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Notícias

23
mai
2017
(GERAL)
Florestas em pé são um bom negócio para todos

Desde o Acordo de Paris, a urgência em combater as mudanças climáticas desencadeou uma corrida global para reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE). Setores intensivamente emissores - como industrial, energético, agrícola e de transportes - têm o desafio de descarbonizar sua produção. Dados os custos associados a tal transição, esses setores olham com simpatia a possibilidade de usar investimentos no setor florestal como forma de compensação de emissões, enquanto avançam na necessária alteração de processos produtivos.

Trata-se de uma oportunidade e de um desafio para o Brasil, com seu grande potencial de diminuir GEE pela redução do desmatamento. Entre 2006 e 2014, a redução localizada na Amazônia evitou que mais de 5 bilhões de toneladas de CO2 chegassem à atmosfera - iniciativa que criou, talvez, a maior contribuição mundial na emissão de GEE até hoje. Para manter essa liderança, o país precisa aplicar no uso planejado e sustentável dos recursos florestais. Estima-se que o valor para se atingir as metas nacionais no Acordo de Paris gire em torno de US$ 26 bilhões até 2030.

Uma oportunidade concreta é o REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), mecanismo que permite compensar emissões garantindo que florestas permaneçam em pé. Com acesso aos incentivos financeiros criados pela inclusão do REDD+ em mercados internacionais, estima-se que iniciativas brasileiras nessa modalidade possam gerar reduções em torno de 5,8 Gt CO2 além dos compromissos nacionais no Acordo de Paris. Usando a curva de preços futuros de carbono, projetada pela organização americana Environmental Defense Fund, esse excedente resultaria em captações de mais de US$ 70 bilhões até 2030.

Fonte: Valor Econômico

Sindimadeira_rs ITTO