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Notícias

07
jul
2017
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5º Workshop Apre/Embrapa Florestas reúne mais de 100 participantes

O 5º Workshop Apre/Embrapa Florestas discutiu inovação, desenvolvimento e produtividade no setor florestal. Mais de 100 pessoas participam do encontro, realizado na sede da Embrapa Florestas, em Colombo (PR), nos dias 5 e 6 de junho.

Na abertura, Edson Tadeu Iede, chefe-geral da instituição, disse que o evento procurou sempre discutir assuntos pertinentes ao segmento, para prospectar oportunidades de pesquisa e desenvolvimento. Na avaliação dele, o encontro serve também para que a Embrapa e seus pesquisadores possam entender como o setor florestal está se desenvolvendo e quais as necessidades para que esse caminho se torne mais fácil.

“Neste quinto evento, entendemos o que as empresas esperam do futuro para o nosso setor. Foram abordados temas relacionados à inovação, porque precisamos pensar em tecnologias, softwares e aplicativos que facilitem o dia a dia dos florestais. Vimos o que é realmente importante para o nosso trabalho”, destacou.

Na ocasião, Iede também agradeceu o apoio das três associações de florestas plantadas do Sul. Segundo ele, essas três entidades têm sido parceiras e ajudado a Embrapa a desenvolver pesquisas para solução de problemas inerentes ao setor produtivo.

Em seguida, Carlos Mendes, diretor executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Floresta (Apre), também deu boas-vindas aos participantes e ressaltou que um evento técnico como o workshop organizado pela Associação e a Embrapa é muito importante para o desenvolvimento do setor.
“Ver a sala cheia todos os anos é muito gratificante. Já tivemos eventos bastante técnicos, mas, este ano, nossa proposta foi falar sobre tecnologia e o futuro das empresas florestais. Tecnologia e inovação não caem do céu; temos que procurar e fazer. E ambas são fundamentais para melhorar a produtividade. Por isso, precisamos mostrar aos empresários, executivos e técnicos o que há no mercado e que pode ser aplicado nas florestas para facilitar o trabalho”, finalizou.

Palestra de abertura
A primeira palestra do evento ficou por conta do escritor, palestrante e consultor profissional Celso Foelkel com o tema “Perspectivas e modelos para a indústria florestal do futuro”.

Segundo Foelkel, o setor está sempre buscando maneiras de melhorar a produtividade e os resultados dos trabalhos. Na avaliação dele, as empresas têm conseguido fazer uma silvicultura brilhante ao longo dos anos. “O grande problema é que a madeira nunca poderá valer muito para venda, caso contrário será rapidamente substituída por outro produto alternativo”, comentou. Por conta disso, ele afirmou que as empresas precisam “ter florestas com preços competitivos para que possam ter resultado”.

De acordo com o palestrante, existem muitas versões sobre o uso da madeira no mercado, mas, no geral, duas situações se destacam. A primeira é a gestão em caso de commodities, com produções em grande quantidade. Neste caso, Foelkel destacou que o mercado exige alta produtividade, homogeneidade, custos baixos, altas eficiências, economia de escala, menores margens unitárias de contribuição, foco no curto prazo e no momento. “Se isso não acontecer, a empresa perde competitividade”, avaliou.

Já a segunda situação é a de gestão no caso de “produtos nicho”. Nesse mercado, exige-se diversificação, valor agregado, altas eficiências, menores produções diárias (nichos), qualidade inigualável, maiores margens unitárias de contribuição e visão de longo prazo. “Se isso não acontecer, a rede de valor se desfaz”, destacou.

Até o momento, segundo ele, as empresas têm conseguido trabalhar com alta produtividade e boa sustentabilidade nas florestas. Para alcançar resultados expressivos, focou-se na eficácia, escolhendo com cuidado o que será feito, e na eficiência, fazendo bem aquilo que se optou por fazer. O obstáculo é a geração de resíduos nas florestas.

“A indústria de base florestal sempre se apoiou na eficiência, no crescimento da indústria, no aumento de escala de produção. Da forma como se coloca hoje em dia, essa indústria gera uma quantidade enorme de resíduos. A tentativa inicial das empresas é usar os resíduos para queimar e fazer energia, mas esse é um uso pouco nobre de algo que poderia ser mais bem utilizado”, ressaltou Foelkel.

Esse movimento de dar um melhor uso à floresta já vem acontecendo em outros países, e o setor florestal tem adotado modelos de arranjos produtivos, para que diversas empresas possam trabalhar juntas. Neste caso, uma empresa florestal atua como âncora. Foelkel citou alguns exemplos, como a Klabin, que é uma tradicional âncora de arranjos produtivos regionais no Paraná; a Arauco Nueva Aldea, do Chile, âncora de arranjos produtivos na região de Chillán; a Suzano e a Eldorado, que estão em processo de formação de arranjos produtivos regionais; e a Fibria, que está em processo de formação de arranjos produtivos mais complexos.

Tudo isso tem gerado “empresas multi-produtos”, e esse foco, de acordo com o palestrante, vai trazer novas necessidades em matérias-primas florestais, como espécies, clones e idades diferentes; uso de resíduos florestais; mudança no tipo de manejo, colheita e logística; alterações drásticas no melhoramento florestal; ampliação da base genética florestal; e provável maior uso de ferramentas biotecnológicas.


Assessoria de Imprensa Apre
Atendimento: Juliane Ferreira
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Fonte: Interactcomunicacao

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