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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Certificar florestas ajuda a exportar.
Exigência do mercado internacional é vista pela indústria nacional como uma oportunidade. A certificação de florestas vem sendo exigência crescente no mercado internacional de produtos florestais, onde redes do comércio varejista de artefatos de madeira, sobretudo do setor moveleiro, estão reabrindo negociações com seus fornecedores no mundo, em favor de produtos oriundos de florestas certificadas.
"Nesse processo de substituição de mercados fornecedores, o Brasil pode ocupar espaços importantes. É uma janela de oportunidades que se abre para o País", afirmou o presidente do Forest Stewardship Council (FSC) no Brasil, Garo Batmanian. Ele acrescentou que grupos de empresas varejistas na Europa já definiram critérios para a substituição gradativa de fornecedores até 2007.
Batmanian participou ontem de seminário no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre a "Questão Florestal e Desenvolvimento". A FSC é uma certificadora internacional, especializada em certificação florestal. Segundo Batmanian, no Brasil, a FSC já tem certificados 1,27 milhão de hectares de florestas, equivalente a 20% do total de florestas plantadas, que somam cerca de cinco milhões de hectares no País. Desse total, 64% são plantados com eucalipto e 36% com pinus, distribuídas pelas regiões Sudeste (56%), Sul (27%), Nordeste (9%), Centro-Oeste (4%) e Norte (4%).
"Já temos padrões nacionais para a certificação de florestas plantadas, florestas nativas de Mata Atlântica e Amazônica. Além disso, estamos desenvolvendo padrões de manejo para a castanha do Pará, juntamente com o Peru e a Bolívia", disse o especialista da FSC, que tem em sua relação de florestas certificadas, 5,1 mil hectares de seringais no Acre; 40 mil hectares em aldeias indígenas; e 69 hectares de erva-mate em Mata Atlântica, no Rio Grande do Sul.
O gerente florestal da Cikel Brasil Verde - produtora de manufaturados de madeira no Pará e Maranhão- , Alcir Almeida, informou que a empresa vai certificar, até o final deste ano, 145 mil hectares de suas florestas nativas, num processo que foi iniciado em 1999, com a já certificação de outros 140 mil ha. A operação envolveu investimentos de US$ 600 mil.
Com isso, a Cikel ganhou mercado externo e tem hoje 65% de seu faturamento em exportações de manufaturados de madeiras, principalmente pisos e "decks", disse Almeida. Além da ampliação de mercado, o processo de certificação permitiu à Cikel redução de custos, ganhos de escala e melhor qualificação de produto e de mão-de-obra.
O Brasil está proibido de exportar resíduos de florestas (galhados, carvão vegetal) mediante a portaria número 83, do Ibama. Mas a Cikel obteve autorização especial do governo para a exportação de um contêiner experimental para os Estados Unidos. A operação já foi realizada e a Cikel já tem encomendas para mais cinco contêineres.
Financiamentos de longo prazo
Os empresários do setor reivindicam junto ao BNDES a criação de uma linha de financiamento de longo prazo (até 30 anos) para investimentos florestais, com condições adequadas ao ciclo da atividade. O presidente da FSC no Brasil informou que o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco Real lançaram recentemente linhas de crédito para investimentos em florestas certificadas. A primeira operação de crédito foi concedida à Madeireira Juruá, do Pará.
No Brasil, a produção originada de plantações florestais - que envolve produtos como celulose e papel, produtos siderúrgicos e carvão vegetal, móveis e produtos sólidos de madeira - gera anualmente receitas em torno de US$ 16 bilhões (2,6% do PIB).
Lívia Ferrari
Fonte: Gazeta
10/jul/03
"Nesse processo de substituição de mercados fornecedores, o Brasil pode ocupar espaços importantes. É uma janela de oportunidades que se abre para o País", afirmou o presidente do Forest Stewardship Council (FSC) no Brasil, Garo Batmanian. Ele acrescentou que grupos de empresas varejistas na Europa já definiram critérios para a substituição gradativa de fornecedores até 2007.
Batmanian participou ontem de seminário no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre a "Questão Florestal e Desenvolvimento". A FSC é uma certificadora internacional, especializada em certificação florestal. Segundo Batmanian, no Brasil, a FSC já tem certificados 1,27 milhão de hectares de florestas, equivalente a 20% do total de florestas plantadas, que somam cerca de cinco milhões de hectares no País. Desse total, 64% são plantados com eucalipto e 36% com pinus, distribuídas pelas regiões Sudeste (56%), Sul (27%), Nordeste (9%), Centro-Oeste (4%) e Norte (4%).
"Já temos padrões nacionais para a certificação de florestas plantadas, florestas nativas de Mata Atlântica e Amazônica. Além disso, estamos desenvolvendo padrões de manejo para a castanha do Pará, juntamente com o Peru e a Bolívia", disse o especialista da FSC, que tem em sua relação de florestas certificadas, 5,1 mil hectares de seringais no Acre; 40 mil hectares em aldeias indígenas; e 69 hectares de erva-mate em Mata Atlântica, no Rio Grande do Sul.
O gerente florestal da Cikel Brasil Verde - produtora de manufaturados de madeira no Pará e Maranhão- , Alcir Almeida, informou que a empresa vai certificar, até o final deste ano, 145 mil hectares de suas florestas nativas, num processo que foi iniciado em 1999, com a já certificação de outros 140 mil ha. A operação envolveu investimentos de US$ 600 mil.
Com isso, a Cikel ganhou mercado externo e tem hoje 65% de seu faturamento em exportações de manufaturados de madeiras, principalmente pisos e "decks", disse Almeida. Além da ampliação de mercado, o processo de certificação permitiu à Cikel redução de custos, ganhos de escala e melhor qualificação de produto e de mão-de-obra.
O Brasil está proibido de exportar resíduos de florestas (galhados, carvão vegetal) mediante a portaria número 83, do Ibama. Mas a Cikel obteve autorização especial do governo para a exportação de um contêiner experimental para os Estados Unidos. A operação já foi realizada e a Cikel já tem encomendas para mais cinco contêineres.
Financiamentos de longo prazo
Os empresários do setor reivindicam junto ao BNDES a criação de uma linha de financiamento de longo prazo (até 30 anos) para investimentos florestais, com condições adequadas ao ciclo da atividade. O presidente da FSC no Brasil informou que o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco Real lançaram recentemente linhas de crédito para investimentos em florestas certificadas. A primeira operação de crédito foi concedida à Madeireira Juruá, do Pará.
No Brasil, a produção originada de plantações florestais - que envolve produtos como celulose e papel, produtos siderúrgicos e carvão vegetal, móveis e produtos sólidos de madeira - gera anualmente receitas em torno de US$ 16 bilhões (2,6% do PIB).
Lívia Ferrari
Fonte: Gazeta
10/jul/03
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