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Notícias

04
mai
2017
(GERAL)
Sem mudanças, araucária caminha para a extinção

A Araucária, árvore símbolo do Paraná, caminha para a extinção. Quem faz o alerta é o professor Flávio Zanette, que é uma autoridade na espécie. Ele estuda a planta há mais de 30 anos e foi o criador da tecnologia de desenvolvimento do pinheiro de proveta.

Segundo Zanette, a legislação atual e as políticas públicas estão focadas na preservação das araucárias existentes, mas é preciso, paralelamente, incentivar o plantio de novas plantas. “A floresta de araucária nativa está desaparecendo, pois sua renovação natural é praticamente inexistente”, diz ele.

Hoje restam menos de 3% das matas originais de araucária no Paraná. Entre suas características, a araucária precisa de sol para crescer. Quando fica na sombra de outras árvores, como acontece na floresta nativa, a regeneração não acontece, as plantas não crescem.

Há experiências demonstrando a diferença de crescimento entre unidades sombreadas e plantas em plena luz. A maioria dessas mudas são geneticamente aptas a produzirem pinhas e pinhões maiores que o habitual.

A proibição do corte, um dos grandes fatores que afastam a população do plantio da araucária, tem tido um novo olhar por parte dos legisladores. Em um hectare com 100 árvores, sendo 80 fêmeas, é possível ter uma produção de 5.600 quilos de pinhões por ano, após 30 anos do plantio, podendo alcançar 80 anos de vida produtiva, com manutenção mínima.

O problema é que a araucária demora a dar frutos. São até 15 anos para iniciar os lucros. O ideal, para afastar o fantasma da extinção, seria plantar cerca de 500 mil exemplares de araucária por ano. O número é alto porque há pelo menos 30 anos a população remanescente não é ampliada.

 

 

Fonte: Prof. Flávio Zanette - UFPR

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