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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Celulose compensa câmbio com vendas
Resultados do 1º trimestre mostram pouca influência da queda do dólar
Os resultados do primeiro trimestre de duas das principais companhias de celulose e papel do País, Aracruz Celulose e Votorantim Celulose e Papel (VCP), jogaram por terra a teoria de que a desvalorização do dólar tem sido decisiva para os negócios das grandes exportadoras brasileiras. Pelo menos em setores que operam com commodities em trajetória de valorização, como o de celulose.
Para Aracruz, que embarca 98% de sua produção, e VCP, que exportou 91% da celulose produzida no período, o volume comercializado, as altas do insumo ao longo do primeiro trimestre e a decisão de recompor estoques pesaram mais no resultado do que o câmbio desfavorável.
Essa relação ficou mais evidente no balanço da Aracruz. A maior produtora de celulose do País teve lucro líquido de R$ 200,7 milhões, 35,2% acima do resultado do primeiro trimestre de 2004 - apesar da apreciação de 7,8% na taxa de câmbio média. Para o diretor de Relações com Investidores da Aracruz, Isac Zagury, as maiores exportadoras não vão deixar o mercado externo por causa da desvalorização do dólar. "As grandes exportam de qualquer forma. O câmbio exclui as pequenas e médias e isso vai aparecer na balança deste ano."
Os volumes comercializados pela Aracruz cresceram 9,63%, para 592 mil toneladas, e compensaram a redução do preço médio da celulose em reais, para R$ 1.285 (-2,2%). Dessa forma, a receita operacional líquida da companhia no período totalizou R$ 761,1 milhões, um aumento de 7,24%. O maior volume de vendas, aliado à estratégia de redução de custos, resultou ainda na elevação da margem de geração de caixa (Ebitda), de 51% no primeiro trimestre de 2004 para 52% neste ano.
Na VCP, que ao contrário de Aracruz teve resultados piores neste primeiro trimestre, o impacto do câmbio também não foi decisivo. Mais do que a desvalorização do dólar, a opção por recompor estoques de celulose e a queda do preço do papel no mercado interno, por causa da concorrência, foram as grandes responsáveis pela queda de 29% no lucro líquido, para R$ 145 milhões.
De janeiro a março, a VCP comercializou 206 mil toneladas de celulose, 20 mil a menos que o total vendido em igual período de 2004. Esse menor volume foi justificado pela necessidade de ampliar estoques em razão da parada para manutenção da unidade de Luiz Antonio (SP), que deve durar 24 dias.
Ainda assim, os negócios de celulose mantiveram a participação de 40% na receita da empresa, por causa da elevação dos preços. Os preços em dólares da tonelada de celulose, segundo a VCP, subiram 11% de um período para o outro.
Fonte: Stella Fontes (AE - Empresas e Setores)
Os resultados do primeiro trimestre de duas das principais companhias de celulose e papel do País, Aracruz Celulose e Votorantim Celulose e Papel (VCP), jogaram por terra a teoria de que a desvalorização do dólar tem sido decisiva para os negócios das grandes exportadoras brasileiras. Pelo menos em setores que operam com commodities em trajetória de valorização, como o de celulose.
Para Aracruz, que embarca 98% de sua produção, e VCP, que exportou 91% da celulose produzida no período, o volume comercializado, as altas do insumo ao longo do primeiro trimestre e a decisão de recompor estoques pesaram mais no resultado do que o câmbio desfavorável.
Essa relação ficou mais evidente no balanço da Aracruz. A maior produtora de celulose do País teve lucro líquido de R$ 200,7 milhões, 35,2% acima do resultado do primeiro trimestre de 2004 - apesar da apreciação de 7,8% na taxa de câmbio média. Para o diretor de Relações com Investidores da Aracruz, Isac Zagury, as maiores exportadoras não vão deixar o mercado externo por causa da desvalorização do dólar. "As grandes exportam de qualquer forma. O câmbio exclui as pequenas e médias e isso vai aparecer na balança deste ano."
Os volumes comercializados pela Aracruz cresceram 9,63%, para 592 mil toneladas, e compensaram a redução do preço médio da celulose em reais, para R$ 1.285 (-2,2%). Dessa forma, a receita operacional líquida da companhia no período totalizou R$ 761,1 milhões, um aumento de 7,24%. O maior volume de vendas, aliado à estratégia de redução de custos, resultou ainda na elevação da margem de geração de caixa (Ebitda), de 51% no primeiro trimestre de 2004 para 52% neste ano.
Na VCP, que ao contrário de Aracruz teve resultados piores neste primeiro trimestre, o impacto do câmbio também não foi decisivo. Mais do que a desvalorização do dólar, a opção por recompor estoques de celulose e a queda do preço do papel no mercado interno, por causa da concorrência, foram as grandes responsáveis pela queda de 29% no lucro líquido, para R$ 145 milhões.
De janeiro a março, a VCP comercializou 206 mil toneladas de celulose, 20 mil a menos que o total vendido em igual período de 2004. Esse menor volume foi justificado pela necessidade de ampliar estoques em razão da parada para manutenção da unidade de Luiz Antonio (SP), que deve durar 24 dias.
Ainda assim, os negócios de celulose mantiveram a participação de 40% na receita da empresa, por causa da elevação dos preços. Os preços em dólares da tonelada de celulose, segundo a VCP, subiram 11% de um período para o outro.
Fonte: Stella Fontes (AE - Empresas e Setores)
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