Voltar
Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Setor florestal considera pacote do governo ineficaz
Ver para crer. Com essa frase a diretoria da Uniflor - União das Entidades Florestais do Estado do Pará resume sua expectativa em relação ao pacote de medidas anunciado na última quinta-feira (17) pelo Governo Federal. A associação, que reúne nove sindicatos de empresas madeireiras, é representante da região Norte na Comissão Coordenadora do Conaflor - Programa Nacional de Florestas, do Ministério do Meio Ambiente.
Os empresários lembram que não é de hoje que o Governo anuncia medidas e cria expectativas, mas o grande problema é a não efetivação dessas medidas. “O Plano de Assentamento Florestal, a construção de Casas Populares de Madeira e os próprios PDS - Plano de Desenvolvimento Sustentável são exemplos disso”, destaca Justiniano Netto, presidente do Conselho Ambiental da Fiepa - Federação das Indústrias do Pará e vice-presidente da Uniflor.
Netto lembra que esses projetos foram apresentados à sociedade, mas nunca saíram do campo experimental. “É necessário que o Governo priorize seus investimentos para a Amazônia, pois na maioria das vezes os projetos não saem do papel por falta de recursos e de estrutura adequada dos órgãos públicos” - insiste - “Quando acontecem as crises e momentos de comoção como agora, novos projetos são lançados, os anteriores são abandonados e daqui a algum tempo todos caem no esquecimento”.
O mais recente pacote do Governo prevê a limitação administrativa, pelo período de seis meses, em uma área de 8,2 milhões de hectares na margem esquerda da BR-163 e a criação das reservas Estação Ecológica Terra do Meio e Parque Nacional da Serra dos Pardos, com 3,8 milhões de hectares no total.
Wagner Kronbauer, presidente da Uniflor, chama a atenção para o fato dessas reservas não permitirem o uso sustentável da floresta: “São modelos ‘ protecionistas’; protegem, mas não se sustentam. O governo terá que providenciar recursos para efetivar essas reservas, indenizando propriedades e benfeitorias, construindo infra-estrutura, fiscalizando e protegendo permanentemente essas áreas”.
Wagner pondera que países pobres como o Brasil devem adotar modelos que permitam o uso sustentável, utilizando os recursos naturais para seu desenvolvimento. “Toda preservação tem um custo e essas reservas são o modelo mais caro”. Outro item do pacote anunciado é o projeto de lei de gestão de florestas públicas, que prevê a criação do SFB - Serviço Florestal Brasileiro e as concessões florestais.
Segundo a Uniflor, este projeto já estava pronto há mais de oito meses e foi preciso uma crise para o Governo desengavetá-lo. “Acontece que este projeto não tem eficácia para debelar a crise, pois sua aprovação será demorada”, enfatiza Justiniano Netto, lembrando que, mesmo após sua aprovação pelo Congresso, será necessário estruturar o SFB e, somente então, fazer as licitações para a concessão florestal. “O projeto é bom, mas vai exigir agilidade e eficiência governamental. É ver para crer”, reforça.
Fonte: Ambiente Brasil – 24/02/2005
Os empresários lembram que não é de hoje que o Governo anuncia medidas e cria expectativas, mas o grande problema é a não efetivação dessas medidas. “O Plano de Assentamento Florestal, a construção de Casas Populares de Madeira e os próprios PDS - Plano de Desenvolvimento Sustentável são exemplos disso”, destaca Justiniano Netto, presidente do Conselho Ambiental da Fiepa - Federação das Indústrias do Pará e vice-presidente da Uniflor.
Netto lembra que esses projetos foram apresentados à sociedade, mas nunca saíram do campo experimental. “É necessário que o Governo priorize seus investimentos para a Amazônia, pois na maioria das vezes os projetos não saem do papel por falta de recursos e de estrutura adequada dos órgãos públicos” - insiste - “Quando acontecem as crises e momentos de comoção como agora, novos projetos são lançados, os anteriores são abandonados e daqui a algum tempo todos caem no esquecimento”.
O mais recente pacote do Governo prevê a limitação administrativa, pelo período de seis meses, em uma área de 8,2 milhões de hectares na margem esquerda da BR-163 e a criação das reservas Estação Ecológica Terra do Meio e Parque Nacional da Serra dos Pardos, com 3,8 milhões de hectares no total.
Wagner Kronbauer, presidente da Uniflor, chama a atenção para o fato dessas reservas não permitirem o uso sustentável da floresta: “São modelos ‘ protecionistas’; protegem, mas não se sustentam. O governo terá que providenciar recursos para efetivar essas reservas, indenizando propriedades e benfeitorias, construindo infra-estrutura, fiscalizando e protegendo permanentemente essas áreas”.
Wagner pondera que países pobres como o Brasil devem adotar modelos que permitam o uso sustentável, utilizando os recursos naturais para seu desenvolvimento. “Toda preservação tem um custo e essas reservas são o modelo mais caro”. Outro item do pacote anunciado é o projeto de lei de gestão de florestas públicas, que prevê a criação do SFB - Serviço Florestal Brasileiro e as concessões florestais.
Segundo a Uniflor, este projeto já estava pronto há mais de oito meses e foi preciso uma crise para o Governo desengavetá-lo. “Acontece que este projeto não tem eficácia para debelar a crise, pois sua aprovação será demorada”, enfatiza Justiniano Netto, lembrando que, mesmo após sua aprovação pelo Congresso, será necessário estruturar o SFB e, somente então, fazer as licitações para a concessão florestal. “O projeto é bom, mas vai exigir agilidade e eficiência governamental. É ver para crer”, reforça.
Fonte: Ambiente Brasil – 24/02/2005
Fonte:
Notícias em destaque

Poucos sabem: a árvore ideal para o seu quintal que não racha o piso, dá sombra e frutos
Goiabeira surge como alternativa para jardins; oferece sombra, frutos e não compromete estruturas próximas
O chá da...
(GERAL)

ABTCP prepara 57.º Congresso de Celulose e Papel
Pessoas e biocombustíveis pautam programação do evento anual dedicado a debater caminhos estratégicos para o setor de...
(EVENTOS)

Exportações ultrapassaram US$ 8,5 milhões, mas caíram 31 por cento
O Centro de Economia Global e Pesquisa Empresarial da Associação de Exportadores CIEN-ADEX informou que as exportações...
(INTERNACIONAL)

Incentivando as exportações da Indonésia no primeiro trimestre
De acordo com dados do Ministério das Florestas analisados pela Associação de Empresários Florestais da...
(INTERNACIONAL)

Visando exportações de US$ 18 bilhões
A crescente regulamentação internacional sobre produtos agrícolas e florestais de origem legal apresenta novos...
(INTERNACIONAL)

Os fabricantes de compensado continuam aumentando os preços do compensado
O compensado estrutural de madeira macia de 12 mm 3 x 6 mm custa entre 1.030 e 1.050 ienes, entregue por folha em março de 2025. É...
(INTERNACIONAL)