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No Brasil, o setor de biocombustíveis continua sendo o mais importante empregador de energia renovável. A produção de etanol combustível subiu para níveis recordes em 2018, e os planos aumentam ainda mais de 27,8 bilhões de litros para 47,1 bilhões de litros em 2028.
Produção de biodiesel de 5,4 bilhões de litros também bateu um recorde em 2018 (ABIOVE, 2019), impulsionada por um aumento na mistura de biodiesel para 10% (USDA-FAS, 2018c). A produção deverá dobrar para 11,1 bilhões de litros na próxima década. Para atender a essas metas, são necessárias novas usinas de etanol e milho e plantas de extração de soja; estes poderiam criar mais 1,4 milhão de empregos na próxima década (USDA-FAS, 2018c).
O emprego do biodiesel aumentou para cerca de 257.000 postos de trabalho em 201816, enquanto a mecanização contínua da cadeia de fornecimento de matérias-primas reduziu o emprego de bioetanol para cerca de 575.000 empregos em 201717.
As novas adições à capacidade de geração de energia eólica do Brasil atingiram 2,1 GW em 2018, o quinto maior montante em todo o mundo (IRENA, 2019b), elevando a capacidade acumulada para 14,7 GW. Mais de 85% dessa capacidade está localizada no nordeste.
O setor eólico pode trazer desenvolvimento industrial e criação de empregos para uma área com desenvolvimento econômico comparativamente baixo, mas déficits de habilidades são um obstáculo para a contratação local (ABEEólica, 2019; Lucena e Lucena, 2019). A IRENA estima a mão-de-obra eólica do país em cerca de 34.000 pessoas18.
Cerca de um terço dos empregos estão na indústria, 42% na construção e o restante em operações e manutenção. As estatísticas do comércio sugerem que em 2014 o conteúdo nacional no setor de energia eólica no Brasil era de cerca de 89% 19 (CEMAC, 2017; CEMAC, nd). O BNDES, banco nacional de desenvolvimento do Brasil, oferece empréstimos subsidiados se os desenvolvedores atenderem aos requisitos de conteúdo local de 65%. Ao longo dos anos, essa exigência estimulou o surgimento de uma cadeia de suprimentos doméstica de mais de 300 empresas20 (Cuff, 2018; Ferreira, 2017). Entre as fabricantes estrangeiras que investem no Brasil, a instalação de pás da LM Wind Power no Complexo Portuário de Suape de Pernambuco emprega hoje cerca de 900 pessoas (Suape, sd; LM Wind Power, 2018).
Novas instalações no mercado de aquecimento solar do Brasil caíram 1,1% em 2018 e estima-se que o emprego tenha diminuído para 40 630 postos de trabalho (ABRASOL, 2018) 21. Mas o país está aumentando as atividades em energia solar fotovoltaica, instalando 828 MW de capacidade em larga escala e 318 MW de capacidade distribuída durante 2018. Em operação desde meados de 2018, o complexo solar de Pirapora, em Minas Gerais, com 399 MW, é um dos da América Latina. maior, e usa módulos domésticos (Power Technology, 2018).
Os cálculos do fator de emprego da IRENA sugerem que o Brasil tem atualmente cerca de 15 600 empregos em energia solar fotovoltaica, principalmente em construção e instalação. De acordo com o grupo industrial da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, cerca de 1 GW de capacidade provavelmente será instalada durante 2019, e a ABSOLAR projeta que 15.000 novos empregos podem ser criados como resultado (ABSOLAR, 2019a e 2019b)
Fonte: IRENA
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