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No período de 2014 a 2016 o cenário não foi positivo para a indústria de máquinas, mas empresários aguardam anos mais prósperos para o setor
O mercado de máquinas e equipamentos é um dos principais setores que compõem uma empresa do setor moveleiro. Ela é a responsável pela produção daquilo que gerará lucro para a organização, gerando crescimento. No caso de empresas que produzem máquinas para indústria moveleira, essa relação se torna ainda mais complexa. Precisa haver uma relação eficiente, tanto internamente, como entre a indústria de máquinas e as demais indústrias.
Omil tem focado suas ações no setor de madeira maciça
Neste último caso, segundo o diretor de comunicação e marketing da Maksiwa, Paulo Luvizotto, manter um bom desempenho é desafiador, muito por conta da dinâmica do mercado. “Com tantos bons players no mercado, não é uma tarefa fácil manter a preferência da revenda e do marceneiro”, esclarece Luvizotto.
De acordo com o gerente administrativo da Sae Sulamericana, Reginaldo A. Sampaio, o discurso das indústrias de móveis no qual a empresa atende tem sido uniforme. “‘Estamos esperando o cenário melhorar, esperando para ver se o governo consegue se firmar, para termos um sinal de que vale a pena continuar’”, afirmam os clientes da empresa.
Vendas
É quase unanimidade entre os empresários do setor de máquinas para indústrias moveleiras que o período entre 2014 e 2016 causou um grande impacto na produção. O assistente de vendas Jefferson Petersen até afirma que os anos de 2012 e 2013, anteriores ao período em questão, foram excelentes para a Omil, indústria de máquinas na qual trabalha.
A Sae Sulamericana anunciou um acordo coletivo de redução de jornada e de salários
Contudo, os três anos seguintes abalaram os trabalhos da empresa, que foi obrigada a encerrar a fabricação de alguns modelos de máquinas para indústrias moveleiras. “Isso aconteceu muito pela ‘invasão’ cada vez maior de produtos chineses, dos quais com o valor não tínhamos como bater de frente”, explica Jefferson. Uma das poucas exceções nesse sentido foi a Baldan, que, de acordo com o seu diretor, Francisco Baldan, foi muito produtiva nos anos de 2014 e 2015.
Otimismo
Se a visão para trás não é muito animadora, a expectativa para o futuro é otimista, no geral. Para Sampaio, o horizonte do setor de máquinas para indústria moveleira depende muito da condição política do País. “Com a mudança de governo em 2019, a tendência é o mercado sentir um estímulo”, especula. Luvizotto, também otimista, chama atenção para o caráter cíclico das crises e mostra tranquilidade. “O pior já passou, é uma questão de tempo para termos, novamente, uma estabilidade no mercado”, diz.
Baldan tem tido bons resultados neste ano
De 2014 a 2016 o mercado de máquinas para indústria moveleira não prosperou e a projeção para os próximos anos é de melhora. Para algumas empresas consultadas para esta reportagem, o ano de 2017 está sendo o ponto de virada. Confira como foi o ano da Maksiwa, da Sae Sulamericana, da Omil e da Baldan. Usikraft, Inmes, Verry, Razi e CRS também foram consultadas, mas optaram por não participar ou não responderam a tempo.
Cenário
O diretor de comunicação e marketing da empresa considera o primeiro semestre da Maksiwa positivo. Ele afirma que, historicamente, o segundo semestre tende a ser sempre melhor que o primeiro no mercado de máquinas para indústria moveleira. “Esperamos uma retomada, ainda maior, na economia brasileira, o que vai ajudar o mercado, como um todo, a se recuperar”, relata.
A Sae Sulamericana aparece como uma exceção para o ano. O gerente administrativo da indústria considerou o primeiro semestre péssimo e já anunciou medidas drásticas para a sequência. “Já fizemos até um acordo coletivo de redução de jornada e de salários com os funcionários, para que possamos nos manter em pé”, declara.
Maksiwa enxerga que este segundo semestre tende a ser sempre melhor que o primeiro
Para a Omil, o ano de 2017 já trouxe uma evolução nas vendas de máquinas e a empresa tem focado suas ações no setor de madeira maciça. Para Jefferson, há uma expectativa grande no ano de 2018 para a continuidade do crescimento. “Baseado muito no que ouvíamos de clientes, o próximo ano se mostra muito promissor, principalmente para o mercado de exportação de molduras para construção civil e decoração”, revela.
No caso da Baldan, 2017 foi surpreendente. “Houve uma melhora inesperada. Acreditávamos que essa melhora seria para o segundo semestre de 2017, mas no mês de maio já se iniciou um aquecimento em nosso mercado”, expõe Francisco Baldan. Ao observar o desempenho da empresa nos dois primeiros meses do segundo semestre, o empresário espera uma continuidade de crescimento para os próximos, visando lançamentos previstos.
Por: Thiago das Mercês
Fonte: Portal eMóbile
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