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Notícias

17
nov
2018
(INTERNACIONAL)
Peru: em 16 anos perdeu quase 2 milhões de hectares de florestas

Segundo o Serfor, só em 2016, 164 mil hectares foram arrasados em San Martín, Ucayali, Loreto e Madre de Dios. As causas: mineração e agricultura migratória. Esse panorama torna o Peru vulnerável às mudanças climáticas.

Em um contexto em que há cada vez mais conversas sobre mudanças climáticas e onde o cuidado com o meio ambiente é um dever global, um país que possui grandes áreas de florestas o torna um país privilegiado. Com 73 milhões de hectares de florestas, o Peru é um desses países: o segundo na América do Sul e o nono no mundo.

No entanto, os números não são encorajadores se olharmos para o problema do desmatamento, a principal ameaça dessas grandes extensões de vegetação, que vem aumentando ano após ano.

Deve-se notar que, de 2000 a 2016, o Peru perdeu 1 milhão de 900 mil hectares de florestas. E somente em 2016, os hectares arrasados foram 164 mil no total.

As causas

"O desmatamento é o resultado de várias atividades ilegais. Por um lado, a agricultura e mineração informal, como no caso de Madre de Dios. A construção de infra-estrutura informal são como rodovias, que não só causam a redução das florestas, mas também a extinção de espécies de flora e fauna, aumentando o aquecimento global e os povos indígenas diretos afetados ", diz Rocío Malleux, diretor-geral da Direcção de Gestão Florestal Informação e vida selvagem da SERFOR (Serviço Nacional de Silvicultura e Vida Selvagem). Assim, os departamentos mais afetados são San Martín, Loreto, Ucayali e Madre de Dios.

Um sério risco

"Por que é importante evitar o desmatamento das florestas? Porque estes ecossistemas são um ativo estratégico para os peruanos poderem enfrentar as mudanças climáticas mais propensos a ter sucesso. A economia, a resiliência do Peru e do bem-estar dos peruanos estão em jogo se as florestas não forem preservadas ", diz Roxana Ramos, diretora técnica da Fundação Pronaturaleza.

Malleux diz que a Serfor e outras instituições relacionadas estão trabalhando no planejamento territorial, uma vez que agora é obrigatório que os governos regionais tenham o zoneamento florestal.

Ele também comenta que o inventário florestal nacional começou a ter informações sobre todas as espécies que habitam as florestas e que o manejo sustentável com as comunidades nativas é promovido.

"Mas é preciso que haja uma maior coordenação entre todos os setores do Estado, porque essa luta deve ser uma luta do país: Mineração, Produção, Meio Ambiente, todos somos chamados", destaca o funcionário.

Fonte: La Republica - Peru

Sindimadeira_rs ITTO