Voltar

Notícias

30
set
2019
(TECNOLOGIA)
Designer aproveita matéria-prima regionais e cria batedeira de madeira

Designer cria batedeira de madeira com manivela

Parece que o conceito de vintage foi atualizado.

Inventada no início dos anos 1900, pelo engenheiro norte-americano Herbert Johnson, a batedeira ganhou lugar especial nas cozinhas do mundo inteiro. E, de lá pra cá, foi modernizada ao ponto de hoje termos a batedeira super potente do tipo “planetária”: possui batedores que combinam movimentos de rotação e translação. Agora, corta para a comuna italiana de Bolzano, onde dentro de uma oficina da Universidade livre de Bozen-Bolzano o jovem designer alemão Manuel Immler começou a criar uma batedeira à manivela. Parece que o conceito de vintage foi atualizado.

Enquanto alguns procuram eletrodomésticos modernos com estilo retrô, Manuel Immler decidiu investir na produção “raiz”. Ele criou uma batedeira que não requer eletricidade com componentes de madeira, aço fundido e construção interna de chapa de aço. A ideia é que seja resistente, ao contrário da maioria de eletrônicos que integram a chamada obsolescência programada.

Outro ponto interessante é que todas as peças podem ser facilmente removidas e trocadas em caso de quebra ou mau funcionamento.

O designer também se preocupou em aproveitar matérias-primas regionais. Segundo suas pesquisas, “há muitas maneiras possíveis de reduzir o impacto de bens de consumo” e um dos objetivos foi focar na economia circular. Mas, como um bom profissional, ele sabe que a estética importa e, muito; por isso apostou no design atemporal, mas com apelo visual suficiente para cativar qualquer pessoa.

Batizado de Pino, o aparelho tem diversas funcionalidades: além de misturar e bater, é possível ralar, triturar e espremer. Desta forma, elimina a necessidade de vários utensílios domésticos. A engenhoca também contempla mecanismos que ajudam a controlar a velocidade conforme necessário, mas sempre dependendo da força física.


Fotos: Maita Petersen | Manuel Immler

O produto foi criado como parte da tese de mestrado em Design eco-social. “Me perguntei como os produtos e mercadorias devem ser projetados para que seus efeitos nocivos possam ser minimizados pelo consumo de recursos e energia, mas também pelos efeitos de transporte, desperdício e recuperação”, explica o jovem. O resultado foi um eletrodoméstico que pode funcionar mesmo onde não há acesso à energia, por outro lado a força dos músculos será vital.

Marcia Sousa

Fonte: Ciclo Vivo

Neuvoo Jooble