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Notícias

14
jun
2017
(GERAL)
Em busca do ser vivo mais velho do mundo

Humanos podem viver por cerca de um século, mas qual será o organismo vivo mais velho do planeta? Entre os candidatos, pelo menos por enquanto, está uma árvore nas montanhas da Califórnia e uma esponja na Antártida.

'Pando' está localizado na Floresta Nacional de Fishlake, em Utah, nos EUA (Foto: J.Zapell)

As efêmeras, insetos semelhantes a pequenas libélulas, vivem por apenas um dia; os humanos podem chegar, com sorte, a um século de vida. Mas qual é o organismo vivo mais velho do mundo? Para cientistas, essa tarefa, de tentar precisar a idade de espécies longevas, é um desafio.

Sob os galhos de uma castanheira de 300 anos no Jardim Botânico Real em Londres, o diretor do local, Tony Kirkham, diz que as árvores são capazes de viver mais que animais mas que é preciso um trabalho de detetive para encontrar as mais velhas e estimar sua idade.

"Primeiro, podemos olhar registros antigos para descobrir se uma árvore estava plantada lá numa determinada data. Então, olhamos para pinturas e outros trabalhos de arte para ver se a árvore já estava presente. E alguns mapas antigos também podem claramente mostrar as árvores do local, especialmente as importantes".

Uma maneira conhecida de definir a idade de uma árvore é contar o número de anéis no núcleo do tronco: há um anel por ano de crescimento. É um processo conhecido como dendrocronologia e só funciona para certos tipos de árvore - as que têm um crescimento anual acelerado.

O problema óbvio é que contar os anéis geralmente envolve cortar a árvore. Arboricultores contornam esse problema usando um tipo de furadeira que permite remover parte do núcleo para contar os anéis sem levar a árvore à morte.

É uma arte delicada; Tony conta um caso ocorrido nos anos 60, quando a broca de um cientista quebrou dentro de um pinheiro do tipo bristlecone do qual queria retirar uma amostra.

O equipamento é caro, e para ajudá-lo a recuperar o instrumento perdido, um guarda-florestal cortou a árvore. Uma vez derrubada, a árvore pôde ser facilmente analisada: tinha 5 mil anos.

"Foi terrível, mas muitos achados científicos foram possíveis graças àquela oportunidade, e desde então, encontramos árvores que são tão velhas quanto, se não mais velhas", admite Tony.

Fonte: G1

ITTO Sindimadeira_rs