a encomenda formal.
A Voith Paper, uma das principais integradoras de máquinas para a indústria de papel e celulose com fábrica no Brasil, reduziu as projeções de receita e de investimento no País. Nestor de Castro Neto, presidente da subsidiária brasileira, disse que as projeções de demanda para o exercício fiscal da empresa 2005/2006 serão de US$ 140 milhões, ante uma receita de US$ 230 milhões neste ano.
"As encomendas que temos se encaminham para a entrega. Até agosto, temos encomendas, mas depois...", diz Castro. A situação de incerteza já produziu uma iniciativa concreta. A Voith Paper cortou US$ 5 milhões em investimentos que seriam realizados ao longo deste ano. As áreas atingidas foram aquelas que receberiam recursos para a expansão. "Mantivemos apenas aquela que já havia começado e que não era possível paralisar", explica o executivo.
A expansão da fundição foi o único mantido. A área tem capacidade para produzir até 1,2 mil toneladas por mês. Uma parte importante da divisão atende hoje a coirmã, a Voith Siemens, fabricante de turbinas hidrelétricas. Trinta por cento da demanda hoje da fundição, que responde à Voith Paper, são trabalhos para a Voith Siemens.
A Metso Paper, outra integradora de máquinas para produção de papel e celulose com fábrica no Brasil, também postergou os investimentos para este ano. "Não há qualquer decisão de investimentos agora. O plano é deixar tudo pronto para quando começarem a surgir os pedidos", diz Luiz Fonseca, diretor-presidente da divisão papel. Segundo ele, a taxa de câmbio é o principal problema para indústria de papel e celulose.
Como Tabacof, Fonseca avalia que o nível atual não se sustentará pelos próximos seis meses. Antes disso, haverá alguma reversão. "A elevação dos juros internos, uma perspectiva sempre presente, não chega a ser um problema muito grande. Há operações do BNDES que contornam essa questão", diz.
Fonte: Agnaldo Brito (AE)
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