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A 65ª ISC 2017 ( International Softwood Conference) contou com a presença de 150 participantes de todo o mundo e ofereceu uma análise dos principais mercados internacionais. As conclusões indicam que o desenvolvimento da produção e consumo de serrados de coníferas fecharão este ano com um crescimento moderado e existe a expectativa que continue em 2018.
Mercados
Na Europa a situação foi descrita como positiva, com a maioria dos mercados em alta. O presidente da ETTF, Andreas von Möller, brindou um panorama completo da atividade da construção na Europa, destacando a alta do índice de confiança e um índice de produção que alcançõ níveis mais altos desde 2010.”Os mercados europeus estão sólidos e confiáveis”, disse o executivo.
Por sua parte, o presidente da EOS, Sampsa Auvien, em sua apresentação disse que se espera que a demanda europeia siga crescendo a partir de “uma atividade de construção em alta, junto com uma crescente consciência dos benefícios de se utilizar madeira na construção, que impulsionará certamente a demanda europeia a níveis mais altos deste década”.
Enquanto os mercados europeus se mantém como o destino tradicional da produção europeia, uma tendência promissora é o papel cada vez mais importantes exportações extraeuropeias para a indústria do antigo continente.
A área do mundo que mais se destaca é a Ásia, em particular a China, que está no auge. O Japão se mantém também como importante destino das exportações para muitos serrados europeus. O mercado estadounidense, por sua vez, se mostra dinâmico tanto que as habitações alcançaram os índices máximos dos últimos anos.
O quadro a nível mundial é bastante promissor. Vários expositores comentaram que o potencial a longo prazo do mercado é impressionante, tanto que o consumo per capta em alguns dos países de mais rápido crescimento no mundo é todavia muito baixo em comparação com os países da América do Norte e norte da Europa.
Uma possível fonte de instabilidade é o mercado britânico. A incerteza acerca de Braxit poderia afetar essa economia, o que resultaria em volumes decrescentes de importação. Porém as partes interessadas destacaram que a alta demanda de outras regiões se apresenta como a opção para compensar uma queda possível das exportações ao Reino Unido.
Os desafios
Outro desafio importante é referente a disponibilidade de matéria prima: a médio prazo se vislumbra alguma escassez significativa que poderia impactar negativamente a indústria. Os analistas disseram que a obtenção de matéria prima terá cada vez mais um papel relevante.
O debate fez eco na importância crescente da educação: o enorme potencial da madeira na construção se aproveitará plenamente da divulgação das propriedades da madeira entre arquitetos e construtores.
Nesse sentido as campanhas são importantes nessa divulgação.
As entidades presentes na Conferência afirmaram que se espera que o crescimento econômico moderado na Europa continue em 2018 e o impacto positivo se note no mercado da madeira na EU. Os mercados dinâmicos de exportação também são causa de otimismo, porém foi destacado que a indústria deve manter-se alerta em um cenário competitivo caracterizado pela crescente complexidade dos mercados, tanto na produção como na demanda.
Fonte: Asora
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