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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Máquinas: Diferenças entre segmentos marcam desempenho.
Os indicadores econômicos da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), relativos ao primeiro trimestre de 2005, apresentam resultado positivo nas principais variáveis. No entanto, o presidente da entidade, Newton de Mello, alerta para a heterogeneidade da composição desses dados, uma vez que alguns segmentos estão com o desempenho bastante negativo.
A informação foi divulgada durante a Feimafe 2005 (Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura), realizada de 9 a 14 de maio, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, paralelamente à Qualidade 2005 (Feira Internacional do Controle da Qualidade). A Feimafe é organizada pela Alcantara Machado Feiras de Negócios, com o patrocínio da Abimaq, onde foi idealizada, na época em que Newton de Mello era presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta. Ao ser criada, em 1987, a feira atendia a um antigo anseio dos fabricantes desse segmento.
Segundo o presidente da entidade, Newton de Mello, a indústria de máquinas e equipamentos no geral apresenta um crescimento de 35,6% no faturamento nominal no período (R$ 12,9 bilhões), em relação a idêntico período do ano passado (R$ 9,5 bilhões), o que é muito expressivo. “Contudo, esse crescimento não é uniforme em todos os segmentos, como no de válvulas industriais, que teve queda de 32,5%, máquinas agrícolas (-18,5%) e bombas (-4,5%), entre outros”, afirma.
O empresário aponta, ainda, os segmentos que apresentam desempenho satisfatório, caso de máquinas-ferramenta (19,3%), a grande estrela da Feimafe, além de máquinas têxteis (18,3%), máquinas para plástico (27,7%), hidráulica e pneumática (35,5%) e máquinas gráficas (38,3%).
No entanto, o segmento de equipamentos para saneamento ambiental, por sua vez, continua parado, por falta de investimentos na área. “Nos segmentos de válvulas e bombas, a situação não é diferente, uma vez que apesar dos grandes projetos e investimentos anunciados pela indústria petrolífera e petroquímica, eles não se concretizaram”, informa Newton de Mello.
Já as máquinas agrícolas, que tiveram desempenho satisfatório nos últimos anos, desde junho de 2004 vêm enfrentando uma seqüência de adversidades. Primeiro, houve o atraso na liberação dos recursos do Moderfrota, que afetou o período da safra, seguido pela forte queda das cotações das commodities agrícolas no exterior, fator associado à desvalorização do dólar frente ao real. Mais recentemente, a seca na região Sul do país contribuiu para a queda nos investimentos nesse segmento. “Esses fatos fazem com que haja uma menor demanda de máquinas agrícolas por parte dos produtores da agricultura brasileira, que passa a ter menos competitividade no mercado externo.”
Com relação ao setor de máquinas como um todo, Newton de Mello avalia que, sobretudo a desvalorização do dólar e o aumento expressivo do preço do aço contribuem para a redução do faturamento do setor e para o encerramento do ano com queda de resultado. “Acreditamos que os segmentos de máquinas que ainda estão mostrando um crescimento certamente já estão apresentando uma inflexão no ritmo de vendas, podendo no prazo de dois a três meses, apresentar declínio.”
Exportações
As exportações continuam em alta no setor, com crescimento de 44,7%. Ao analisar os dados, o presidente da Abimaq, Newton de Mello, enfatizou o esforço do fabricante brasileiro de máquinas e equipamentos que, após a desvalorização cambial de 1999, foi à busca do mercado externo e da competitividade necessária, contribuindo para a conquista de relevância do setor, que é o segundo maior exportador industrial brasileiro.
Newton de Mello destacou também a questão do aprimoramento tecnológico, que conferiu um nível de qualidade bastante elevado aos bens de capital mecânicos, possibilitando o expressivo crescimento das exportações nos últimos dois anos.
Segundo o dirigente empresarial, os principais destinos das exportações demonstram o grau de competitividade e desenvolvimento tecnológico alcançado pelas máquinas e equipamentos produzidos pela indústria local. Os Estados Unidos lideram o ranking, seguido pela Argentina, México, Reino Unido e Alemanha.
