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24
out
2019
(TECNOLOGIA)
Celulose como alternativa biodegradável aos microplásticos

Celulose como alternativa biodegradável aos microplásticos em cosméticos

Microesferas de plástico, presentes em géis de banho, cremes dentais e esfoliantes, são proibidas no mundo e em algumas localidades brasileiras, como o estado do Rio de Janeiro, mas ainda podem estar “escondidas” em protetores solares e batons. Para evitar gerar mais microplásticos e contaminar ainda mais o meio-ambiente, uma empresa sediada na Universidade de Bath, no Reino Unido, está trabalhando para substituir os microplásticos nesses produtos por microesferas biodegradáveis feitas de celulose.

Estima-se que 30.000 toneladas de microplásticos de produtos de consumo acabem nos oceanos do mundo todos os anos. Isso é equivalente a três vezes a poluição plástica gerada por 5 bilhões de garrafas plásticas. Alguns desses microplásticos são consumidos pela vida marinha, passando pela cadeia alimentar e terminando em nossos próprios pratos.

A alternativa biodegradável da empresa britânica Naturbeads às microesferas de plástico pode reduzir a poluição microplástica nos oceanos e ajudar a preservar a vida marinha. A tecnologia para criar as microesferas de celulose foi desenvolvida na Universidade de Bath pelos professores Janet Scott e Davide Mattia do Center for Sustainable Chemical Technologies.

Apesar de algumas proibições legislativas, as microesferas de plástico prejudiciais ainda estão em uma variedade de produtos e continuam sendo despejadas na natureza e encontrar alternativas equivalentes a esses tipos de plásticos de baixo custo é um desafio para a indústria cosmética em geral.

As microesferas biodegradáveis são feitas usando uma solução de celulose, que é forçada através de pequenos orifícios em uma membrana tubular, criando gotículas esféricas da solução que são lavadas da membrana usando óleo vegetal. As microesferas são então coletadas, colocadas e separadas do óleo antes do uso. Segundo a empresa, o tamanho e a textura podem variar segundo o tipo de celulose utilizado no processo de elaboração das microesferas.

Outros usos da celulose na indústria cosmética

Semelhante à sua função de suporte estrutural nas plantas, a celulose é usada na pele como um emulsificante versátil para ajudar a estabilizar soluções com solubilidade diferente. Nos cosméticos, a celulose é essencial para melhorar a experiência de aplicação do produto para o consumidor. Ela pode ser usada como um agente para aumentar a textura suave de cremes, um formador de filme para aplicação de esmalte de camada fina ou um agente antiaglomerante para fundações cosméticas.

Além disso, a celulose tem fortes propriedades umectantes, o que ajuda a aumentar a hidratação da pele. Por esse motivo, a celulose é frequentemente implementada em produtos como hidratantes, loções, cremes e sérums para cabelo.

A indústria cosmética coreana, conhecida por sua inovação e excelência, está apostando na biocelulose como princípio ativo de máscaras faciais. A subtância é um material orgânico cultivado em laboratório e com ingredientes benéficos para pele. As qualidades únicas das máscaras de biocelulose fazem delas o tratamento perfeito para fornecer ingredientes necessários para a hidratação de qualquer tipo de pele.

As máscaras feitas de biocelulose costumam ter um desempenho melhor do que as máscaras de microfibra porque aderem à pele com mais facilidade e não permitem que os ingredientes evaporem tão rapidamente, garantindo uma absorção completa dos princípios ativos contidos na fórmula.

Fonte: Por Celulose Onlineoutubr

ITTO Sindimadeira_rs