Voltar

Notícias

18
nov
2017
(INTERNACIONAL)
Setor florestal da Bolívia vive período de incertezas com importações

A importação de produtos de madeira do Brasil até agosto totalizaram mais de US $ 20 milhões, um valor que representa 61% do que a Bolívia adquiriu do mercado externo. Esta situação, que afeta toda a cadeia florestal, mostra que quatro indústrias laminadoras e 10 mil carpintarias no país já fecharam.

Jorge Ávila, gerente geral da Câmara Boliviana da Floresta (CFB), informou que pelo menos 60% do mercado doméstico está comprando produtos de madeira importados do Brasil, devido ao seu baixo preço.

"Ele lamentou que a construção e outros setores adquiram esses produtos importados, deixando de lado a produção nacional de madeira", disse Avila, observando que isso se deve à taxa de câmbio monetária do país vizinho contra o boliviano.

As 61% das importações bolivianas de produtos madeireiros foram feitas no Brasil, adicionando compras por US $ 20.085.588, seguido por China com US $ 4.450.702 e Equador $ 2.230.415, de um total de 48 países que fornecem esses produtos florestais, de acordo com dados do CFB.

Solicitação para regular as importações

Ávila disse que, nos últimos cinco anos, insistiu no governo na regulamentação das importações de produtos madeireiros, devido aos efeitos negativos que está causando no setor florestal boliviano.

"Nos últimos anos, quatro laminadores fecharam suas portas, o que parou de gerar pelo menos 1.200 empregos e entendemos que cerca de 10.000 oficinas de carpintaria foram fechadas", afirmou Ávila, indicando que três dos quatro laminadores operavam em Santa Cruz. .
Tendência de baixa produção

Avila disse que, devido à falta de demanda no mercado interno, não produzirá os 2 milhões de metros cúbicos de rola (m3r) de madeira que havia sido projetada no início da colheita da floresta 2017.

"Estamos com um adiantamento de 80% da colheita e as condições da produção são dadas, mas devido à baixa demanda do mercado, as unidades produtivas comunitárias e privadas estão produzindo menos", concluiu o executivo da CFB.

Fonte: A Estrela do Oriente

Sindimadeira_rs ITTO