Assessoria de Imprensa da ABIMAQ
Jornalistas: Tereza Anunziata / Giuliana Benzi
Tels : 5582-6355 / 5582-6483 SP 05/2005
A informação foi divulgada durante a Feimafe 2005 (Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura), realizada de 9 a 14 de maio, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, paralelamente à Qualidade 2005 (Feira Internacional do Controle da Qualidade). A Feimafe é organizada pela Alcantara Machado Feiras de Negócios, com o patrocínio da Abimaq, onde foi idealizada, na época em que Newton de Mello era presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta. Ao ser criada, em 1987, a feira atendia a um antigo anseio dos fabricantes desse segmento.
Segundo o presidente da entidade, Newton de Mello, a indústria de máquinas e equipamentos no geral apresenta um crescimento de 35,6% no faturamento nominal no período (R$ 12,9 bilhões), em relação a idêntico período do ano passado (R$ 9,5 bilhões), o que é muito expressivo. “Contudo, esse crescimento não é uniforme em todos os segmentos, como no de válvulas industriais, que teve queda de 32,5%, máquinas agrícolas (-18,5%) e bombas (-4,5%), entre outros”, afirma.
O empresário aponta, ainda, os segmentos que apresentam desempenho satisfatório, caso de máquinas-ferramenta (19,3%), a grande estrela da Feimafe, além de máquinas têxteis (18,3%), máquinas para plástico (27,7%), hidráulica e pneumática (35,5%) e máquinas gráficas (38,3%).
No entanto, o segmento de equipamentos para saneamento ambiental, por sua vez, continua parado, por falta de investimentos na área. “Nos segmentos de válvulas e bombas, a situação não é diferente, uma vez que apesar dos grandes projetos e investimentos anunciados pela indústria petrolífera e petroquímica, eles não se concretizaram”, informa Newton de Mello.
Já as máquinas agrícolas, que tiveram desempenho satisfatório nos últimos anos, desde junho de 2004 vêm enfrentando uma seqüência de adversidades. Primeiro, houve o atraso na liberação dos recursos do Moderfrota, que afetou o período da safra, seguido pela forte queda das cotações das commodities agrícolas no exterior, fator associado à desvalorização do dólar frente ao real. Mais recentemente, a seca na região Sul do país contribuiu para a queda nos investimentos nesse segmento. “Esses fatos fazem com que haja uma menor demanda de máquinas agrícolas por parte dos produtores da agricultura brasileira, que passa a ter menos competitividade no mercado externo.”
Com relação ao setor de máquinas como um todo, Newton de Mello avalia que, sobretudo a desvalorização do dólar e o aumento expressivo do preço do aço contribuem para a redução do faturamento do setor e para o encerramento do ano com queda de resultado. “Acreditamos que os segmentos de máquinas que ainda estão mostrando um crescimento certamente já estão apresentando uma inflexão no ritmo de vendas, podendo no prazo de dois a três meses, apresentar declínio.”
Exportações
As exportações continuam em alta no setor, com crescimento de 44,7%. Ao analisar os dados, o presidente da Abimaq, Newton de Mello, enfatizou o esforço do fabricante brasileiro de máquinas e equipamentos que, após a desvalorização cambial de 1999, foi à busca do mercado externo e da competitividade necessária, contribuindo para a conquista de relevância do setor, que é o segundo maior exportador industrial brasileiro.
Newton de Mello destacou também a questão do aprimoramento tecnológico, que conferiu um nível de qualidade bastante elevado aos bens de capital mecânicos, possibilitando o expressivo crescimento das exportações nos últimos dois anos.
Segundo o dirigente empresarial, os principais destinos das exportações demonstram o grau de competitividade e desenvolvimento tecnológico alcançado pelas máquinas e equipamentos produzidos pela indústria local. Os Estados Unidos lideram o ranking, seguido pela Argentina, México, Reino Unido e Alemanha.
Assessoria de Imprensa da ABIMAQ
Jornalistas: Tereza Anunziata / Giuliana Benzi
Tels : 5582-6355 / 5582-6483 SP 05/2005
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