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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Desvalorização do dólar transforma euro em alternativa para exportadores
O euro está se apresentando como uma alternativa para os exportadores brasileiros diante da atual desvalorização do dólar. Desde o final do ano passado, quando o real começou a se valorizar diante da moeda norte-americana, o governo federal e algumas entidades setoriais brasileiras vêm incentivando a formação de tabelas de preço para comércio internacional na moeda européia.
"O exportador pode apresentar sua tabela de preços em euro ou vender em dólar e fazer contrato de hedge em euro para se proteger", diz o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB), Michel Alaby. O diretor de comércio exterior do Banco do Brasil (BB), José Maria Rabello, afirma que o banco está, inclusive, incentivando o uso do euro nas negociações internacionais. "Temos feito um esforço para que o exportador faça contratos em euro", diz.
O euro tem se mostrado uma moeda menos volátil que o dólar no longo prazo. No ano passado, por exemplo, ele saiu de uma cotação de R$ 3,63 no dia 02 de janeiro para R$ 3,61 no dia 31 de dezembro. A oscilação foi de 0,51%. Já o dólar caiu de R$ 2,88 no início do ano para R$ 2,65 no final do ano, desvalorização de 8%. "Se o exportador tivesse vendido em euro teria perdido apenas 0,51%, mas como vendeu em dólar perdeu 8%", calcula Alaby.
Rabello afirma que os contratos de hedge em euro também são uma opção para o exportador, mas acredita que a primeira alternativa deve ser a tabela de preços na moeda da Comunidade Européia. "O contrato de hedge tem um custo. Se puder vender direto em euro, é melhor", diz. O próprio Banco do Brasil oferece, porém, os contratos de proteção aos empresários. Nesse caso, o exportador vende seus produtos em dólar e faz um contrato em euro do valor exportado. Rabello recomenda que cada operação seja avaliada individualmente para ver se é rentável.
O Banco do Brasil está oferecendo também a possibilidade de que os exportadores façam os seus contratos de financiamento às exportações, como o Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE), em euro.
Do outro lado - A troca da moeda norte-americana pela européia vai depender também do importador. Para vender para a Europa, por exemplo, não há problema. Já quando se trata de outros mercados, é preciso levar em conta também a cotação da moeda local em relação ao euro. Para ficar conveniente ao importador, é preciso que o euro não esteja se valorizando em relação ao dinheiro local. "No geral, os nossos mercados têm condições de trabalhar com o euro sem que haja perdas", diz Rabello. De acordo com Alaby, nos países árabes normalmente as moedas são mais estáveis em relação ao dólar e ao euro do que no Brasil.
Em alguns países árabes houve desvalorização do euro no início do ano, o que torna mais atrativa a compra em euro para os importadores. Na Arábia Saudita, por exemplo, um euro valia 5,09 rials no dia 02 de janeiro deste ano e caiu para 4,82 rials no dia 04 de fevereiro. O mesmo ocorreu com os Emirados Árabes Unidos, onde o euro passou de uma cotação de 4,99 dirhams no dia 02 de janeiro para 4,72 dirhams no dia 04 deste mês.
Já no ano passado tanto na Arábia Saudita quanto na Argélia o euro se valorizou diante das moedas locais. No próprio Brasil, no curto prazo, o euro vem se desvalorizando. A moeda européia, que estava valendo R$ 3,41 no primeiro dia útil deste mês, caiu para R$ 3,33 na quarta-feira (9). "O exportador tem que estar ligado no mercado internacional de moedas para saber como negociar", diz Alaby.
Fonte: Anba – 11/02/2005
"O exportador pode apresentar sua tabela de preços em euro ou vender em dólar e fazer contrato de hedge em euro para se proteger", diz o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB), Michel Alaby. O diretor de comércio exterior do Banco do Brasil (BB), José Maria Rabello, afirma que o banco está, inclusive, incentivando o uso do euro nas negociações internacionais. "Temos feito um esforço para que o exportador faça contratos em euro", diz.
O euro tem se mostrado uma moeda menos volátil que o dólar no longo prazo. No ano passado, por exemplo, ele saiu de uma cotação de R$ 3,63 no dia 02 de janeiro para R$ 3,61 no dia 31 de dezembro. A oscilação foi de 0,51%. Já o dólar caiu de R$ 2,88 no início do ano para R$ 2,65 no final do ano, desvalorização de 8%. "Se o exportador tivesse vendido em euro teria perdido apenas 0,51%, mas como vendeu em dólar perdeu 8%", calcula Alaby.
Rabello afirma que os contratos de hedge em euro também são uma opção para o exportador, mas acredita que a primeira alternativa deve ser a tabela de preços na moeda da Comunidade Européia. "O contrato de hedge tem um custo. Se puder vender direto em euro, é melhor", diz. O próprio Banco do Brasil oferece, porém, os contratos de proteção aos empresários. Nesse caso, o exportador vende seus produtos em dólar e faz um contrato em euro do valor exportado. Rabello recomenda que cada operação seja avaliada individualmente para ver se é rentável.
O Banco do Brasil está oferecendo também a possibilidade de que os exportadores façam os seus contratos de financiamento às exportações, como o Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE), em euro.
Do outro lado - A troca da moeda norte-americana pela européia vai depender também do importador. Para vender para a Europa, por exemplo, não há problema. Já quando se trata de outros mercados, é preciso levar em conta também a cotação da moeda local em relação ao euro. Para ficar conveniente ao importador, é preciso que o euro não esteja se valorizando em relação ao dinheiro local. "No geral, os nossos mercados têm condições de trabalhar com o euro sem que haja perdas", diz Rabello. De acordo com Alaby, nos países árabes normalmente as moedas são mais estáveis em relação ao dólar e ao euro do que no Brasil.
Em alguns países árabes houve desvalorização do euro no início do ano, o que torna mais atrativa a compra em euro para os importadores. Na Arábia Saudita, por exemplo, um euro valia 5,09 rials no dia 02 de janeiro deste ano e caiu para 4,82 rials no dia 04 de fevereiro. O mesmo ocorreu com os Emirados Árabes Unidos, onde o euro passou de uma cotação de 4,99 dirhams no dia 02 de janeiro para 4,72 dirhams no dia 04 deste mês.
Já no ano passado tanto na Arábia Saudita quanto na Argélia o euro se valorizou diante das moedas locais. No próprio Brasil, no curto prazo, o euro vem se desvalorizando. A moeda européia, que estava valendo R$ 3,41 no primeiro dia útil deste mês, caiu para R$ 3,33 na quarta-feira (9). "O exportador tem que estar ligado no mercado internacional de moedas para saber como negociar", diz Alaby.
Fonte: Anba – 11/02/2005
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